Quinta-feira, 23 de agosto de 2012 - 06h01
Próximo prefeito
Não quero voduzar ninguém, mas o próximo prefeito da capital vai pegar um abacaxizal e tanto para descascar, de Calama a Nova Califórnia. O próximo orçamento deve minguar e o sucessor de Roberto Sobrinho já assume obrigado a reajustar as tarifas de ônibus. Pobre mãezinha do futuro alcaide.
Tempos de crise
Por iniciativa do governo do estado, desde terça-feira, representantes de todos os poderes discutem alternativas para a crise que atinge os cofres do erário rondoniense. O Palácio Presidente Vargas não quer fazer alarde, mas teremos tempos bicudos. A boa notícia foi o equacionamento dos precatórios.
Vários indícios
Mas temos vários indícios que a falta de recursos começa apertar a gestão Cooperação. Os parlamentares estaduais não estão recebendo os recursos das emendas destinadas as suas bases. De outro lado, muitos fornecedores começam a chiar pelos atrasos nos pagamentos.
Os reajustes
Contando com recursos economizados com a transposição (que acabou não vindo) dos servidores para os quadros da União, o atual governo nos últimos dois anos foi generoso com várias categorias de funcionários. O caldo entornou e a Lei de Responsabilidade Fiscal bate as portas de Confúcio.
Ficou a herança
Com a arrecadação estadual em queda, com o recuo nos repasses do governo federal, e o SINE já indicando mais demissões do que contratações, Porto Velho começa a viver uma outra realidade. Os tempos de fartura de recursos já se foram. Ficou a herança na saúde, trânsito, saneamento etc.
Em resumo
Pela média de três pesquisas em mãos – mais o Ibope -, o que se vê é Lindomar Garçon (PV) ponteando a corrida sucessória na capital, seguido por Mauro Nazif (PSB). No segundo pelotão já temos um empate técnico entre Fátima Cleide (PT), Mário Português (PPS) e Mariana Carvalho (PSDB).
A transposição
Nas últimas sondagens se constatou que Fátima Cleide (PT) e Mauro Nazif (PSB) perderam pontos com a transposição. Garçon, na sua faixa de votos, tem muita gordura acumulada, mas já começa a ceder terreno no seu segmento para Mário Português. Já, a tucana Mariana Carvalho voltou a crescer, impulsionada pelo voto jovem.
Tem consistência
No interior, Rodrigo Melo (PDT) cresce com consistência em Guajará Mirim. Em Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB) vai confirmando seu favoritismo contra a candidata apoiada pelos caciques Valdir Raupp e Ivo Cassol, Solange Pereira (PMDB). Em Vilhena, Zé Rover (PP) já amplia a vantagem sobre Luizinho (PV).
Briga boa
Em Cacoal, temos uma peleja equilibrada e os caciques demarcam território feito onças do Vale do Guapore. O padre Franco (PT) vai a reeleição com o apoio do cacíque da BR Acir Gurgacz (PDT), enfrentando Glauciony Nery (PSDC), cuja candidatura é sustentada pelos cardeais Ivo Cassol e Valdir Raupp.
O fim do primeiro ciclo da borracha, em 1912, deixou duas grandes heranças: a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a urbanização. Já nas obras da ferrovia surgiram às cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim. E a crise econômica decorrente do encerramento da era do látex levou ao desemprego, falta de perspectivas e a concentração dos trabalhadores dos seringais na periferia de Manaus à espera de dias melhores.
A borracha havia trazido prosperidade para Manaus e Belém, que passaram a figurar em posição de destaque no mapa do capitalismo global. Para o Brasil, a borracha e a economia que ela gerava chegaram a responder por quase 40% das exportações brasileiras. Manaus era a capital mundial da moda e o paraíso dos diamantes
As riquezas movimentadas pela borracha permitiram a aquisição do território do atual Estado do Acre, comprado em 1903 junto à Bolívia por 2 milhões de libras esterlinas. Depois do impacto negativo de 1912, o ciclo teria uma sobrevida, trinta anos depois, por conta da II Guerra Mundial, de 1939 a 1945.
Como, enfim, começou o que se convencionou chamar, historicamente, como “ciclo da borracha”? Como sempre, há um estrangeiro vivaz e oportunista envolvido na história toda. No caso da borracha, esse estrangeiro era o naturalista francês Charles Marie de La Condamine (1701–1774).
Quarta-feira, 28 de abril de 1745. Uma ansiosa plateia aguarda na Academia de Ciências de Paris revelações anunciadas como fantásticas. Charles Marie de La Condamine extasia seu seleto público apresentando um relato da expedição que empreendeu à América do Sul, das alturas andinas na América espanhola às terras baixas da Amazônia portuguesa, seguindo até o Atlântico.
A atenção que recebeu fazia sentido: ele foi o primeiro cientista a descer o curso do rio Amazonas, recolhendo à sua passagem descrições da geografia, fauna e flora que iriam provocar o interesse geral da comunidade científica pelo estudo da bacia amazônica.
A partir de sua aventura, o foco das atenções se concentrou na exposição das propriedades da seringueira, o uso do quinino e do curare, veneno que os índios usavam nas pontas das flechas para paralisar o inimigo e os animais alvejados.
Via Direta
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