Sábado, 8 de setembro de 2018 - 21h05
O “terror” da floresta
A literatura e o cinema aproveitam o medo ou repulsa das pessoas ao que é desconhecido e lhes pareça estranho, ameaçador ou feio para criar ícones do Mal. Os morcegos lideram a preferência, mas há na vasta fauna da Amazônia um sério candidato a filmes arrepiantes: o matamatá (Chelus Fimbriata), que desafia até na dificuldade para acertar sua grafia.
Em plena época de frequentes descobertas sobre o passado histórico e pré-histórico, a assustadora tartaruga é uma raríssima continuidade do passado na natureza presente.
No quadro de extinção de espécies, que desaparecem em escala preocupante, o mundo animal sobrevivente sacode o urbanismo humano com aparições midiáticas. Sucuris assombrando estacionamentos, onças pardas desfilando em avenidas e nos forros das casas os já triviais gambás, relacionados entre os suspeitos pelo incêndio do Museu Nacional.
Caracterizados por uma variedade que tem no imaginário do povo animais fofinhos como o jupará e lendários como o boto, bichos da Amazônia com potencial cinematográfico são também o poraquê, o candiru e a formiga bala. Que ninguém estranhe a presença em breve do matamatá em alguma franquia do tipo “Piratas do Caribe”.
Os reflexos
O atentado ao presidenciável Jair Bolsonaro também reflete nas candidaturas aos governos estaduais do PSL, no caso de Rondônia, o coronel Marcos Rocha pode até subir alguns pontinhos. Os candidatos a deputados estaduais e federais já acreditam até em vitória em primeiro turno do presidenciável, o que dificilmente vai ocorrer num cenário com tantos candidatos fragmentando o eleitorado.
Os atentados
A Band News, na cobertura da facada a Bolsonaro relembrou o caso Olavo Pires em Rondônia, metralhado em 90. Fiz minhas contas por aqui, dos cinco principais atentados ocorridos no estado, só um resultou em morte de político, o resto era fajuto. Por isto, por aqui o hábito era só acreditar em atentado com político morto, mas não é este o caso do presidenciável Bolsonaro, com o bucho furadérrimo.
Uma blitz
Os candidatos ao Senado da região central de Rondônia começam uma verdadeira blitz na capital. Ocorre, como se diz no adágio popular, a necessidade faz o sapo pular e é preciso reduzir a diferença de Confúcio e Raupp, beneficiados pelo racha na região central do estado. E o ex-governador Ivo Cassol assumiu o comando da campanha de Carlos Magno ao Senado.
Fazendo as contas
Nas contas dos QGs dos postulantes ao Senado Confúcio Moura e Valdir Raupp, que vão ponteando a corrida, o canibalismo entre os candidatos Jesualdo Pires (PSB), Carlos Magno (PP) e Marcos Rogério (DEM) impede uma candidatura mais competitiva na BR. A mesma divisão de votos está ocorrendo na capital, num processo de autofagia entre AluízioVidal e Fátima Cleide.
Em Porto Velho
Na capital, aonde apenas dois candidatos locais ao Senado vão se sobressaindo, casos de Fátima Cleide (PT) e Aluizio Vidal (Rede), já se vê o crescimento também do ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB). O desafio de Jesualdo, no entanto, é vencer bem em Ji-Paraná e sua região e se posicionar até em terceiro lugar na capital, para se tornar um candidato de ponteira.
Via Direta
*** Na história política de Rondônia, jamais foram eleitas três deputadas federais *** Lembro que em situações anteriores a Marinha Raupp (MDB) e Mariana Carvalho (PSDB), o estado já teve Rita Furtado e Raquel Candido eleitas simultaneamente para a Câmara Federal *** Como nesta temporada Silvia Cristina (PDT) e Jaqueline Cassol (PP) vem empoderadas e Rosária Helena (Solidariedade) e Claudia Moura (MDB) estão reforçadas até os dentes, já se vê que o jogo será bruto!
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