Quinta-feira, 18 de maio de 2017 - 22h15
Horas contadas
Já sob investigação do STF, autorizada pelo ministro Fachin, fustigado por três pedidos de impeachment no Congresso Nacional, com a bolsa de valores desabando e o anuncio da volta dos Movimentos Brasil Livre e Vem Para Rua pedindo sua cabeça, a renúncia do presidente Michel Temer, era considerada uma questão de horas contadas. Na tarde de ontem ele ainda resistia.
Ao mesmo tempo, o PSDB, com seu ícone Aécio Neves atingido pesadamente pela Operação Lava a Jato desembarcava do governo do PMDB e o líder dos Democratas Ronaldo Caiado, outra legenda expressiva de suporte ao governo, apontava o caminho da rua, ou seja, a renuncia de Temer como saída para a crise e novas eleições. No Congresso os partidos da oposição fustigavam Temer por renuncia já.
A organização criminosa do PMDB com seus partidos alinhados que tinha vencido a batalha pela queda do governo do não menos criminoso PT e seus puxadinhos há um ano, dava os últimos suspiros. Discute-se a eleição indireta a presidente no Congresso e eleições gerais ainda em 2017.
Na vala comum
Com as lideranças nacionais na vala comum e mais exorcizadas que o capeta, a polarização PT com PSDB vai acabando, dando lugar a um cenário de completa desconfiança da classe política, cada vez mais se afundando em ladroagem e corrupção. Esta mais claro que nunca que os políticos tornaram as prefeituras, as câmaras municipais os governos estaduais, as assembléias legislativas, Congresso Nacional e a própria presidência da República num balcão de negócios, em antros de rapinagens onde vale tudo para vampirizar o erário.
Num governo com a maioria dos ministros - e o próprio presidente Michel Temer – envolvidos com a Operação Lava Jato não era possível prever outro desfecho para a podridão governamental. Era questão de tempo para que tudo que ainda estava escondido sob o tapete virasse essa tempestade de sujeira.
PMDB, PT e PSDB caminham para as eleições de 2018 como bodes de bicheira. Com a janela partidária aberta ainda em dezembro, é certo que tantas ratazanas e camaleões já estejam abandonando os seus atuais barcos com tantas intempéries.
Eleições 2018
A nova ordem, com tudo que esta acontecendo no Brasil, sinaliza para um desfecho em favor da renovação dos quadros políticos, tanto a nível nacional como nos estados. O PMDB, PT e o PSDB devem ser os partidos mais prejudicados perante o eleitorado tal o desgaste de seus ícones e as composições reunindo políticos tradicionais destas legendas, num mesmo balaio, tem tudo para desabar nas urnas no pleito do ano que vem.
Em Rondônia as alianças que estavam andando para as eleições proporcionais e majoritárias voltaram à estaca zero. É preciso examinar a nova situação, as alterações da reforma política, a nova janela partidária acomodando as lideranças remanescentes e a desconfiança generalizada da opinião pública.
Neste cenário novas candidaturas devem surgir em todos os níveis. Estima-se uma renovação de até 70 por cento nas cadeiras da Assembléia Legislativa de Rondônia e nas vagas da bancada federal rondoniense.
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