Quarta-feira, 21 de setembro de 2016 - 21h25
Visivelmente cansados, os candidatos a prefeito de Porto Velho já não se aguentam mais em pé durante duas horas e meia, como foi constado no debate da Uniron, transmitido pelo Canal 25. Não bastasse, já estão repetitivos, seja na troca de acusações ou no jogo de empurra de quem é mais culpado pelo atraso dos viadutos, pela não construção da rodoviária, etc, etc.
Os debates e sabatinas em 2016 já estão exaustivos para os candidatos e para a opinião pública. No entanto, são necessários para que o eleitor firme o voto para as eleições que se aproximam. Assisti a todos realizados pela TV, e tive paciência de Jó até para acompanhar as entrevistas finais dos postulantes, depois da meia-noite, porque é meu trabalho. Mas ninguém merece.
No entanto, alguns momentos hilários, como o que ocorreu na Uniron, amenizam os confrontos, caso do candidato Pimenta de Rondônia (Psol), que defendeu a necessidade de um detector de mentiras para os candidatos presentes. Se o aparelho fosse instalado, não sobraria pedra sobre pedra. O jogo de encenação e de muita mentirada tem sido a tônica das pelejas televisivas.
O Plano de Saneamento
Mais uma vez o Plano Nacional de Saneamento, adiado tantas vezes no governo petista, que previa a universalização dos serviços de água e esgoto para os municípios brasileiros, será chutado adiante. O País pretendia atingir patamares avançados no início da década, que diante da crise se obrigou a adiar a estimativa para 2033, sendo que a nova data também poderá ser postergada diante de estudos em andamento.
Na região Norte, apenas 56% dos municípios contam com água tratada e 8% com esgoto sanitário. Nas capitais da região, a de Rondônia, Porto Velho; e em Macapá, no Amapá, a coisa é pior ainda, e o percentual não atinge 2%.
Tratando-se de Rondônia, apenas os municípios de Cacoal e Vilhena contam com índices mais elevados no que se refere ao esgotamento sanitário. Aliás, Cacoal, desde a década de 90, por obra do falecido senador Ronaldo Aragão, que captou recursos através de emendas, tem sido a única cidade da Amazônia com índices semelhantes aos municípios do Sul maravilha.
Muita desmoralização
Quando se imaginava que os prefeitos brasileiros e a justiça tinham atingido o fundo do poço em termos de desmoralização, novos casos aparecem de Norte a Sul para comprovar que no Brasil em tudo se dá um jeitinho. O caso ocorrido em Montes Claros (MG), onde o prefeito Ruy Muniz está foragido da Justiça, ilustra e sintetiza tudo: mesmo fora da lei, ele foi autorizado pela Justiça Eleitoral a manter a propaganda eleitoral gratuita veiculada pelas emissoras de rádio e televisão.
Não que a coisa possa surpreenda um rondoniense. Aqui já tivemos a bancada do pó (bancada federal rondoniense na década de 90), a bancada da propina (caso dos deputados estaduais, que também chegou ao Fantástico) e na eleição 2016 temos vários candidatos a prefeito e vereador que já foram presos, mas disputando o pleito e participando do horário eleitoral gratuito.
Recentemente, um jornal de São Paulo ao se referir às eleições municipais na capital rondoniense, com tanta gente enrascada com a justiça, disse claramente: “Eleição em Porto Velho é caso de polícia”. Não é coisa de louco?
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