Quarta-feira, 3 de junho de 2020 - 10h09
Como faço aos finais de semana, percorro os
centros comerciais da Av. Sete de Setembro (centro histórico), Jatuarana (Zona
Sul) e Amador dos Reis (Zona Leste). Constatei a quebradeira generalizada de
pequenos e médios lojistas, gerando um amargo cenário de desolação e desemprego. Aflição e os setores
lojistas já contabilizando milhares de desempregados na capital rondoniense por
conta da pandemia, com o fechamento de tantos estabelecimentos comerciais, como
conferi nos escritórios de contabilidade.
Se de um
lado temos alguns comerciantes já desesperados com a situação de aluguéis atrasados,
contas de água e energia, fugindo do
estado levando o que restou de suas mercadorias para trabalhar em outras
cidades, de outro temos a maioria resistindo com esperança e fé de dias
melhores. Que situação!
Ao longo do tempo a capital vivenciou grandes crises e, como a mitológica
fênix, ressurgiu das cinzas. Nos meus quarenta anos de Porto Velho eu já passei
pelo fim do garimpo do ouro e outras crises econômicas provocadas por demissões
do funcionalismo, atrasos salariais, o grave desastre natural com a cheia do
Rio Madeira em 2014. A capital rondoniense estava se erguendo de uma crise
econômica quando surgiu a pandemia do coronavírus. Foi crise em cima de crise,
mas a população está enfrentando a coisa no osso do peito.
Neste momento difícil, com a economia da capital
se sustentando com o contracheque e as exportações da carne e da soja, vamos
dar as mãos em Rondônia para enfrentar esta tragédia, agindo diferentemente da
classe política que se engalfinha como selvagens cães de guerra.
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Eleições 2020
Até
agora alguns protagonistas não confirmam a participação no pleito municipal de
Porto Velho. Tanto Léo Moraes (Podemos) e Mauro Nazif (PSB) resistem a pressão
das bases para que entrem na peleja. Uma situação que estimula os tucanos ao
projeto de reeleição do prefeito Hildon Chaves cuja postulação já está bem
nítida com suas movimentações nos bairros e na mídia. Sem Léo e Nazif, os
tucanos acreditam que as coisas ficarão mais fáceis para os palacianos.
Segundo turno
Teoricamente
os tucanos estão certos com relação as facilidades com as eventuais desistências
de Leo e Nazif. No entanto, um problema persiste: o comportamento do eleitorado
no segundo turno. Temos uma tendência de surpresas já verificadas nos últimos pleitos além do eleitorado
oposicionista se unir para derrubar quem está no poder. Mas Chaves tem boas
cartas na mão. Concluído o Projeto Beira Rio, que era o sonho de Chiquilito,
poderá encantar até o mais emperdenido oposicionista!
Espalhando o medo
A
paranoia nacionalista de que o Brasil vai perder a Amazônia é duplamente
alimentada. De um lado, pelos americanófilos, que instigados pelo astrólogo
Olavo de Carvalho espalham o medo de o Brasil ser comprado pela China. De
outro, pelos haters que não suportam os EUA, pela presunção de que os
criminosos em ação na floresta são daquele país, quando há muitos brasileiros
fazendo negócios ilegais com qualquer nação estrangeira.
A sustentabilidade
A
Amazônia é internacionalizada pela própria natureza e pela história que definiu
as fronteiras dos países, distribuindo a floresta por nove nações, a maior
parte cabendo ao Brasil. Jamais será diferente. O melhor remédio contra as
paranoias é o Brasil recuperar sua política externa pragmática, atrair capitais
estrangeiros para investimentos oferecendo segurança, desde a jurídica até a
pessoal, combater os criminosos, sejam eles amigos ou inimigos dos reis, e privilegiar
a sustentabilidade.
Firmeza e honra
A
campanha eleitoral em pleno curso nos EUA virou agora uma competição entre qual
candidato – o atual presidente, Donald Trump, ou o ex-vice-presidente Joe Biden
– vai bravatear mais a respeito de como vai forçar o presidente Jair Bolsonaro
a obedecer aos seus ditames. O melhor que os líderes brasileiros e amazônicos
podem fazer para evitar os nacionalistas paranoicos e os estrangeiros
arrogantes é levantar bem alto a Constituição, respeitá-la e cumpri-la com
firmeza e honra.
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Via Direta
*** Órgãos públicos e empresas estão tornando
rotina as desinfecções em suas dependências com tantos casos de coronavírus já
verificados na capital rondoniense *** A edição de 2020 vai ser uma eleição sem
dinheiro na praça. Candidatos a vereança procurando financiadores estão caindo
do cavalo, com sonoro “não” *** O Paraná
e o sul do País enfrentam uma seca histórica. Até a hídrica Curitiba tem feito
a distribuição da sua água encanada com parcimônia nos bairros e alternadamente
***O sertão virando mar e o mar virando sertão. Coisa de louco *** Buritis e Machadinho tem a mesma
população em Rondônia. A primeira cidade lotada de coronavírus, a segunda com a
situação controlada *** Explica-se o alto índice do covid 19 na liliputiana
Candeias do Jamari: é uma cidade satélite e seus moradores trabalham em Porto Velho,
a vinte quilômetros do maior ninho de coronavírus do estado. Não podia dar
outra.
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