Quarta-feira, 17 de junho de 2020 - 09h44
Antes
da pandemia, o mundo estava de olhos fixos na Amazônia à espera que o governo
brasileiro superasse décadas de prevaricação e permissividade com os crimes
ambientais. Com ela, passou também a temer a combinação de desmatamento e
descontrole das doenças.
A
recente visibilidade maior do Conselhão da Amazônia faz com que as esperanças
gerais agora se concentrem nele. As expectativas, amplas, são de que cumpra com
sucesso o papel triplo de orientar, educar e punir. Se conseguir, vai brecar a
ruína da imagem do Brasil lá fora e melhorar a autoestima nacional.
A
necessidade de defender o pacto democrático, apesar das ruidosas vivandeiras e
dos pescadores de águas turvas, obriga a defesa das leis, da ordem, da Justiça
e das instituições, que existem para proteger pessoas, propriedades e biomas.
Não há opção alguma fora da obediência. As normas podem ser arguidas na Justiça
ou mudadas no Congresso, mas nunca desrespeitadas.
Lei
e ordem são imposições da vida civilizada. Se o Conselho da Amazônia levar
adiante essa tarefa didática estará também ensinando ao mundo que o Brasil não
traz desastre, mas solução.
Se cada
hectare intacto da floresta presta serviços ambientais ao redor de R$ 3.500 por
ano, caberia ao preocupado mundo também se preocupar em tirar esse valor dos
imensos gastos com armas para aplicá-lo na defesa ambiental da civilização.
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Eleições 2020
Entre
tantas cogitações, o Congresso Nacional
vai decidir as datas das eleições, primeiro e
segundo turno, tendo como proposta do TSE o primeiro turno em 15 de
novembro e o segundo turno em 20 de dezembro, já próximo das festividades
natalinas.Com isto haveria prazo suficiente para a posse dia 1 de janeiro dos
prefeitos e vereadores eleitos. A prorrogação de mandatos já está descartada
definitivamente contrariando os atuais detentores do poder que queriam a
moleza.
Agronegócio
As
exportações de soja, carne e a performance do café vão garantindo a rapadura
para a economia de Rondônia, beneficiada pelo turbinado agronegócio. Não fosse
isto, diante da peste do coronavírus a situação já seria grave, com o fechamento
de mais de milhares de empregos pelo estado afora. Porto Velho se garante com a
indústria do contracheque, já que são mais de 60 mil servidores municipais,
estaduais e federais.
As dúvidas
Para
dirimir dúvidas de alguns leitores que procuram informações sobre as gestões
anteriores lá vai: 1 -Combatendo a especulação intensa nos anos 90, o prefeito
José Guedes foi o alcaide que mais distribuiu lotes populares, com a criação
dos bairros Tancredo, JK I, 2 e 3, Mariana e São Francisco. 2- Mas o petista
Roberto Sobrinho segue como o grande
detentor de mais ruas asfaltadas, creches e regularização fundiária 3- De Chiquilito
Erse, a proeza de ser considerado pelos Instituto Datafolha, um dos melhores
prefeitos do Brasil, ao lado do curitibano Jayme Lerner, na sua primeira
gestão.
Bons prefeitos
Os
prefeitos que tiveram boas avaliações em seus respectivos mandatos se tornaram
governadores ou senadores em Rondônia. Casos de José Bianco (Ji-Paraná), Valdir
Raupp e Ivo Cassol (Rolim de Moura) que foram governadores, Odacir Soares (Porto Velho) e Ernandes Amorim (Ariquemes)
que foram senadores, além de Acir Gurgacz (Ji-Paraná) que cumpre mandato no
Senado até 2022. Trocando em miúdos: Sendo um bom gestor, o político tem
grandes chances de ver decolar sua carreira política no estado.
Com prestígio
Em
época distante, quando os deputados estaduais eram respeitados e admirados, a
Assembleia Legislativa de Rondônia emplacava governadores, senadores e
prefeitos aos borbotões. De lá, saíram os governadores Ângelo Angelim (Vilhena,
foi nomeado pelo Congresso), Oswaldo Piana Filho (Eleito pelo voto direto-Porto
Velho), José de Abreu Bianco (eleito em 98-Ji-Paraná) e os senadores Ronaldo
Aragão (Cacoal), Amir Lando (Porto Velho), José Bianco (Ji-Paraná) e Ernandes
Amorim (Ariquemes).
Via Direta
*** Acredita-se que o PSDB, que recentemente
se posicionou contrário a qualquer tentativa de impeachment do presidente Jair
Bolsonaro ingresse no “Centrão”, a base de apoio do Planalto *** Sendo assim terá direito
a um ministério e cargos importantes no primeiro e segundo escalões da União *** Por prudência, o vizinho estado do Acre estendeu sua quarentena
até 22 de junho. Os acreanos estão considerando a tendência da aceleração da
peste *** O ex-prefeito de Poro Velho Mauro Nazif (PSB) e o ex-governador Daniel
Pereira (Solidariedade) já não se mostram tão entusiasmados quando a disputar a
prefeitura de Porto Velho no pleito deste ano *** Mas podem se trombar na peleja ao Senado em 2022 *** No
interior do estado de Rondônia, os prefeitos Eduardo Japonês (PV-Vilhena),
Glaucioni Nery (MDB-Cacoal) estão firmes na busca da reeleição *** Já estão inclusive alinhavando alianças
para as pelejas que se aproximam.
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