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Carlos Sperança

As eleições de 82 + Clima de indecisão + Aposta arriscada + Plano Diretor


As eleições de 82 + Clima de indecisão + Aposta arriscada + Plano Diretor - Gente de Opinião

As eleições de 82

Nas primeiras eleições gerais do recém-nascido estado de Rondônia – menos para governador  e  prefeito – estas bandas recebiam grandes investimentos das esferas federais e o  então presidente João Figueiredo e o Ministro do Interior Mário Andreazza (ambos militares) mantinham enorme carinho com o novo estado. Neste cenário, o coronel Jorge Teixeira de Oliveira governava o estado e o prefeito Sebastião Assef Valadares, o município de Porto Velho, ambos nomeados.

Corria o ano de 1982 e a recessão corria solta no País. Mas Rondônia era um canteiro de obras, além da corrida ao ouro do Rio Madeira, a migração desenfreada dos colonos em busca de módulos rurais e a mineração da cassiterita no Vale do Jamari. Neste ambiente, Rondônia elegeu três senadores – Odacir Soares, Galvão Modesto e Claudionor Roriz – oito deputados federais – os mais votados Mucio Athayde (MDB) e Chiquilito Erse (PDS) e 24 deputados estaduais. Destes, José Bianco e Oswaldo Piana anos depois seriam eleitos governadores, Amir Lando, Bianco, Ernandes Amorim e Ronaldo Aragão senadores. Muitos estaduais também seriam eleitos prefeitos, como Tomás Correia em Porto Velho, Ernandes Amorim e Ariquemes, José Bianco em Ji-Paraná. E destaque maior para Amir Lando que chegou ao cargo de Ministro da Previdência, além de ter sido um baita tribuno no Senado.

Mesmo com muitos políticos recém chegados, o eleitorado emplacou legislaturas de qualidade. No caso da Assembleia Legislativa, os parlamentares seguintes não conseguiram acompanhar a qualidade do desempenho da primeira turma que teve o trabalho histórico de elaborar a primeira Constituição de Rondônia, com Bianco, Amizael, Jacob Atalah, Amir Lando e Tomás Correia liderando as ações. Bons tempos.

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Clima de indecisão

O que mais impressiona no campo político, em meio da tragédia da pandemia do coronavirus é a indecisão dos principais candidatos à prefeitura de Porto Velho de entrar na peleja, cuja eleição está com data cada vez mais indefinida. Tanto prefeito Hildon Chaves (PSDB), como os deputados federais Mauro Nazif (PSB) e Leo Moraes (Podemos) não confirmam as postulações arrastando suas definições para as convenções de agosto.

Plano Diretor

Revisado a cada dez anos por exigência do Ministério das Cidades, o Plano Diretor do município de Porto Velho também padece com o coronavirus. Ocorre que muitas audiências públicas para tratar do assunto acabaram suspensas por conta da pandemia que se alastra em Rondônia. O documento projeta o crescimento  ordenado da sede e seus distritos, define a expansão urbana, melhorias para a mobilidade, coleta de lixo, transporte coletivo, etc.

Os impressos

 Ao meio de tantas agruras e o coravirus se espichando pela aldeia rondoniense, este rotativo vai se mantendo, enquanto jornais centenários em vários estados já se foram. O próprio Alto Madeira com seus 100 anos não resistiu a crise dos impressos. E Porto Velho que já teve cinco jornais diários – no auge dos impressos – agora só tem um com circulação estadual que é o nosso amado Diário da Amazônia.

Cinco impressos

Por falar em jornais, ao final da década de 80 a mídia impressa vivenciava seus melhores dias em Porto Velho. A cidade contava com a metade da população atual – cerca de 270 mil habitantes – e circulavam o Alto Madeira, o Guaporé, A Tribuna, Estadão de Rondônia e o Imparcial, além de vários semanários e  revistas – inclusive a minha Momento que cerrou as portas em 2015 - que acabaram fechando com o tempo deixando lacunas na comunicação rondoniense.

Aposta arriscada

O colunista alertou na semana passada da aposta arriscada dos prefeitos rondonienses em busca da reeleição abrir as portas do comércio e afrouxar o distanciamento social. Foi o caso de Ariquemes que não tinha nenhum caso até a semana passada e terminou o domingo como o segundo município mais atingido pelo coronavirus no estado. Os alcaides vão descobrir logo em seguida que os mesmos que clamavam pela abertura do comércio, desandando as coisas, serão os primeiros a pedir suas cabeças pela irresponsabilidade.

 

Via Direta

*** Coisa de louco a estiagem no Paraná  que já causando graves prejuízos no abastecimento de água nas cidades e na zona rural *** Esperamos que o verão amazônico não repita a secura que ocorre no Sul do País *** Porto Velho enfrenta a coronavirus no osso do peito. Metade da população não conta com água encanada para lavar as mãos, como é recomendado pelas autoridades da saúde pública *** E os bilhões do fundo eleitoral para onde vão? Para o bolso dos políticos ou para combater a pandemia? *** O pedetista Ciro Gomes, presidenciável do PDT não se entende mais com Lula e Dilma. Assim fica difícil montar uma Frente de Esquerda para enfrentar Bolsonaro (a direita) e João Dória ( centro) nas eleições presidenciais de 2022 *** Teremos um verdadeiro recorde de candidatos a prefeitura de Porto Velho nas eleições de outubro (havendo adiamento, em dezembro) ***Ocorre que muitos inspetores de quarteirão estão se achando....

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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