Quinta-feira, 27 de outubro de 2011 - 05h08
Eleições 2012
Ouvi durante a semana lideranças oposicionistas sobre as eleições em Porto Velho no ano que vem. A maioria acredita em pleito em dois turnos e admite que o PT têm força para empurrar um nome para a segunda etapa da peleja. No entanto, são unânimes: nos segundo turno a oposição se une e leva.
A mobilização
Com mais um feriadão prolongado e a chegada das festas do final do ano constato um recuo nas articulações políticas regionais. Até o “Frentão”, idealizado por Miguel de Souza (PR), Expedito Junior (PSDB) e outras lideranças deu uma esfriada. Mas a formação desta coalizão é considerada um dos fatos políticos mais relevantes da temporada
Uma definição
Na verdade os oposicionistas estão no aguardo da definição do candidato petista chapa branca do prefeito sobrinho. O próprio ex-governador Ivo Cassol, que continua como uma das lideranças políticas mais expressivas da capital acompanha com atenção as movimentações do PT e PMDB, legendas consideradas adversárias em 2012.
A recuperação
Depois de anos de paralisação, espremido entre Ji-Paraná e Cacoal, o município de Presidente Médici volta a crescer. Os indicativos são bons: a implantação do Distrito Industrial a criação de novos loteamentos. Conhecida nos anos 70 como a cidade “Pela Jegue”, Médici aposta na agroindústria e na fruticultura.
Lago municipal
Ainda sobre Presidente Médici a população se mobiliza para conseguir urbanizar o lago Municipal, ponto de lazer da comunidade, abandonado por sucessivas gestões municipais. A idéia é obter recursos através de emendas parlamentares dos senadores Acir Gurgacz, Valdir Raupp e Ivo Cassol para garantir a obra.
A privatização
A possível privatização da saúde em Rondônia é a nova polêmica formada pelos quadros oposicionistas e até mesmo pela classe médica que pretende protestar contra algo que ainda nem foi definido pela atual gestão. Na verdade, o governo Confúcio Moura busca ganhar tempo e eficiência para tirar os pacientes do chão.
As retaliações
O deputado federal Moreira Mendes e os estaduais José Hermínio Coelho (Porto Velho) e Jaques Testoni (Ouro Preto do Oeste) quer recentemente ingressaram no PSD estão ameaçados de perder seus cargos. Os Diretórios nacionais, respectivamente do PPS e do PT estão pedindo os cargos de volta. O pau canta.
Os prefeitos
Como os então prefeitos Chiquilito, Bianco, Melki, Amorim, Divino e Ivo nas décadas passadas e mais recentemente Confúcio antes de virar governador, Alex Testoni de Ouro Preto do Oeste vai se destacando na temporada. Com um orçamento mixuruca e economizando nos cargos de confiança, conseguiu grande desempenho na Bacia Leiteira.
Do Cotidiano
Ratinho, o terror
Nos anos 90, o marginal Ratinho infernizava a população nas proximidades dos bairros Mocambo e Areal e seu reinado se estendia até a região da Avenida Almirante Barroso, onde até hoje o portovelhense é assaltado com faca no pescoço, depois da sete da noite.
De tão perigoso, até familiares acabam se afastando do facínora e sua má-fama já apavorava quase toda a cidade, cujos moradores evitavam transitar sob as regiões sob seu domínio.
Certa noite o jornalista Cláudio Jerônimo Paiva se dirigia à sua casa nas proximidades do Areal, quando o marginal chegou intimando, e entre um cascudo e outro levou relógio, carteira e algumas oferendas de terreiro.
Naquela época Claudinho era meio pai de santo, se trajava totalmente de branco e usava o artifício para engabelar as namoradinhas, assim como o velho Montezuma Cruz usava a doação de exemplares do jornal O Porantin para paquerar as molecas nas estâncias.
Frente a frente com Ratinho, Cláudio Jerônimo implorou pela vida, etc e etc. Constatando que a coragem não era o forte do jornalista, foram outros assaltos feitos em seqüência e a partir de então Ratinho nem precisava mais usar faca ou arma para levar os pertences da vitima. Onde estivesse nosso “destemido” herói – seja em Farmácia, restaurante ou na Taba do Cacique – bons tempos, aqueles! – Ratinho se apresentava e sem mais delongas estendia a mão requisitando dinheiro ou objetos de valor.
Uma namorada achou que a coisa já estava passando dos limites e convenceu o amado Claudinho a denunciar o bandido. “Parece coisa de mafioso cobrando pedágio e você se borrando de medo”, vociferava.
O infernal Ratinho foi preso e passou alguns meses na cadeia, ainda nos primórdios do Urso Branco. Passado algum tempo, ele começou a cumprir a pena fora do presídio e precisou arrumar emprego e também o perdão de algumas vitimas. Procurou Claudinho, que apavorado pelos antecedentes do detento, logo suplicou para não apanhar. Quase caiu duro perplexo quando Ratinho explicou “Que é isso amigo, hoje sou um homem de Deus!”. No entanto, mesmo convertido, Ratinho seria meses depois assassinado por desafetos nas ruas do Mocambo.
Via Direta
***A grande verdade é que a presença dos chefões do tráfico em Rondônia reflete diretamente no aumento criminalidade *** Deste caça-níqueis protegidos por pistoleiros a assaltos a bancos no interior do estado, a coisa vai piorando *** E salve-se quem puder...