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Carlos Sperança

Esperança e fé + Espalhando o medo + Firmeza e honra + Eleições 2020


Esperança e fé + Espalhando o medo + Firmeza e honra + Eleições 2020 - Gente de Opinião

Esperança e fé

Como faço aos finais de semana, percorro os centros comerciais da Av. Sete de Setembro (centro histórico), Jatuarana (Zona Sul) e Amador dos Reis (Zona Leste). Constatei a quebradeira generalizada de pequenos e médios lojistas, gerando um amargo cenário de  desolação e desemprego. Aflição e os setores lojistas já contabilizando milhares de desempregados na capital rondoniense por conta da pandemia, com o fechamento de tantos estabelecimentos comerciais, como conferi nos escritórios de contabilidade.

Se  de um lado temos alguns comerciantes já desesperados com a situação de aluguéis atrasados, contas de água e energia,  fugindo do estado levando o que restou de suas mercadorias para trabalhar em outras cidades, de outro temos a maioria resistindo com esperança e fé de dias melhores. Que situação!

Ao longo do tempo  a capital vivenciou grandes crises e, como a mitológica fênix, ressurgiu das cinzas. Nos meus quarenta anos de Porto Velho eu já passei pelo fim do garimpo do ouro e outras crises econômicas provocadas por demissões do funcionalismo, atrasos salariais, o grave desastre natural com a cheia do Rio Madeira em 2014. A capital rondoniense estava se erguendo de uma crise econômica quando surgiu a pandemia do coronavírus. Foi crise em cima de crise, mas a população está enfrentando a coisa no osso do peito.

Neste momento difícil, com a economia da capital se sustentando com o contracheque e as exportações da carne e da soja, vamos dar as mãos em Rondônia para enfrentar esta tragédia, agindo diferentemente da classe política que se engalfinha como selvagens cães de guerra.

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Eleições 2020

Até agora alguns protagonistas não confirmam a participação no pleito municipal de Porto Velho. Tanto Léo Moraes (Podemos) e Mauro Nazif (PSB) resistem a pressão das bases para que entrem na peleja. Uma situação que estimula os tucanos ao projeto de reeleição do prefeito Hildon Chaves cuja postulação já está bem nítida com suas movimentações nos bairros e na mídia. Sem Léo e Nazif, os tucanos acreditam que as coisas ficarão mais fáceis para os palacianos.

Segundo turno

Teoricamente os tucanos estão certos com relação as facilidades com as eventuais desistências de Leo e Nazif. No entanto, um problema persiste: o comportamento do eleitorado no segundo turno. Temos uma tendência de surpresas já  verificadas nos últimos pleitos além do eleitorado oposicionista se unir para derrubar quem está no poder. Mas Chaves tem boas cartas na mão. Concluído o Projeto Beira Rio, que era o sonho de Chiquilito, poderá encantar até o mais emperdenido oposicionista!

Espalhando o medo

A paranoia nacionalista de que o Brasil vai perder a Amazônia é duplamente alimentada. De um lado, pelos americanófilos, que instigados pelo astrólogo Olavo de Carvalho espalham o medo de o Brasil ser comprado pela China. De outro, pelos haters que não suportam os EUA, pela presunção de que os criminosos em ação na floresta são daquele país, quando há muitos brasileiros fazendo negócios ilegais com qualquer nação estrangeira.

A sustentabilidade

A Amazônia é internacionalizada pela própria natureza e pela história que definiu as fronteiras dos países, distribuindo a floresta por nove nações, a maior parte cabendo ao Brasil. Jamais será diferente. O melhor remédio contra as paranoias é o Brasil recuperar sua política externa pragmática, atrair capitais estrangeiros para investimentos oferecendo segurança, desde a jurídica até a pessoal, combater os criminosos, sejam eles amigos ou inimigos dos reis, e privilegiar a sustentabilidade.

Firmeza e honra

A campanha eleitoral em pleno curso nos EUA virou agora uma competição entre qual candidato – o atual presidente, Donald Trump, ou o ex-vice-presidente Joe Biden – vai bravatear mais a respeito de como vai forçar o presidente Jair Bolsonaro a obedecer aos seus ditames. O melhor que os líderes brasileiros e amazônicos podem fazer para evitar os nacionalistas paranoicos e os estrangeiros arrogantes é levantar bem alto a Constituição, respeitá-la e cumpri-la com firmeza e honra.

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Via Direta

*** Órgãos públicos e empresas estão tornando rotina as desinfecções em suas dependências com tantos casos de coronavírus já verificados na capital rondoniense *** A edição de 2020 vai ser uma eleição sem dinheiro na praça. Candidatos a vereança procurando financiadores estão caindo do cavalo, com sonoro “não” *** O Paraná e o sul do País enfrentam uma seca histórica. Até a hídrica Curitiba tem feito a distribuição da sua água encanada com parcimônia nos bairros e alternadamente ***O sertão virando mar e o mar virando sertão. Coisa de louco *** Buritis e Machadinho tem a mesma população em Rondônia. A primeira cidade lotada de coronavírus, a segunda com a situação controlada *** Explica-se o alto índice do covid 19 na liliputiana Candeias do Jamari: é uma cidade satélite e seus moradores trabalham em Porto Velho, a vinte quilômetros do maior ninho de coronavírus do estado. Não podia dar outra.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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