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Carlos Sperança

Acusação injusta + Porto Velho não fez o dever de casa + Parceria infernal + Sem clima


Acusação injusta + Porto Velho não fez o dever de casa + Parceria infernal + Sem clima - Gente de Opinião

Acusação injusta

A imagem do Brasil no exterior já era deplorável antes da pandemia. Com ela, o país foi empurrado ao epicentro da doença e a piora no desmatamento faz o que era ruim virar péssimo. Lá fora, o país é tido como ameaça ao futuro da humanidade. Isso é também fruto de desinformação, mas o agravamento do quadro decorre de um acúmulo de erros, inclusive da incapacidade do Ministério das Relações Exteriores de mostrar ao mundo que o Brasil não é um inferno de doença, fogo e destruição.

É preciso provar que não há prevaricação quanto à fiscalização e cumprimento das leis e que os criminosos são combatidos com rigor. Sem isso, a imagem já deprimente tende a piorar ainda mais. Ao contrário de vários ministérios conduzidos por arrogantes boquirrotos, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem ótimo preparo para a função e não merece a dupla e ofensiva pecha de “senhora desmatamento” e “musa do veneno”, que lhe foi dada no fim de maio pelo jornal francês Le Monde.

A ministra correu o mundo deixando claro que o pandemônio ambiental não interessa aos produtores rurais. Sabe que é loucura maltratar clientes, principalmente os bons. Hostilizar a China e o Oriente Médio, por exemplo, significa matar as galinhas dos ovos de ouro. Tereza Cristina, portanto, é acusada injustamente por maluquices alheias. Que não se deixe abater pela pecha injusta e continue a prestar bons serviços ao Brasil.

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Dever de casa

Porto Velho, como se sabe, não fez o dever de casa no tocante ao controle da pandemia do coronavirus. Não apertou quando devia apertar, não fiscalizou com rigor quando deveria fiscalizar e a população não colaborou com o chamado distanciamento social. O resultado foi uma tragédia e uma superpopulação de defuntos no cemitério de Santo Antônio, cujos coveiros foram obrigados a abrir dezenas de novas covas emergenciais.

Em lockdow

Com toda desgraceira ocorrendo, desde a falta de sintonia entre as autoridades sanitárias municipais e estaduais a falta de leitos preparados para receber tantos infectados a desobediência do distanciamento social, a situação da pandemia do coronavirus se agravou e numa cidade onde o consenso é raro, veio o lockdow  meia boca  que teve correção de rumos ainda no final de semana para tentar resolver a coisa. Aonde se faz festa em bairro onde famílias choram por seus entes queridos  e sabe-se lá se o bloqueio até o final de semana dará certo.

Parceria infernal

Não bastasse, em Rondônia temos uma parceria infernal para aumentar a população de almas em seus cemitérios. A coronavirus se propaga e a dengue voltou com tudo e suas ocorrências aumentando no dia a dia. Não podemos sequer sonhar que Porto Velho se transforme numa Florianópolis onde a competência das autoridades sanitárias e a colaboração da população ajudou a combater a peste, mas um pouco de competência e unidade já ajudariam em Rondônia.

Baita injeção

Com os aeroportos parados há pelo menos dois meses, os aeródromos continuam recebendo injeção de recursos – de muitos recursos – em vários estados. O Brasil não é um País que sabe determinar prioridades, já que os voos estavam paralisados, toda a dinheirama em vez de ir para o bolso dos empreiteiros e dos políticos, deveria ter sido usada em hospitais de campanha e equipamentos para conter a coronavirus. É coisa de louco!

Sem clima

Com centenas de eleitores acabando sob sete palmos do Condomínio Tonhão, estamos sem clima de eleição em Porto Velho. Mesmo porque alguns candidatos a vereança ou parentes também morreram e para lá- sete palmo sob a terra - foram destinados. Mas o calendário eleitoral  2020 segue  e não foram  alteradas nem as datas das convenções municipais marcadas para julho e início de agosto. Em julho será marcada a nova data da eleição que seria em outubro.

Via Direta

***Com a economia em baixa por causa da pandemia e as restrições impostas pelas autoridades a mobilidade urbana na capital o chororô dos comerciantes em Porto Velho é grande *** Mas a situação dos ambulantes é bem pior. Temos um clima de desolação por causa da retirada dos camelôs na região do centro histórico *** Queixas a parte, pela primeira vez é cumprido o código de posturas da capital que proíbe a comercialização de objetos pelas calçadas prejudicando a caminhada dos transeuntes *** O nível do Rio Madeira em Rondônia segue em queda livre. O mesmo acontecendo com seus principais afluentes *** Ungido dos Expeditos, Thiago Tesari segue como favorito para ser  o candidato a vice do prefeito Hildon Chaves no pleito do final do ano *** O ex-presidente da Emdur já se desincompatibilizou para a peleja. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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