Sexta-feira, 21 de outubro de 2011 - 06h16
Mais mudanças
Ao meio de especulações de mudanças no seu governo, Confúcio Moura completa seus primeiros dez meses de administração mostrando algumas qualidades que acabaram esquecidas pelas cobranças em cima das esferas de saúde e segurança pública, setores que vão precisar ainda de mais recursos e planejamento para deslanchar.
Boas relações
Além da gestão Cooperação manter o lado bom das gestões de Ivo Cassol e João Cahulla – a boa manutenção das estradas, pagamento em dia no mês trabalhado, a eficiência do Idaron etc – ela ostenta vantagens: Confúcio é melhor relacionado em Brasília, obtendo mais eficiência que seus antecessores na conquista de novos projetos para o estado. E ele é um inovador.
Eleição aberta
Com o cassolismo dividido, com a base aliada do governador Confúcio Moura rachada, com os petistas fracionados em alas como uma escola de samba e sem ícones políticos para a peleja, a eleição a prefeito em Porto Velho no ano que vem esta aberta para surpresas. Por isso esta chovendo de possíveis candidatos. É coisa de louco!
Nosso Titanic
A tragédia do naufrágio do navio Sobral Santos, o titanic da Amazônia, esta completando 30 anos. Foram 300 mortes no maior acidente fluvial da região e de lá para cá não mudou muita coisa nos portos da região Norte: as embarcações superlotadas e com sobrepeso além das dificuldades de fiscalização, continuam.
Coisa piora
Na verdade a navegação fluvial na Amazônia só tem piorado nos últimos anos já que a frota de barcos não tem sido modernizada. Além disto, a pirataria tem aumentado muito. Embora, em menor escala, o piratas também tem atuado em Rondônia. As barcaças de combustíveis são as mais visadas.
Esqueceu o chinelo
O ladrão que arrombou minha casa no Bairro Olaria, ontem de madrugada, esqueceu o chinelo. Na casa do jornalista Ciro Pinheiro, quando invadiram sua então residência, na Joaquim Nabuco, um outro marginal tinha deixado um tênis de “lembrança”. Mas lá o sujeito foi cara de pau: mandou um irmão mais novo resgatar...
Onde andam...
Dos ex-governadores do estado de Rondônia, instalado em 81, Teixeirão já faleceu e Ângelo Angelim, Jerônimo Santana e Oswaldo Piana Filho penduraram as chuteiras. Valdir Raupp, José Bianco e Ivo Cassol mantém mandatos eletivos e João Cahulla é o único desempregado. Por isso vai concorrer a prefeitura de Porto Velho em 2012.
E os ex-prefeitos
Sobre os ex-prefeitos de Porto Velho a partir das eleições diretas em 1985, Jerônimo Santana esta residindo em Brasília, Chiquilito Erse já é falecido, José Guedes vai tentar voltar à ribalta disputando uma cadeira a vereador e Carlinhos Camurça estuda se disputa o Paço Tancredo Neves mais uma vez no próximo ano.
Do Cotidiano
Do folclore político
O folclore político rondoniense é rico em traições, ingratidões e trapalhadas. Escolhi para narrar na edição de hoje um dos casos ocorridos nos idos do governador Teixeirão, durante as eleições de 1982 quanto tivemos eleições municipais e também para cargos eletivos da primeira Assembléia Legislativa (com a Constituinte), oito deputados federais e três senadores.
No inicio da década de 80, Rondônia fervia de tantos migrantes por conta da colonização e dos garimpos. O estado estava comemorando seu primeiro ano de autonomia. Gerenciava o Palácio Presidente Vargas o coronel Jorge Teixeira de Oliveira, nosso herói da “independência”.
Na pequena Presidente Médici, na região central do estado, o prefeito Antonio Geraldo queria deixar o Paço Municipal para disputar o pleito de 82 pelo PDS, mas o governador Teixeirão determinou sua permanência. “Você fica na prefeitura e vai apoiar o nosso amigo José Cunha”, decretou.
Então, com apoio de Toninho e a máquina governamental o candidato ungido pelas esferas municipais e estaduais se sagraria vencedor.
Chegou o dia da posse, o ex-prefeito compareceu a cerimônia do novo eleito repleto de esperanças de receber a indicação de um cargo a altura do seu apoio e da sua estatura política local.
Começou a posse do secretariado, do primeiro escalão, do segundo escalão, do terceiro escalão e nada da nomeação de Toninho Geraldo aparecer. Foi quando um amigo chegou com uma lista de nomeações do último escalão. “Amigo, você foi nomeado chefe dos lixeiros”.
Fulo, o ex-alcaide foi reclamar junto ao novo prefeito e este explicou que o ocorrido tinha sido em decorrência do vice-prefeito que não gostava dele.
Na primeira visita do governador Teixeirão à Presidente Médici depois da eleição, Toninho foi recepcioná-lo no campo de pouso, meio esfarrapado e com macacão sujo de óleo, como acontecia com os lixeiros da época. O governador reclamou com tanto desleixo e ouviu a explicação. “...Mas foi o cargo que vocês escolheram para mim”.
Teixeirão não sabia da ingratidão de Cunha e do seu vice e finalmente concedeu uma função mais condigna ao aliado, que acabou nomeado para uma importante função regional do então DER.
Via Direta
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