Segunda-feira, 22 de junho de 2020 - 10h53
A rota de colisão
As
rivalidades tribais ocasionadas pelo tradicional divisionismo local, estratégias
diferentes e até política partidária se aproximando com a eleição 2020,
afastaram de vez o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) do governador
do estado Marcos Rocha sobre a forma de conduzir o combate da pandemia do coronavírus. Lamentavelmente o racha só traz prejuízos para a população e mais
a frente teremos a ameaça de uma nova disparada nos casos da doença enquanto as
autoridades sanitárias se arranham.
Como
uma onça demarcando território, o prefeito Hildon Chaves foi firme em cobrar
posicionamento mais rigoroso do Palácio Rio Madeira-CPA sobre a pandemia em recente
coletiva a imprensa quanto a situação de
Porto Velho que com a recente abertura do comércio e o aumento da desobediência
do isolamento social tende a apresentar nos próximos dias uma situação mais
complicada. A capital rondoniense está realmente em maus lençóis e a abertura
geral vai mesmo espichar a primeira onda da pandemia nestas bandas.
Os
infectologistas são unânimes em dizer que Rondônia precisava no mínimo de mais
uma semana fechada - como fez o vizinho estado do Acre - para enfrentar melhor
a situação. No entanto, influenciado pelos comerciantes e empresários, o governo
do estado abriu tudo e as consequências deste ato podem redundar numa escalada
da peste.
Urge
um entendimento entre as autoridades municipais e estaduais, no momento que os
conselhos municipal e estadual da saúde já se posicionaram pela necessidade de
endurecer o controle sanitário impondo um isolamento social mais seguro como
ocorreu no recente lockdow.
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A desgraceira
Desmatamento
maior, ameaça de queimadas e avanço da pandemia formam a “tempestade perfeita”
de desgraças que se abatem sobre a Amazônia, com reflexos danosos para o país,
vizinhos e o mundo. Até mais importante que combatê-las, embora seja tarefa
inadiável e obrigatória, é apurar as causas que transformaram situações comuns –
o desmatamento legal, a queimada necessária e o controle das endemias – em
tsunamis criminosos de desafio ao Estado brasileiro, à lei e à ordem.
A prevaricação
Uma
das causas é a prevaricação, que não pune o crime nem desestimula sua prática:
o agente governamental que deveria servir ao Estado serve a interesses
criminosos infiltrados na máquina pública para desmontá-la por dentro. Metade
da defesa do Estado mínimo vem da doutrina liberal, mas a outra metade vem do
repúdio à infiltração. Quando as crises acontecem e todos sofrem, as duas
metades clamam pelo Estado máximo.
A polarização
Outra
causa do descontrole é a polarização política. Ela aparelha o governo para
servir a seitas e degringola o debate respeitoso em briga de rua repleta de
insultos. Uma bonança perfeita, nesse caso, só será possível combatendo o crime,
respeitando a vida e por um pacto político nacional. Ideologias rasteiras à
parte, o entendimento do presidente Jair Bolsonaro com o Centrão pela governabilidade
pode ser o embrião do pacto sem o qual a tempestade continuará “perfeita”.
As definições
Finalmente
agora com o Congresso Nacional votando e definindo as novas datas para o primeiro
e segundo turno das eleições municipais é que teremos mais movimentação no
cenário político regional onde ainda predomina o receio com a pandemia do
coronavirus. Apenas os candidatos a vereança se movimentam na capital numa
campanha mais dura, que antigamente era da formiguinha, casa por casa e agora
será maciçamente pela internet.
Pé de guerra
Facções
criminosas de araque e arremedos de milícias disputam o controle territorial
dos principais complexos habitacionais de Porto Velho, como é o caso do populoso
Orgulho do Madeira, com mais de 10 mil habitantes. Já foram constatados caso de
expulsões de moradores para a revenda de casas e apartamentos. Nas ruas do
próprio conjunto são vistos os traficantes agindo em plena luz do dia. É cosia
de louco!
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Via Direta
*** A crise econômica mais brava nas vias comerciais de Porto Velho
ocorre na avenida Sete de Setembro, entre as ruas Marechal Deodoro e Farquar. É
neste trecho que temos um verdadeiro recorde de fechamento de lojas de roupas, calçados
e demais estabelecimentos *** A expectativa da população é que o centro histórico seja
revitalizado nas próximas gestões, porque a atual administração já indo para seu
final pouco poderá fazer *** O complexo Beira-Rio, com a urbanização
da estrada de Ferro Madeira Mamoré poderá mudar este cenário de desalento, já
que se trata do fomento do turismo *** E mesmo com a pandemia a criminalidade
e as quarentenas a criminalidade voltou assustar na região metropolitana *** O tráfico de drogas e a disputa de
vendas dos “papelotes” tem grande
impacto nas estatísticas criminais nos finais de semana.
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