Segunda-feira, 6 de janeiro de 2020 - 09h45
“Aqui
era Amazônia”. Essa assustadora afirmação não está em algum romance distópico
de Philip K. Dick, autor de Blade Runner.
Foi dita há pouco pelo técnico agrícola Uri Correia, referindo-se à Amazônia mato-grossense.
“Derrubamos tudo, era assim que se pensava”. É de esperar ardentemente que
outras regiões amazônicas não precisem dizer o mesmo no futuro.
Embora
haja cientistas garantindo que já chegamos ao ponto sem retorno da destruição,
há muito por fazer e há dois fatores importantes para evitar que a tragédia se
amplie. De um lado, a resistência da imprensa profissional, mostrando que a
desinformação das redes sociais, baseada em fake news e teorias da conspiração,
pode e deve ser combatida com verdade, pluralismo e democracia.
De
outro, a tecnologia. Um satélite de observação da Terra desenvolvido em
conjunto por China e Brasil acaba de ser lançado ao espaço para reforçar o
monitoramento pelo governo brasileiro da Amazônia e das mudanças ambientais na
região. A ótima notícia veio da agência chinesa Xinhua.
No
mais, é preciso saudar o acordo entre a FAB e a Embraer para desenvolver uma
aeronave leve de transporte para monitoramento da Amazônia, com pistas curtas e
não pavimentadas, sem infraestrutura e em locais remotos. Boas notícias que
infundem boas expectativas para o ano que chega.
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Eleições 2020
Com
as eleições municipais tomando conta do cenário político logo depois do
carnaval, pelo menos quatro candidaturas devem ser observadas com mais atenção,
mesmo que todo pleito em Porto Velho desminta nas urnas as pesquisas, os
favoritos e os palpiteiros de plantão. São eles, Hildon Chaves (PSDB), Léo Moraes
(Podemos), Mauro Nazif (PSB) e Eyder Brasil (PSL). Da possível zebra, Vinicius
Miguel já falei na semana passada. Ela só encorpa com a desistência de Leo.
Culpado de tudo
O
prefeito Hildon Chaves (PSDB) insiste em dizer que só vai anunciar sua decisão
de concorrer à reeleição depois de março, quase as vésperas das convenções
partidárias. Ele justifica que em Porto Velho o prefeito é considerado culpado
por tudo que ocorre da chuva, do sol, da poeira, da alagação. Nos bastidores,
se acredita que o tucano esta catimbando o jogo para preservar suas asas,
principalmente no desgastante inverno amazônico.
Conta outra!
Também
o deputado federal Léo Moraes (Podemos) esta catimbando o jogo quanto à questão
sucessória. Tem falado aos amigos que ainda não se decidiu e que estaria
propenso a deixar de lado a eleição de outubro e então destinar todas as
energias para uma postulação ao Senado ou ao Governo em 2022. Para ele também é
conveniente adiar a confirmação. Economiza tempo, dinheiro e pauladas dos
adversários.
As alianças já
Já,
se tratando do ex-vereador, ex-prefeito e atual deputado federal Mauro Nazif
(PSB) não tem jogo de esconde-esconde. É pré-candidato e já esta no trecho. Dos
chamados postulantes de ponta é o único que já esta costurando alianças, num
projeto que pretende envolver o seu PSB, o Solidariedade de Daniel Pereira, o
PDT de Ruy Mota, o PSDC de Neodi Carlos, e tantos outros partidos que estão
chegando numa aliança do vai-quem- quer.
Na jogada
Por
sua vez, o deputado estadual Eyder Brasil (PSL) deve ratificar a condição de candidato
a prefeito em Porto Velho apoiado pelo governador Marcos Rocha (PSL) e pelo presidente
Jair Bolsonaro (sem partido). Com os ventos da economia soprando favoráveis em
2020 aos governistas, Eyder espera com isto reverter um panorama de favoritismo
nesta largada de Léo Moraes (Podemos).
Via Direta
*** A maioria dos deputados estaduais
não pretende disputar as prefeituras no interior de Rondônia. Acham que é uma
fria, poucos recursos, muito trabalho, muito desgaste *** Até o deputado estadual
e presidente da Assembléia Legislativa Laerte Gomes (PSDB) já desistiu de encarar
a eleição em Ji-Paraná *** Numa
gangorra, subindo e descendo, o Rio Madeira começa a preocupar na temporada
2020. A população ribeirinha já está com os cabelos em pé *** O prefeito Hildon
Chaves e o governador Marcos Rocha não se entendem sobre a construção da nova rodoviária em Porto Velho *** Os
projetos técnicos já estão prontos inspirados nas rodoviárias de Cuiabá e Rio
Branco *** É um jogo de empurra que não acaba, enquanto isto a população
padece com este cartão postal às avessas na capital rondoniense.
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