Terça-feira, 6 de setembro de 2011 - 06h03
Os pretendentes
Com o vice-prefeito Emerson Castro descartando desde já que será o candidato a prefeito do PMDB no ano que vem e o mesmo ocorrendo com o secretário de Obras Abelardo Castro Neto, o partido fica só com dois nomes para definir um na peleja 2012: o deputado estadual Zequinha Araújo e o presidente do partido Orestes Muniz.
Na berlinda
O recente desmentido de Orestes que não será candidato não é pra valer. Tanto o presidente nacional Valdir Raupp, como os dirigentes locais colocam o seu nome na berlinda e ele consta nas rodadas de pesquisas dos institutos que estão em campo auscultando as intenções de votos. Se não é candidato, então, que mande tirar seu nome (rss), né?
Nova ordem
O 4º Congresso Nacional do PT, encerrado no domingo, trouxe uma nova ordem para o partido de Roberto Sobrinho e Fátima Cleide. A sigla decidiu por candidaturas próprias nas capitais. As alianças com PPS, PSDB e DEM serão rejeitadas. Em Porto Velho o PT começa a definir seu processo de escolha
Sem acerto
O apelo pela unidade do PT cobrada em Porto Velho pelo comando nacional é de difícil celebração. As correntes têm seus pré-candidatos definidos e não abrem mão. Colocar os deputados estaduais José Hermínio e Ribamar Araújo no mesmo palanque do prefeito Roberto Sobrinho é uma tarefa quase impossível.
Um desmentido
O PMN emitiu comunicado no final de semana desmentindo a intenção do deputado estadual Lorival Amorim (Ariquemes) aderir ao recém-fundado PSD, de Gilberto Kassab e Moreira Mendes. O reforço tinha sido anunciado pelos dirigentes regionais do PSD antes do encontro estadual realizado em Jaru, que ocorreu no último sábado.
Em Villhena
O encontro regional do PP em Vilhena, com a presença do presidente estadual Carlos Magno e do senador licenciado Ivo Cassol serviu para espantar os boatos de um racha entre os cassolistas para a disputa do Palácio dos Parecis no ano que vem. O candidato à reeleição Zé Rover unifica o grupo e terá o apoio do deputado estadual Luizinho Goebel (PV).
Mais filiações
Ainda precisando se vitaminar em Porto Velho, o DEM garimpa filiados e eventuais pré-candidatos a vereança. A capital pode contar com 23 cadeiras no ano que vem, o que despertará o apetite dos inspetores de quarteirão da Vila Nacional ao Jardim Mariana. Para prefeito os Democratas tem como pré-candidato o empresário Jep Rover.
Perdendo espaço
Sem o cacique Bianco para uma nova reeleição em Ji-Paraná e com Márcio Raposo em Ariquemes com problemas para sacramentar a reeleição, os Democratas chegam a 2012 com dificuldades de manter o espaço conquistado nas eleições passadas. O pleito de 2012 é um verdadeiro desafio para a legenda que precisa se oxigenar para futuras disputas.
Do Cotidiano
Situação de temor
“É belo e glorioso morrer pela Pátria”, escreveu o poeta satírico romano Quinto Horácio Flaco (65 a.C.−8 d.C.). Atualmente, porém, a globalização vai pondo um fim em conceitos outrora tão fervorosamente cultivados, como Pátria e nacionalismo.
De um lado, os EUA, escudados pelo ONU, ocupam militarmente países do Oriente Médio e o Haiti. De outro, a China compra, aos retalhos, territórios que somados poderiam ser países inteiros, para neles produzir os alimentos de que sua imensa população necessita.
Para os países invadidos, no primeiro caso, sequer foi bela ou gloriosa a morte de quem ousou segurar milhares de bombas despejadas pelos robôs programados para matar. No segundo caso, inexiste ataque ou presença militar à qual resistir.
E o Brasil, como fica nesse mundo tão cheio de crises e invasões? No momento, vive uma situação de temor: se a crise mundial se prolongar, os efeitos danosos já verificados podem se agravar.
Um dos fantasmas que assustam o Brasil é o risco de desindustrialização, fenômeno ao qual se dá o nome de “doença holandesa”. Ela decorre de uma invasão descontrolada de capital estrangeiro.
Não é mais possível aos cidadãos “morrer pela Pátria” invadida, porque a globalização tornou invisíveis os exércitos estrangeiros: eles entram por facilidades cambiais, monetárias e creditícias criadas pela própria nação que os recebe de braços abertos.
Para combater a inflação, o governo brasileiro utiliza via de regra o aumento da taxa de juros, que é um convite ao ingresso no País do capital especulativo, fazendo a moeda nacional se apreciar ainda mais e prejudicar as exportações.
Apostando na dívida brasileira, um especulador obteria entre janeiro de 2009 e meados de 2011 uma remuneração de 90% sobre o valor investido, ou seja, quase dobraria, enquanto em seu país de origem não conseguiria um rendimento superior a 7%.
Na década de 70 do século passado, os holandeses se deslumbraram com a descoberta de grandes fontes de gás natural. Todos pensavam que iriam enriquecer, pois as vendas dispararam e ocorreu uma enorme valorização do florim. Isso, no entanto, levou ao efeito negativo da desindustrialização. Vai daí...
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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