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Carlos Sperança

A rota de colisão + A desgraceira + A prevaricação + Pé de guerra


A rota de colisão + A desgraceira + A prevaricação + Pé de guerra - Gente de Opinião

A rota de colisão

As rivalidades tribais ocasionadas pelo tradicional divisionismo local, estratégias diferentes e até política partidária se aproximando com a eleição 2020, afastaram de vez o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) do governador do estado Marcos Rocha sobre a forma de conduzir o combate da pandemia do coronavírus. Lamentavelmente o racha só traz prejuízos para a população e mais a frente teremos a ameaça de uma nova disparada nos casos da doença enquanto as autoridades sanitárias se arranham.

Como uma onça demarcando território, o prefeito Hildon Chaves foi firme em cobrar posicionamento mais rigoroso do Palácio Rio Madeira-CPA sobre a pandemia em recente coletiva  a imprensa quanto a situação de Porto Velho que com a recente abertura do comércio e o aumento da desobediência do isolamento social tende a apresentar nos próximos dias uma situação mais complicada. A capital rondoniense está realmente em maus lençóis e a abertura geral vai mesmo espichar a primeira onda da pandemia nestas bandas.

Os infectologistas são unânimes em dizer que Rondônia precisava no mínimo de mais uma semana fechada - como fez o vizinho estado do Acre - para enfrentar melhor a situação. No entanto, influenciado pelos comerciantes e empresários, o governo do estado abriu tudo e as consequências deste ato podem redundar numa escalada da peste.

Urge um entendimento entre as autoridades municipais e estaduais, no momento que os conselhos municipal e estadual da saúde já se posicionaram pela necessidade de endurecer o controle sanitário impondo um isolamento social mais seguro como ocorreu no recente lockdow.

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A desgraceira

Desmatamento maior, ameaça de queimadas e avanço da pandemia formam a “tempestade perfeita” de desgraças que se abatem sobre a Amazônia, com reflexos danosos para o país, vizinhos e o mundo. Até mais importante que combatê-las, embora seja tarefa inadiável e obrigatória, é apurar as causas que transformaram situações comuns – o desmatamento legal, a queimada necessária e o controle das endemias – em tsunamis criminosos de desafio ao Estado brasileiro, à lei e à ordem.

A prevaricação

Uma das causas é a prevaricação, que não pune o crime nem desestimula sua prática: o agente governamental que deveria servir ao Estado serve a interesses criminosos infiltrados na máquina pública para desmontá-la por dentro. Metade da defesa do Estado mínimo vem da doutrina liberal, mas a outra metade vem do repúdio à infiltração. Quando as crises acontecem e todos sofrem, as duas metades clamam pelo Estado máximo.

A polarização

Outra causa do descontrole é a polarização política. Ela aparelha o governo para servir a seitas e degringola o debate respeitoso em briga de rua repleta de insultos. Uma bonança perfeita, nesse caso, só será possível combatendo o crime, respeitando a vida e por um pacto político nacional. Ideologias rasteiras à parte, o entendimento do presidente Jair Bolsonaro com o Centrão pela governabilidade pode ser o embrião do pacto sem o qual a tempestade continuará “perfeita”.

As definições

Finalmente agora com o Congresso Nacional votando e definindo as novas datas para o primeiro e segundo turno das eleições municipais é que teremos mais movimentação no cenário político regional onde ainda predomina o receio com a pandemia do coronavirus. Apenas os candidatos a vereança se movimentam na capital numa campanha mais dura, que antigamente era da formiguinha, casa por casa e agora será  maciçamente pela internet.

Pé de guerra

Facções criminosas de araque e arremedos de milícias disputam o controle territorial dos principais complexos habitacionais de Porto Velho, como é o caso do populoso Orgulho do Madeira, com mais de 10 mil habitantes. Já foram constatados caso de expulsões de moradores para a revenda de casas e apartamentos. Nas ruas do próprio conjunto são vistos os traficantes agindo em plena luz do dia. É cosia de louco!

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Via Direta

*** A crise econômica  mais brava nas vias comerciais de Porto Velho ocorre na avenida Sete de Setembro, entre as ruas Marechal Deodoro e Farquar. É neste trecho que temos um verdadeiro recorde de fechamento de lojas de roupas, calçados e demais estabelecimentos *** A expectativa da população é que o centro histórico seja revitalizado nas próximas gestões, porque a atual administração já indo para seu final  pouco poderá fazer *** O complexo Beira-Rio, com a urbanização da estrada de Ferro Madeira Mamoré poderá mudar este cenário de desalento, já que se trata do fomento do turismo *** E mesmo com a pandemia a criminalidade e as quarentenas a criminalidade voltou assustar na região metropolitana *** O tráfico de drogas e a disputa de vendas dos “papelotes”  tem grande impacto nas estatísticas criminais nos finais de semana.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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