Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020 - 09h21
O
cineasta Jorge Bodanzky já lidava com a Amazônia bem antes que a região fosse
focada mundialmente como a solução para os problemas da humanidade, no final do
século XX, ou o passo distópico final de sua destruição, como se cogitou nas
primeiras décadas do terceiro milênio.
Ao
ser proibido pela censura ditatorial vigente em 1976, o filme Iracema: uma transa amazônica recebeu
uma propaganda que não teria se fosse entendido só como alegoria artística da
realidade regional na época: a vida e o trabalho nas frentes de ocupação do Norte
brasileiro e seu impacto na vida dos povos. Impressiona como o óbvio incomoda
tanto e, mais, como cresce em impacto e alcance ao ser censurado e reprimido.
Não
haverá para seu novo filme – Amazônia: a
nova Minamata? –, provocativo desde a interrogação, a mesma propaganda que
a censura deu na época e os ataques robóticos nas redes sociais deram há pouco ao
documentário intimista Democracia em
Vertigem, de Petra Costa.
Há
tanta coisa negativa dita a respeito da Amazônia que o público já saturado de
tantas notícias ruins talvez precise de motivações extras (como o apropriado
ponto de interrogação) para assistir ao novo filme. O cineasta diz que só se
fala em Amazônia quando há uma tragédia. É verdade. Ele próprio trata de uma: o
envenenamento por mercúrio.
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Um tabu
Os
chamados tabus existem para serem quebrados. Até agora, desde o nascimento do
estado, nenhum governador elegeu
prefeito na capital. A exceção é Ângelo Angelim, nomeado, que emplacou nos
ventos favoráveis de Tancredo, o emedebista Jerônimo Santana. Daí por diante
nenhum governador conseguiu eleger ungidos em Porto Velho, de Jerônimo a
Confúcio. Veremos se o atual governador Marcos Rocha (PSL) quebrará o tabu,
beneficiado pela brisa bolsonarista soprando a favor do seu escolhido na
capital.
Os eleitos
Depois
da criação do estado, Porto Velho já teve dez eleições ao Palácio Tancredo Neves
sede do governo municipal. Em 1985, foi
eleito o goiano Jerônimo Santana, em 1988 o amazonense Chiquilito Erse, em 92 o goiano Jose Guedes,
em 1996 o amazonense Chiquilito Erse, em 2000 o rondoniense
Carlinhos Camurça, em 2004 o
paulista Roberto Sobrinho, em 2008 Roberto Sobrinho reeleito, 2012 o carioca
Mauro Nazif, 2016 o pernambucano Hildon
Chaves.
A reeleição
Só
um prefeito conseguiu se reeleger em Porto Velho, o petista Roberto Sobrinho beneficiado
pela onda vermelha de Lula e pela economia bombando. Os demais não se reelegeram
e não disputando a reeleição tampouco conseguiram eleger aliados, caso de
Chiquilito em 92 que apoiou Vitor Sadeck
(ganhou José Guedes), sendo que Camurça e
Sobrinho não emplacaram sucessores, Mauro Nazif não se reelegeu.
Agora em outubro é a vez de Hildon
Chaves buscar a reeleição.
Muitas zebras
A
eleição a prefeito em Porto Velho tem sido um verdadeiro tormento para os
favoritos. Everton Leoni liderou pesquisas e era favorito contra Carlinhos e
levou bomba. Nazif, com grande largada, levou pau de Roberto Sobrinho. Garçon
ganhou bem o primeiro turno em cima de Nazif e no segundo turno foi abatido
pelo adversário. Com Leo Moraes e Mauro Nazif favoritos, quem levou em 2016 foi
a zebraça Hildon Chaves. É coisa de louco!
Com adversários
Outra
curiosidade é com relação ao apoio dos governadores aos candidatos do seu
partido na capital, caso de Jerônimo Santana, por exemplo, que asfixiou o prefeito Tomás “Tabefes” Correia, mas ajudou
muito seu adversário Chiquilito Erse a desenvolver uma grande administração. Até
a década de 90 os governadores tratavam os prefeitos de Porto Velho como meros secretários e por isto sempre ocorriam muitos atritos entre as esferas
municipais e estaduais.
Via Direta
*** Com olhos voltados a vaga ao Senado em 2022, dois importantes
postulantes a prefeitura de Porto Velho estão estudando deixar de lado a
eleição de outubro ***
Trata-se dos deputados federais Leo
Moraes (Podemos) e Mauro Nazif (PSB) ***
É a tal história, a prefeitura da capital é considerada tumba de políticos, fim
de carreira para muita gente *** Não é o caso do prefeito Hildon Chaves que
tem planos para o futuro, como se consolidar no Paço Municipal e pintar quente
e fervendo em 2022 para o governo estadual ***
Nos bastidores se propala que o ex-governador Daniel Pereira presidente estadual do Solidariedade ainda
não conseguiu montar chapa com 32 candidatos a vereança na capital *** Ao
contrário já existe até um início de debandada para o PSB ***A oposição garante que existem pelo menos três secretários da gestão
Hildon Chaves no bico do corvo. Quem vai levar pé?
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