Sábado, 19 de março de 2016 - 07h09
Terra sem lei
As coisas estão chegando num ponto extremo em Porto Velho no que se refere à criminalidade. A capital rondoniense se transformou numa terra sem lei, num império da bandidagem e os órgãos ligados a segurança pública não estão conseguindo dar conta da demanda. O terror toma conta da cidade, do Mariana ao Nacional, do Eldorado ao Olaria.
Não se pode mais nem andar de ônibus por aqui. Já foram 23 assaltos com arrastão nos transportes coletivos com índices mais alarmantes nas zonas Leste e Sul de Porto Velho. É de espantar também o numero de linchamentos na periferia já que a população não suporta mais tanto assaltos e arrombamentos e já esta fazendo justiça com as próprias mãos. Neste ano já foram quase 10 casos.
Não bastasse, os traficantes disputam pontos de vendas de drogas a balas resultando toda semana em vitimas fatais. Onde vamos parar?
Com a segurança em colapso, a saúde em caos e o fantasma do desemprego rondando os lares, o que se vê é um 2016 começando com um banho de sangue.
Garçon + Pimentel
Articulador das alianças do PMDB no estado e também na condição do seu presidente regional, o senador Valdir Raupp trata de reforçar as paliçadas do seu candidato a prefeito de Porto Velho Willians Pimentel. O partido decidiu que não fará acordo com o PSB de Mauro Nazif tendo em vista resultados de recentes pesquisas apontando o mandatário local com elevada taxa de rejeição.
Chama atenção uma das articulações de Raupp, dando conta do apoio do deputado federal Lindomar Garçon (PRB) e dos seus três partidos para a causa de Pimentel. Confirmado o acordo, trata-se de um reforço considerável, já que mata dois coelhos numa só cajadada. A iniciativa tira Garçon do rol das candidaturas – ele esta entre os três mais bem aquinhoado nas pesquisas – e de um outro lado recebe para si quatro legendas para formar uma respeitável coalizão.
Com Mariana Carvalho (PSDB) quase fora da disputa, Garçon se retirando das trincheiras de combate, teremos um novo cenário e mais otimista para Pimentel, pois com certeza enfrentar Mauro Nazif (PSB) e Roberto Sobrinho (PT) é uma parada menos indigesta que pelejar com Mariana e Garçon.
O País paralisado
O inicio do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef – até a votação final tende a se arrastar por meses – ameaça paralisar de vez o país já mergulhado numa série crise econômica que têm arrastado multidões ao desemprego. E os serviços essenciais como saúde e segurança pública já estão se deteriorando rapidamente.
A classe política tem seu grande embate no Congresso Nacional. De um lado os partidos da base aliada, com o PT e seus puxadinhos lutando pela permanência da presidente Dilma, de outro a oposição ávida pelo afastamento da presidenta, buscando rapidamente a troca do comando do Palácio do Planalto como solução para a crise.
Acredita-se neste momento que a simples troca de governo já traria reflexos benéficos a economia do País reabilitando a credibilidade governamental terrivelmente avariada. O mercado esta atento a possibilidade e por isto poderosas entidades empresariais já se engajam nas fileiras do Pró-Impeachment. Enquanto nada se resolve, o Brasil sangra.
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