Terça-feira, 14 de abril de 2020 - 09h44
As eleições de 82
Nas
primeiras eleições gerais do recém-nascido estado de Rondônia – menos para
governador e prefeito – estas bandas recebiam grandes investimentos
das esferas federais e o então presidente
João Figueiredo e o Ministro do Interior Mário Andreazza (ambos militares) mantinham
enorme carinho com o novo estado. Neste cenário, o coronel Jorge Teixeira de
Oliveira governava o estado e o prefeito Sebastião Assef Valadares, o município
de Porto Velho, ambos nomeados.
Corria
o ano de 1982 e a recessão corria solta no País. Mas Rondônia era um canteiro
de obras, além da corrida ao ouro do Rio Madeira, a migração desenfreada dos
colonos em busca de módulos rurais e a mineração da cassiterita no Vale do
Jamari. Neste ambiente, Rondônia elegeu três senadores – Odacir Soares, Galvão
Modesto e Claudionor Roriz – oito deputados federais – os mais votados Mucio
Athayde (MDB) e Chiquilito Erse (PDS) e 24 deputados estaduais. Destes, José
Bianco e Oswaldo Piana anos depois seriam eleitos governadores, Amir Lando,
Bianco, Ernandes Amorim e Ronaldo Aragão senadores. Muitos estaduais também seriam
eleitos prefeitos, como Tomás Correia em Porto Velho, Ernandes Amorim e Ariquemes,
José Bianco em Ji-Paraná. E destaque maior para Amir Lando que chegou ao cargo
de Ministro da Previdência, além de ter sido um baita tribuno no Senado.
Mesmo
com muitos políticos recém chegados, o eleitorado emplacou legislaturas de
qualidade. No caso da Assembleia Legislativa, os parlamentares seguintes não conseguiram
acompanhar a qualidade do desempenho da primeira turma que teve o trabalho
histórico de elaborar a primeira Constituição de Rondônia, com Bianco, Amizael,
Jacob Atalah, Amir Lando e Tomás Correia liderando as ações. Bons tempos.
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Clima de indecisão
O
que mais impressiona no campo político, em meio da tragédia da pandemia do
coronavirus é a indecisão dos principais candidatos à prefeitura de Porto Velho
de entrar na peleja, cuja eleição está com data cada vez mais indefinida. Tanto
prefeito Hildon Chaves (PSDB), como os deputados federais Mauro Nazif (PSB) e
Leo Moraes (Podemos) não confirmam as postulações arrastando suas definições
para as convenções de agosto.
Plano Diretor
Revisado
a cada dez anos por exigência do Ministério das Cidades, o Plano Diretor do
município de Porto Velho também padece com o coronavirus. Ocorre que muitas
audiências públicas para tratar do assunto acabaram suspensas por conta da
pandemia que se alastra em Rondônia. O documento projeta o crescimento ordenado da sede e seus distritos, define a
expansão urbana, melhorias para a mobilidade, coleta de lixo, transporte
coletivo, etc.
Os impressos
Ao meio de tantas agruras e o coravirus se
espichando pela aldeia rondoniense, este rotativo vai se mantendo, enquanto
jornais centenários em vários estados já se foram. O próprio Alto Madeira com
seus 100 anos não resistiu a crise dos impressos. E Porto Velho que já teve
cinco jornais diários – no auge dos impressos – agora só tem um com circulação
estadual que é o nosso amado Diário da Amazônia.
Cinco impressos
Por
falar em jornais, ao final da década de 80 a mídia impressa vivenciava seus
melhores dias em Porto Velho. A cidade contava com a metade da população atual
– cerca de 270 mil habitantes – e circulavam o Alto Madeira, o Guaporé, A
Tribuna, Estadão de Rondônia e o Imparcial, além de vários semanários e revistas – inclusive a minha Momento que
cerrou as portas em 2015 - que acabaram fechando com o tempo deixando lacunas
na comunicação rondoniense.
Aposta arriscada
O
colunista alertou na semana passada da aposta arriscada dos prefeitos
rondonienses em busca da reeleição abrir as portas do comércio e afrouxar o
distanciamento social. Foi o caso de Ariquemes que não tinha nenhum caso até a
semana passada e terminou o domingo como o segundo município mais atingido pelo
coronavirus no estado. Os alcaides vão descobrir logo em seguida que os mesmos
que clamavam pela abertura do comércio, desandando as coisas, serão os
primeiros a pedir suas cabeças pela irresponsabilidade.
Via Direta
*** Coisa de louco a estiagem no Paraná que já causando graves prejuízos no
abastecimento de água nas cidades e na zona rural *** Esperamos que o
verão amazônico não repita a secura que ocorre no Sul do País *** Porto Velho enfrenta a coronavirus no
osso do peito. Metade da população não conta com água encanada para lavar as
mãos, como é recomendado pelas autoridades da saúde pública *** E os
bilhões do fundo eleitoral para onde vão? Para o bolso dos políticos ou para
combater a pandemia? *** O pedetista
Ciro Gomes, presidenciável do PDT não se entende mais com Lula e Dilma. Assim fica
difícil montar uma Frente de Esquerda para enfrentar Bolsonaro (a direita) e
João Dória ( centro) nas eleições presidenciais de 2022 *** Teremos um
verdadeiro recorde de candidatos a prefeitura de Porto Velho nas eleições de
outubro (havendo adiamento, em dezembro) ***Ocorre
que muitos inspetores de quarteirão estão se achando....
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