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Carlos Sperança

Da ficção à realidade + Levas de deportados + A cariocarização das facções + A militarização


Da ficção à realidade + Levas de deportados + A cariocarização das facções + A militarização - Gente de Opinião

Da ficção à realidade

O sonho de extrair minérios abundantes e caros das terras indígenas tromba com o pesadelo mundial de que a degradação da Amazônia causará a desgraça da humanidade. O vácuo entre o sonho de uns e o pesadelo de outros deveria ser arbitrado pela ONU, mas os antiglobalistas a detestam. Resta testar os limites da soberania nacional e esperar até ver no que vai dar.

Na ficção, tudo já está resolvido. Hulk, o verde, já se manifestou pela preservação máxima, por intermédio de seu intérprete, o ator Mark Ruffalo. Agora entra em cena o festejado ator Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar pelo filme Coringa, com um tocante curta metragem fadado a viralizar pelo mundo.

“Guardiões da vida” exibe cirurgiões tratando de um paciente moribundo, por fim declarado morto pelos médicos brancos. Mas eis que uma cirurgiã indígena reanima o coração, uma imagem da floresta amazônica e da Austrália em chamas. O mundo está salvo. Pelo menos na ficção.

No mundo real, a reanimação da floresta doente custa muito e demanda mais tempo que os três minutos do curta em que o Coringa se redime de seus crimes salvando a Amazônia: estudo da ong TNC, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e universidades de São Paulo e da Califórnia aponta que recuperar 12 milhões de hectares em áreas degradadas custará US$ 1,2 bilhão por ano até 2030.

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Levas de deportados

Levas de deportados brasileiros dos estados Unidos continuam chegando no Brasil pelo aeroporto de Belo Horizonte. Justifica-se a escolha: quase a metade dos imigrantes que ingressaram em território estadunidense eram mineiros, procedentes da região de  Governador Valadares. Em cada viagem, também desembarcam ilegais rondonienses que  atravessaram a fronteira dos EUA pelo México. A maior parte dos imigrantes rondonienses deportados saiu da região central do estado.

Postos fechados

Depois da febre da instalação de postos de gasolina em Porto Velho e Rondônia nos últimos anos, já foram fechados 22 nos últimos meses e muitos  dos atuais operando meia boca e tantos outros  a venda, não se achando interessados com os atuais preços para seguirem a atividade. Com os inexplicáveis reajustes da gasolina e uma nova tendência para se locomover de bicicleta e patinetes, a venda de gasolina poderá diminuir mais ainda nos próximos meses nas capitais brasileiras.

A cariocarização

Assim como no Acre, onde a imprensa local registra o avanço da “cariocarização” de Rio Branco com as disputas de facções criminosas, Rondônia segue o mesmo caminho com as mortes ocorridas em virtude da disputa pelo tráfico de drogas que é comandado dentro das penitenciárias. Os embates seguem entre os grupos antagônicos com execuções de rivais a balaços em Porto Velho, no mesmo modelo praticado no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Branco e Manaus.

PT nas paradas

Finalmente o PT deu as caras e começa a se mobilizar na eleição a prefeitura da capital. O partido está projetando a candidatura do sindicalista Ramon Cajui, praticamente um desconhecido nos meios políticos, buscando o renascimento depois de sucessivas derrotas dos seus expoentes, como a ex-senadora Fátima Cleide e o ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho. Mas a mobilização dos petistas ainda é fraca. A militância ainda não se animou.

A militarização

Um Conselho da Amazônia, para decidir os destinos da região, que não tem representantes da Amazônia e repleto de militares. O presidente Jair Bolsonaro está militarizando tudo, desde a  sua casa civil até o Conselhão ficou com o comando do general Mourão, vice-presidente da República. A chiadeira dos governadores da região tem razão de ser: a entidade foi imposta goela abaixo, totalmente militarizadoae sem representação dos estados que vivenciam a realidade da região.

Via Direta

*** Com as Folias de Momo em andamento as atividades políticas foram reduzidas mas ainda neste mês o bicho pega, com reuniões dos diretórios municipais montando chapas a vereança *** Na capital são pelo menos uma dúzia de candidaturas a prefeitura local sendo especuladas, mas muitos nomes buscando apenas valorização para serem indicados a vice *** E ao meio desta peleja muitos inspetores de quarteirão ariscando a sorte *** Em Ji-Paraná, o prefeito Marcito Pinto intensifica as ações da municipalidade em pleno inverno amazônico e reforça as paliçadas para seu projeto de reeleição *** Também os alcaides de Vilhena Eduardo Japonês e  de Cacoal Glaucioni Nery buscam a reeleição não estão dando mole para os adversários *** Como se vê, teremos paradas duras pela frente e a campanha só começa oficialmente depois das convenções no meio do ano.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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