Quinta-feira, 30 de março de 2017 - 23h44
Em pé de guerra
De maneira extemporânea, já que não se trata de ano eleitoral, os políticos entraram em pé de guerra. De um lado, depois do lançamento de sua pré-candidatura ao governo, o senador Acir Gurgacz (PDT) começou a receber lambadas patrocinadas por adversários e seu assessor jurídico, o diligente Dr. Gilberto Carvalho acompanha as missas encomendadas com atenção, por que alguns golpes são assacados abaixo da cintura.
De outro lado, os velhos ressentimentos entre o ex-presidente da Assembléia Legislativa, o deputado estadual Hermínio Coelho e o governador Confúcio Moura voltaram à tona. O governador se cansou de ser xingado e mandou sua assessoria jurídica processar o parlamentar linguarudo. Os confrontos entre os dois vêm de longe, desde o primeiro mandato de ambos, depois que uma Operação Policial denegriu um filho do parlamentar, fato que foi debitado na conta do governador.
Antecipar a campanha eleitoral é o pior negócio para a classe política. Custa mais caro para os postulantes e no caso das candidaturas de ponta o pau é dobrado. Lembro que nenhum favorito ao governo ascendeu ao cargo sem levar cacete. E em 2018 não será diferente.
O amadurecimento
Constato com satisfação o amadurecimento político do deputado estadual Leo Moraes (do PTB a caminho do PPS), em minha opinião com a melhor performance entre os parlamentares, nesta legislatura, depois de uma campanha raivosa, que perdeu de virada para HIldon Chaves (PSDB). Alias, em momentos cruciais da campanha chegou a se comportar como um moleque, tal o desequilíbrio emocional na reta final.
Faço questão de registrar o fato, porque poucos políticos tem conseguido entender e interpretar a voz das ruas, como Leo. Ele que no inicio do ano prometia oposição tenaz ao prefeito Hildon Chaves, chegando dar um prazo para o alcaide, em forma de ultimato para que engrenasse, refez a sua posição e já ajuda a atual administração com emendas parlamentares para melhorar a saúde do município
Se quisesse retaliar, Leo Moraes já teria muita coisa para lascar o pau no prefeito tucano. A saúde não funciona, as malhas viárias urbanas e rural estão em pandarecos, os bairros mais baixos inundados, etc. No entanto, Leo optou generosamente em ajudar.
Dória e o seu genérico
As diferenças entre o prefeito de São Paulo João Dória e seu genérico tucano de Porto Velho, Hildon Chaves, que abriu sua gestão como um foguete de alta propulsão e acabou se transformando num traque, começa pela qualidade no assessoramento, continua por atitudes imaturas, obrigando a todo momento o portovelhense a retroceder. Tanto Dória como Hildon são estreantes na política, no entanto o alcaide paulista tem um marketing que tem colado o que já desperta ciúmes no próprio tucanato e nos adversários, como Ciro Gomes, Lula etc caterva.
Como Dória em São Paulo cogitado para presidente, Chaves chegou a ser tratado em Porto Velho como a melhor opção para o PSDB retomar o governo de Rondônia, mas ao começar seu terceiro mês de gestão, o que já se via eram medidas desgastantes, mas naturais para quem governa uma cidade que se transforma em Igapó durante o inverno amazônico. No entanto, neste final de março já constato Chaves com mais pé no chão e menos arroubos. Melhor para Porto Velho.
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