Sábado, 8 de outubro de 2016 - 23h11
Frente Frankstênica
Uma poderosa coalizão partidária envolvendo os mais diversos credos no mesmo palanque esta se formando em Porto Velho para alavancar a candidatura do deputado estadual Léo Moraes (PTB) a prefeitura da capital. Poderia ser batizada de “Frente Frankstênica, por abrigar retalhos cassolistas, petistas, pedetistas desgarrados, nazifistas e raupistas, a aliança é reforçada pelo apoio da presidente da ALE Maurão de Carvalho (PMDB) do governador Confúcio (PMDB), da maioria dos deputados estaduais e boa parte dos vereadores eleitos na capital. Seria uma aliança temível, capaz de quebrar qualquer efeito manada?
Era para a turma dos tucanos de Hilton Chaves se preocupar, mas o histórico da política rondoniense diz o contrário. Balaio de gatos lotados geralmente acabam em chabu. Lembro-me de uma disputa ao governo do estado, em década passada, que todo mundo se juntou – de Amir Lando a Bianco – contra Ivo Cassol e o galdério de Rolim de Moura devorou todos com farofa. Administrar grandes coalizões não é tarefa fácil. Chiquilito Esse perdeu uma eleição para Raupp porque as suas bases brigarem entre si. Não bastasse, neste esquema chama derrota de Léo, tem Ivo, que é um pé de coelho às avessas na capital. Não querendo voduzar...
Ecos do debate
O primeiro debate do segundo turno, realizado pela Band Meridional em Porto Velho, na sexta feira a noite mostrou os candidatos mais tensos e o petebista Léo Moraes atuando no campo de ataque o tempo todo sobre o adversário Hildon Chaves (PSDB). Foi uma clara estratégia para tirar a diferença do primeiro turno e em alguns momentos o jovem trabalhista chegou a levar vantagem sobre o oponente.
Os debates finais
Os candidatos Leo Moraes e Hildon Chaves terão novos com confrontos até o dia 30, quando será realizada a eleição do segundo turno. Temos debates já programados para a Rede SGC (Rede TV), SIC TV (afiliada da Record) e TV Rondônia (Globo) que sempre realiza o ultimo embate. Os temas discutidos pelos candidatos continuam repetitivos e em alguns casos as propostas são muito semelhantes.
A bala de prata
A impressão do colunista quanto ao pleito é que para o candidato Leo Moraes virar o jogo em Porto Velho, num momento em que o rival tucano amplia a sua vantagem nas intenções de votos, é que ele vai precisar de uma “bala de prata”, ou seja, encontrar algum assunto que nocauteie o tucano Hildon Chaves. Mostrar ao eleitorado que conhece mais Pingafogo e Praia do Tamanduá é pouco para uma virada.
Fim do mandato
Os Nazifs chegam ao final do mandato sem nenhuma obra marcante, apedrejados pelos opositores, mas vão deixar um bom legado, ao contrário do que recebeu do petista Roberto Sobrinho repleto de escândalos e com bando de secretários presos. Estão com as contas em dia, os pagamentos dos servidores e fornecedores atualizados e ainda pretendem deixar algum dinheiro em caixa para o sucessor.
Jogando limpo
Nos últimos trinta anos todos os prefeitos da capital, que deixaram o Palácio Tancredo Neves, deixaram a gestão em pedaços para os sucessores. Mauro Nazif teve que enfrentar até um colapso provocado no sistema de computadores que retardou o inicio da gestão e prejudicou todo o projeto de regularização fundiária. Foi lambão? Foi. Não tem talento para o Executivo? Não tem! Mas foi honesto e jogou limpo.
Via Direta
*** Ficou evidenciado mais do que nunca que a aliança do PSB/PDT quebrada com a ingratidão do PMDB foi ruim para todos os lados. Juntos eram fortes, divididos levaram pau *** Como consequência, Mauro Nazif não conseguiu chegar ao segundo turno e o candidato do PMDB Willians Pimentel levou uma sova histórica *** Mas depois do segundo turno das eleições municipais teremos uma reorganização partidária definindo os rumos para a eleição de 2018.
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