Quinta-feira, 4 de junho de 2020 - 09h20
O
governo brasileiro foi denunciado na Comissão Internacional de Direitos Humanos
da Organização dos Estados Americanos por violações estimuladas pela pandemia
de Covid-19 e pelo desmatamento na Amazônia.
O
nacionalismo deixa de fazer sentido quando ocorrências em determinada região do
globo (ou da Terra plana, como querem alguns) afeta interesses econômicos,
ambientais e sanitários de outros países. Uma boa diplomacia faz a diferença em
caso de incompreensões e artimanhas externas, mas a atuação diplomática
nacional é desastrosa. Vem afugentando investidores desde bem antes da
pandemia.
O
Brasil é acusado de não seguir a orientação da Organização Mundial de Saúde, o
que não chega a ser criminoso. Pelo ineditismo da situação ainda não se sabe
até que ponto a diretriz da OMS é a melhor. Já a ong Humans Right Watch denuncia
o desmatamento ilegal na Amazônia, citando dados do Inpe que apontam aumento de
53% no desmatamento da Amazônia entre outubro de 2019 e abril de 2020.
Mesmo
faltando provar que o crime é acobertado pelo governo, a desunião e a
polarização ideológica afetam seriamente o país. Só o diálogo e um pacto de
unidade nacional resolveriam o problema. Se as brigas e confusões continuarem o
Brasil será sempre um barril de pólvora prestes a explodir.
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Campanha morna
Com
a população de Porto Velho voltada a salvar a pele do coronavírus que se
espalha pelos bairros, a campanha eleitoral 2020 ficou insípida. Não temos
sequer candidatos a prefeito definidos. Uma pré-campanha com os principais
protagonistas fora da peleja e estudando a situação da municipalidade cuja
arrecadação de tributos tem caído por conta da pandemia do coronavirus. Ninguém
quer pegar bomba nas mãos.
Centrão triunfa
A
saída do ministro da Justiça Sérgio Moro do governo Bolsonaro abriu os caminhos para os
partidos do chamado “centrão”, uma coalizão que vem rapinando o Brasil desde FHC,
Lula, Dilma e Temer, voltar ao poder. Ao mesmo tempo a aliança busca salvar
grande parte dos seus membros da Operação Lava jato, que antes eram fustigados
por Sergio Moro e agora virando governo devem salvar a pele com um ministro da
justiça e uma Polícia Federal alinhados aos seus interesses.
Fundo eleitoral
Quem
acreditou que os políticos usariam os recursos do fundo eleitoral para combater
a pandemia do coronavirus se deu mal. Poucos congressistas defenderam a ideia e
o TSE já liberou os recursos na ordem de R$ 2 bilhões para financiar as
campanhas eleitorais deste ano aos partidos. Os bolsos dos políticos estão
vitaminados, pois o presidente Jair Bolsonaro também liberou os recursos de emendas
parlamentares. Neste caso para atender as demandas sociais dos nas bases
políticas dos congressistas.
Recuo do Madeirão
Depois
de constatar em alguns bairros de Porto Velho o lençol freático em queda livre,
prejudicando o abastecimento de água de tantas comunidades, fui
bisbilhotar ontem a região portuária e
fuçar as obras do projeto Beira-Rio e fiquei impressionado com o rápido recuo
das águas do Rio Madeira. O fato indica uma seca severa nestas bandas, como já
ocorre no Paraná, pois o verão sequer começou e a coisa já degringolou.
Sem apoio
Os
candidatos a prefeitos pelo bolsonarismo estão perplexos e decepcionados com a recente
posição do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido). Ele simplesmente confirmou
que não vai apoiar ninguém no pleito deste ano. Em Porto Velho os deputados
Eyder Brasil (estadual) e Crisóstomo (federal) disputavam a benção do presidenciável
na peleja. Agora terão que buscar outras estratégias de campanha, embora não
deixem de utilizar o nome do ilustre mandatário como aliado.
Via Direta
*** Uma aliança de partidos
bolsonaristas está lançando a candidatura do ex-vereador Lincon Astrê para o
Palácio Urupá, sede da prefeitura de Ji-Paraná *** Trata-se de uma
jovem e promissora liderança na peleja
com os políticos macacos velhos da capital da BR *** O Ministério do Meio Ambiente projeta acabar com os principais
lixões de Rondônia até 2022 *** Os governos petistas de Lula e Dilma também
tinham projetos semelhantes para o País,
no entanto nenhuma meta foi atingida ***
Diante dos medicamentos com preços tão altos o Congresso Nacional quer tabelar
os preços para acabar com a farra dos reajustes em plena era do coronavírus ***
O barbudo Hildon Chaves (PSDB) acelera as ações de pavimentações nos bairros de
Porto Velho *** A oposição se une em Jaru
para depor o prefeito Joãozinho Gonçalves na eleição de do final de ano. Mas o
alcaide já está reforçando suas paliçadas.
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