Sábado, 24 de setembro de 2016 - 07h41
Se as últimas pesquisas tiverem algum fundo de verdade, neste momento da reta de chegada o eleitorado de Porto Velho começa a projetar o voto útil, ou seja, fazer a opção por aquele candidato da oposição com melhores condições de bater o prefeito Mauro Nazif (PSB) no segundo turno. Neste sentido, a coisa está embolada entre o deputado estadual Leo Moraes (PTB) e o ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT), quase num empate técnico, mas com o último enrolado com a Justiça e com risco de perder o registro da candidatura.
Neste afunilamento da campanha quero registrar alguns aspectos interessantes. Léo Moraes levou a melhor sobre o tucano Hildon Chaves na busca do legado da deputada Mariana Carvalho. Trata-se de uma faixa de eleitores com perfil jovem, entre 18 a 30 anos.
Outra batalha de faixa de votos que ocorre nesta disputa é entre Williames Pimentel (PMDB) e Roberto Sobrinho (PT). O petista inibiu o crescimento do candidato do PMDB, levando a melhor até agora na busca por uma vaga no segundo turno. Mas se Sobrinho for punido pelo TSE, Pimentel entra na reta final com boa chance de seguir em frente.
Chegamos à contagem regressiva e em poucos dias será conhecido o novo prefeito de Porto Velho e que pelo menos o eleito cumpra as promessas da plataforma de campanha. A maioria não cumpre.
A segurança pública
Ao contrário do que diziam o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, e o atual prefeito Mauro Nazif, a questão da segurança pública também diz respeito às municipalidades. O ex-prefeito de Curitiba, Rafael Grecca, candidato do PMN novamente ao Paço Municipal da capital paranaense, afirma isto com todas as letras: Grecca sintetiza: “É papel do prefeito alinhar e coordenar as forças de segurança”. Além disto, ele apresenta ideias inovadoras para tentar reduzir a criminalidade, entre elas, por exemplo, as “torres de sentinelas” e os “botões de (alerta) pânico”, através da criação de um sistema de vigilância eletrônico plugado a todos os prédios públicos, aproveitando as antenas de rádio e televisão espalhadas pela cidade.
Curitiba também conta com sua Guarda Municipal como todas as capitais, que tanto Sobrinho e Nazif teimosamente se recusaram a criar, para conter a violência. Importante também seria a criação de uma patrulha escolar municipal para espantar os traficantes das proximidades das escolas municipais.
Lembro destas situações que passaram, mas registro que tanto Sobrinho quanto o prefeito Nazif já se mostram com a cabeça mais aberta nesta campanha para que a municipalidade assuma seus compromissos com a segurança pública. É indispensável.
O bicho pegando
Já correndo a contagem regressiva para a eleição de 2 de outubro, o bicho está pegando entre os candidatos em todo território nacional. A central de boatos aumenta e temos uma queimação geral em cima dos postulantes melhor aquinhoados pelas pesquisas eleitorais.
Sobre um determinado candidato a prefeito da região Norte, corre um movimento pelas igrejas evangélicas de periferia que por ele ter a condição de homossexual “não merece o apoio do povo de Deus”. Como se sabe, evangélicos e gays não se bicam do Oiapoque ao Chuí, e neste momento o bicho está pegando para o referido candidato que, diga-se de passagem, não é assumido e nem defende as bandeiras do GBLTS.
Embora o eleitorado evangélico seja grande na capital, e mesmo que o tal político realmente seja gay, não se sabe até agora que tenha sido discriminado na atual campanha por isto. Muito pelo contrário, tem sido bem recebido. Outra coisa: mesmo que os evangélicos caiam fora do palanque deste candidato, o público do segmento gay é muito forte na região citada, o que pode compensá-lo com as eventuais perdas por retaliações evangélicas.
Outros postulantes locais também recebem carga nesta reta final. Desde a notícia do registro de um candidato suspenso pela Justiça Eleitoral, até de outro, que estaria envolvido com o crime organizado.
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