Quarta-feira, 22 de julho de 2020 - 10h58
Chama
atenção a pandemia obrigar o uso de trajes similares aos dos astronautas em
missões espaciais. Se a vacina definitiva não chegar, é provável que
“astronautas” de terra firme se multipliquem nas ruas. Aliás, com a corrida no
espaço contida, o interesse da Nasa se deslocou para o drama ambiental. Há
pouco, a agência espacial estadunidense alertou que a onda de queimadas na Amazônia
neste ano tende a piorar com o aumento das temperaturas no Atlântico Norte. É
um claro ato de pressão.
Com
o governo brasileiro pressionado, a fervura mundial aumenta justo em um momento
delicado. O presidente Jair Bolsonaro, acometido pela Covid-19, mantém suas
funções à distância, como em um bunker de guerra, enquanto o vice-presidente,
Hamilton Mourão, é cobrado por diversos atores pelos erros que o Brasil
acumulou na questão ambiental.
A
pressão dos ambientalistas era desdenhada como falação de “gafanhotos verdes”,
mas os investidores externos e o agronegócio mais moderno também não aceitam os
efeitos da má imagem do Brasil no exterior, piorada pelas trapalhadas do
Itamaraty. Não há como chamar a informadíssima Nasa de “gafanhoto” nem cola
mais desqualificar as preocupações ambientais e sanitárias como exageros de
desinformados ou inimigos do Brasil. Correta, portanto, a suspensão das
queimadas pelo prazo de 120 dias. É ação e não falação.
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Terras caídas
Pelo
menos em Rondônia constatou-se uma redução nos efeitos do fenômeno das terras
caídas tão comuns em estados da região como Pará e Amazonas. O incidente ocorre
quando a água atua as margens dos rios causando erosão e abrindo cavernas
subterrâneas até que uma ruptura provoque a queda do terreno que é tragado
pelas águas. Em anos anteriores grandes pátios de empresas desbarrancaram em
Porto Velho levando caminhões e máquinas rio abaixo.
As articulações
Depois
do encerramento das rusgas e ataques das milícias virtuais bolsonaristas ao presidente
da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) o parlamentar carioca entra em campanha
para se reeleger com apoio de parte do “centrão”, coalizão de partidos de
sustentação do Palácio do Planalto. No Senado, o atual presidente David Alcolumbre
também se articula para mais um mandato e por conta disto se aproxima do presidente
Bolsonaro.
Desempenho
O
governador acreano Gladson Cameli conseguiu até agora o melhor resultado no
combate ao coronavirus na região amazônica, reduzindo drasticamente os casos
depois de um rigoroso bloqueio. O número de mortos voltou a aumentar, mas comparado
a outros governadores do Norte, acusados de superfaturamento na compra de equipamentos
e na aquisição de hospitais de campanha, Camelli também se saiu melhor. Os mandatários
do Amazonas e do Pará foram os piores.
Sem revanche
A
esperada revanche na eleição de 15 de
novembro entre o deputado federal Leo Moraes (Podemos) com o prefeito Hildon
Chaves (PSDB) está cada vez mais difícil de acontecer em Porto Velho. Estamos
caminhando para o final de julho e as forças políticas ligadas aos dois
candidatos seguem desmobilizadas. Mauro Nazif (PSB) que poderia buscar uma
desforra contra os dois adversários também se faz de gato morto.
Eleição morna
O
pleito 2020 não está despertando atenção de ninguém e temos uma pré-campanha
morna nos principais municípios do estado. Alguns casos motivam o desanimo: a
pandemia do coronavírus crescendo no estado, beirando os 30 mil casos, a
decepção com a classe política que em plena tragédia da doença aproveitou para
superfaturar a compra de remédios e equipamentos. A classe política se superou.
Coisa de louco!
Via Direta
*** Aumentam as candidaturas femininas
as prefeituras nesta temporada nas capitais. Em Porto Velho o poder feminino terá a vereadora Cristiane Lopes (PP), mas existem outros
nomes cogitados na praça *** Também se destaca a tendência de postulações de
militares também em partidos da
esquerda, algo raro em pleitos passados onde o ninho os militares eram os partidos conservadores *** O ativista cultural Carlinhos Maracanã
disputa mais uma vez cadeira da Câmara de Vereadores de Porto Velho *** O
segmento precisa de mais representatividade nos parlamentos estaduais e
municipais *** Recicladores e catadores
de latinhas também terão seu postulante a vereança na capital: Carlos Gordurinha,
com base na região do Lagoinha.
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