Quarta-feira, 25 de março de 2020 - 11h30
Foi
preciso um vírus assustador para mostrar a estupidez e a infantilidade dos
radicais que gritavam uns nas caras dos outros e se engalfinhavam em brigas: se
não houver união preventiva, muitos morrerão vítimas das próprias teimosias e
rancores.
Desfeitas
as ilusões de que o progresso nacional viria automaticamente com o impeachment
de Dilma e as reformas, o Brasil está de volta ao seu problema secular: não há um
projeto para a Nação. Para a Amazônia, falta fazer as riquezas da região beneficiarem
de imediato os povos que aqui vivem.
Problemas
que se arrastam há séculos não se resolvem em minutos, mas precisam ser
enfrentados já, com ações pequenas, médias e grandes. Ótima iniciativa da Fundação
Amazonas Sustentável, pode parecer que o projeto Incenturita (Incentivo à
Leitura, Escrita e Oratória) seja pequeno, mas seus propósitos são gigantes: apoiar
a juventude e valorizar a cultura amazônica.
Em
igual medida, a iniciativa do Centro de Biotecnologia da Amazônia de viabilizar
a um novo polo industrial formado por empresas que agreguem valor a produtos da
biodiversidade regional é notavelmente grande, mas interessa a cada pequena
comunidade da floresta. Pensar na juventude e na melhor forma de desenvolver a
economia regional são ações complementares que poderiam figurar bem no projeto
de Nação que ainda não temos e só a união nacional poderia construir.
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O jeitinho
Em
tempos de restrições de coronavirus e até de poder de polícia para cerrar as
portas de estabelecimentos, temos o jeitinho rondoniense de ajustar as coisas.
Trata-se do atendimento na porta dos fundos. A fachada principal do comércio
fica fechada, mas sempre tem uma portinha ao lado ou nos fundos para o
atendimento do público. Na região central de Porto Velho a coisa não funciona,
pois a fiscalização é mais rigorosa, mas nos bairros mais distantes lojas conseguiram
driblar a fiscalização.
Na política
Enquanto
isto, na política rondoniense os prefeitos e vereadores atuais já estão em
campanha para a prorrogação de mandatos até 2022 e do lado de fora quem pleiteia os cargos
eletivos se manifestando contrário a medida. Por enquanto o calendário eleitoral
está mantido e só se as coisas piorarem, lá por julho, uma medida extrema como
esta será tomada pela justiça eleitoral. Até lá acredita-se que as coisas
melhorem, torcida brasileira.
Em cascata
Com a grande maioria dos estabelecimentos comerciais
fechados em Porto Velho, os que ainda funcionam registram a queda de até 80 por
cento no movimento, o que já projeta demissões em bares, hotéis, restaurantes,
comércio lojista de roupas, sapatos, etc. Aliás, as demissões começaram em algumas lojas já em dificuldades
para pagar o aluguel que vence nos primeiros dias de abril. E existe grande possibilidade
de calotes em cascata.
Buraco Negro
É a
treva, como diz minha netinha. Mas o grande temor em Porto Velho, uma cidade
com mais de 60 mil funcionários públicos, municipais, estaduais e federais é
que a prefeitura, governo estadual e federal não arrecadem o suficiente nos
próximos meses para pagar em dia o funcionalismo público. Ocorrendo esta catástrofe,
a capital rondoniense que já detinha recorde de desemprego nos últimos anos vai afundar de vez sua economia.
A desobediência
Em
Porto Velho a desobediência é grande quanto ao quesito ficar quietinho em casa
como determinam as autoridades da saúde por causa da pandemia. O movimento nas
ruas ainda existe já que temos o jeitinho rondoniense de ajeitar as coisas. O trânsito
nas principais avenidas denuncia a desobediência também dos velhinhos, se
locomovendo, se relacionando com clientes, visitando amigos, fazendo compras
nas farmácias e supermercados. Justamente um grupo de risco.
Via Direta
***
Comerciantes urrando, camelôs desesperados, funcionários públicos receosos com
o futuro, algumas das consequências adotadas pelas restrições do coronavirus em
Porto Velho *** Sem clima para eleições, os candidatos a
prefeito e vereador estão em compasso de espera nos municípios rondonienses *** A falta de planejamento e desarmonia entre as esferas federais, estaduais
e municipais causou dissabores nesta primeira semana de combate a pandemia ***
Num jogo de empurra, o presidente Bolsonaro vai culpando governadores desafetos
pelos efeitos do desemprego gerados pelas restrições da doença. Só agora está
mudando a postura beligerante. *** É uma
torre de babel, ninguém se entende e os políticos querendo fazer política,
disputando paternidades de medidas *** E mesmo com a pandemia os
pesquisadores fajutos procuram prefeituraveis patos pelo estado afora para
desenvolver pesquisas favoráveis *** Na
capital ainda não se sabe nem quem será candidato. Muitos desistiram da empreitada.
As últimas chuvaradas transformaram ruas em rios em Porto Velho
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