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Carlos Sperança

Consórcio Energia Sustentável ameaça adiar usina de Jirau e manda ultimato ao Ibama...



Consórcio Energia Sustentável ameaça adiar Usina de Jirau e manda ultimato ao Ibama: querem obter licença na marra
 
Vence hoje, sexta-feira, dia 31, o ultimato concedido ao Ibama pelo arrogante consórcio multinacional de Energia Sustentável do Brasil S/A, responsável pela construção da hidrelétrica de Jirau. O diretor do consórcio Pedro Carelli em ofício ao órgão de Meio Ambiente é bem claro: 

“Caso a licença de Instalação do Canteiro Pioneiro não seja emitido até 31/10/08 (nesta sexta-feira), o que irá gerar custo adicional de centenas de milhões de reais á sociedade em não geração de tributos e não antecipação de geração de energia elétrica, seja desconsiderado o pedido de emissão desta licença para este ano de 2008, posto não mais ser possível, por questões de viabilidade técnicas objetivas de engenharia o início das obras da AHE Jirau no ano de 2008”
.
 
Como se sabe, o poderoso consórcio multinacional acostumado a tratar os países onde se instala como republiquetas, alterou o projeto inicial da Usina Hidrelétrica de Jirau e quer obter as licenças ambientais na marra, sem obedecer as leis em vigor,  que exigem audiências públicas para ouvir á população. Para mascarar as suas intenções, o grupo chegou a fazer uma reunião não oficial em Rondônia.
 
Para obter a ambicionada licença pioneira do Ibama, o grupo de empresas do Sistema Energia Sustentável do Brasil (uma verdadeira laranjada da gigante multinacional Suez, que por sua vez esta entrando no rico mercado de energia do Brasil com apoio de tubarões políticos de Brasília) já teria respaldo político para mudar as regras do jogo.
 
Como não poderia deixar de ser, o Ibama quer cumprir todos os ritos necessários da legislação brasileira e ouvir os rondonienses, através das audiências públicas, o que é inteiramente justo.

Cumprindo a lei, não seria possível a concessão da licença, antes de abril. Ao saber disto, o consórcio Energia Sustentável se revoltou. 
 
É o fim da picada, um verdadeiro abuso contra os rondonienses, que querem ser ouvidos e participar das discussões em torno do projeto Jirau. Ao mesmo tempo, não se pode usar dois pesos e duas medidas em assuntos tão sérios como a implantação de uma hidrelétrica. Se o consórcio Mesa, foi obrigado a cumprir todas as exigências da legislação ambiental brasileira, para iniciar as obras de Santo Antonio, não se justifica que o sistema Energia Sustentável burle as leis, desrespeite Rondônia, tratando seu povo como um rebanho no pasto. 

Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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