Segunda-feira, 29 de junho de 2020 - 08h52
A
desastrosa diplomacia “ideológica” e “antiglobalista” do governo brasileiro
ameaça destroçar a economia no mesmo nível da pandemia. Ideologia é foro
íntimo, como a religião: uma escolha pessoal que não pode nortear políticas de
Estado.
A
educação brasileira já está indo para o ralo por causa do coronavírus e da
incompetência dos sucessivos ministros da área. Se a diplomacia for pelo mesmo
caminho, o Brasil terá ainda mais dificuldades para vencer o atraso e a
miséria.
Depois
de vários avisos, sete grandes empresas de investimento europeias revelaram que
vão desfazer negócios com pecuaristas, agricultores e acordos com o governo
brasileiro se continuarem piorando os relatórios de destruição da floresta amazônica.
Espantar investidores não é nem nacionalismo nem soberania nacional: é fala
grave do staff diplomático.
Essa
ameaça é um golpe a mais na autoestima dos brasileiros, hoje tão abalada pelo
desastre no enfrentamento da pandemia. Copiando a arrogância dos EUA na crença
de que se pode vencer uma doença com “narrativas” e palavras ao vento, é desmoralizante
dizer que o governo empenha todo seu esforço na tarefa de reduzir o
desmatamento se os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
apontam que aumentou 34% nos primeiros cinco meses de 2020. A ciência descarta
teorias, versões e narrativas que não se apoiam em dados.
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Grave ameaça
Não
bastasse o covid-19, a dengue, fumaceira e a bandidagem, Rondônia se vê às
voltas com o início de uma seca severa na temporada. Rios e igarapés já estão
baixando rapidamente, assim como o lençol freático que proporciona aquela água
fresquinha nos poços amazônicos. Já falta água em bairros da cidade de Porto
Velho e a população se socorre com baldes em bicas de vizinhos. A universalização
da água e do esgoto ainda está longe em Rondônia.
Tamborim
Em
algumas cidades de outras regiões do País que atingiram pelo
menos 1000 casos de corruiraçus a população já está empunhando a machadinha
de guerra contra os políticos caçando a pele dos governadores, prefeitos, vereadores e
deputados para fazer tamborim. Porto Velho
está na casa dos quase 13 mil casos do covid e não se vê tanta revolta
pelas redes sociais contra nossos governantes. Mas se a moda pegar por aqui,
prefeitos e vereadores terão dificuldades na campanha 2020.
Previdente
Neste
caso de revolta contra as autoridades por conta do coronavírus, como já ocorreu
em Rondônia com o governador Marcos Rocha em recente visita no interior, o
prefeito de Ariquemes Thiago Flores já está fora da linha de tiro dos revoltosos.
Ariquemes está no rol dos três municípios mais atingidos pela pandemia, mas ele
se safou de possíveis ataques dos oposicionistas depois que anunciou sua
desistência do seu projeto de reeleição.
A influência
Ainda
não é possível avaliar quais serão os
efeitos da pandemia nas eleições municipais de novembro. Até agora, por
exemplo, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB vai se mantendo bem no
aspecto econômico conseguindo pagar os salários do funcionalismo municipal em
dia assim como os fornecedores da municipalidade. Pagar os servidores em dia,
fomentar a regularização fundiária foram dois ingredientes decisivos na
reeleição do prefeito Roberto Sobrinho na década passada, o único até agora que
se reelegeu.
A conciliação
Com
um tom mais conciliador e buscando um pacto de união para combater a pandemia
do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro pode recuperar o prestígio. Seus
filhos palpitando menos ajuda. A necessidade faz o sapo pular, como diz o
jornalista Waldir Costa, o Lobão. Com isto o presidente já reconhece que o coronavisor não é uma gripezinha, usa a máscara de proteção que tanto tinha relegado no
início. O desafio agora é administrar o serpentário do “Centrão” cuja base de
apoio é inconfiável já que quando o bicho pega some do mapa.
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Via Direta
*** As coisas estão ruins até para as teúdas e manteúdas
dos políticos que mantinham uma casa de apoio para suas vivandeiras na capital ***A republica das felinas acabou fechada e
só deverá ser reaberta depois da pandemia que ameaça se prolongar até o final
do ano *** Algumas regiões da capital insistem em desobedecer as regras da
Organização Mundial da Saúde quanto ao coronavírus *** A rejeição ao uso das máscaras e as festas de final de semana tem
sido uma constante também nos balneários localizados nas adjacências de Porto Velho
*** Aumentaram as confusões familiares por conta da convivência forçada entre
casais nas cidades rondonienses durante o dia inteiro, durante semanas inteiras *** Para escapar das vassouradas a macharada está aprendendo a lavar a louça e limpar a casa *** Vivendo e apreendendo!
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