Segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020 - 21h19
O
sonho de extrair minérios abundantes e caros das terras indígenas tromba com o
pesadelo mundial de que a degradação da Amazônia causará a desgraça da
humanidade. O vácuo entre o sonho de uns e o pesadelo de outros deveria ser
arbitrado pela ONU, mas os antiglobalistas a detestam. Resta testar os limites
da soberania nacional e esperar até ver no que vai dar.
Na
ficção, tudo já está resolvido. Hulk, o verde, já se manifestou pela
preservação máxima, por intermédio de seu intérprete, o ator Mark Ruffalo.
Agora entra em cena o festejado ator Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar pelo filme
Coringa, com um tocante curta
metragem fadado a viralizar pelo mundo.
“Guardiões
da vida” exibe cirurgiões tratando de um paciente moribundo, por fim declarado
morto pelos médicos brancos. Mas eis que uma cirurgiã indígena reanima o
coração, uma imagem da floresta amazônica e da Austrália em chamas. O mundo
está salvo. Pelo menos na ficção.
No
mundo real, a reanimação da floresta doente custa muito e demanda mais tempo
que os três minutos do curta em que o Coringa se redime de seus crimes salvando
a Amazônia: estudo da ong TNC, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
e universidades de São Paulo e da Califórnia aponta que recuperar 12 milhões de
hectares em áreas degradadas custará US$ 1,2 bilhão por ano até 2030.
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Levas de deportados
Levas
de deportados brasileiros dos estados Unidos continuam chegando no Brasil pelo
aeroporto de Belo Horizonte. Justifica-se a escolha: quase a metade dos
imigrantes que ingressaram em território estadunidense eram mineiros, procedentes
da região de Governador Valadares. Em
cada viagem, também desembarcam ilegais rondonienses que atravessaram a fronteira dos EUA pelo México.
A maior parte dos imigrantes rondonienses deportados saiu da região central do
estado.
Postos fechados
Depois
da febre da instalação de postos de gasolina em Porto Velho e Rondônia nos
últimos anos, já foram fechados 22 nos últimos meses e muitos dos atuais operando meia boca e tantos
outros a venda, não se achando interessados
com os atuais preços para seguirem a atividade. Com os inexplicáveis reajustes
da gasolina e uma nova tendência para se locomover de bicicleta e patinetes, a
venda de gasolina poderá diminuir mais ainda nos próximos meses nas capitais
brasileiras.
A cariocarização
Assim
como no Acre, onde a imprensa local registra o avanço da “cariocarização” de
Rio Branco com as disputas de facções criminosas, Rondônia segue o mesmo
caminho com as mortes ocorridas em virtude da disputa pelo tráfico de drogas
que é comandado dentro das penitenciárias. Os embates seguem entre os grupos
antagônicos com execuções de rivais a balaços em Porto Velho, no mesmo modelo
praticado no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Branco e Manaus.
PT nas paradas
Finalmente
o PT deu as caras e começa a se mobilizar na eleição a prefeitura da capital. O
partido está projetando a candidatura do sindicalista Ramon Cajui, praticamente
um desconhecido nos meios políticos, buscando o renascimento depois de
sucessivas derrotas dos seus expoentes, como a ex-senadora Fátima Cleide e o
ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho. Mas a mobilização dos petistas
ainda é fraca. A militância ainda não se animou.
A militarização
Um
Conselho da Amazônia, para decidir os destinos da região, que não tem representantes
da Amazônia e repleto de militares. O presidente Jair Bolsonaro está militarizando
tudo, desde a sua casa civil até o
Conselhão ficou com o comando do general Mourão, vice-presidente da República.
A chiadeira dos governadores da região tem razão de ser: a entidade foi imposta
goela abaixo, totalmente militarizadoae sem representação dos estados que
vivenciam a realidade da região.
Via Direta
*** Com as Folias de Momo em andamento
as atividades políticas foram reduzidas mas ainda neste mês o bicho pega, com
reuniões dos diretórios municipais montando chapas a vereança *** Na capital são pelo
menos uma dúzia de candidaturas a prefeitura local sendo especuladas, mas
muitos nomes buscando apenas valorização para serem indicados a vice *** E ao meio desta peleja muitos
inspetores de quarteirão ariscando a sorte *** Em Ji-Paraná, o prefeito Marcito
Pinto intensifica as ações da municipalidade em pleno inverno amazônico e
reforça as paliçadas para seu projeto de reeleição *** Também os alcaides de Vilhena Eduardo Japonês e de Cacoal Glaucioni Nery buscam a reeleição
não estão dando mole para os adversários *** Como se vê, teremos paradas
duras pela frente e a campanha só começa oficialmente depois das convenções no
meio do ano.
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