Quinta-feira, 4 de abril de 2019 - 12h54
O Japão aprendeu com o terremoto
de 1923 que a simples perspectiva futura de outros tão desastrosos obrigava a
alterar as políticas e as técnicas até então vigentes para resistir a novas
ocorrências. Mas a principal iniciativa, que não coube só ao governo e
cientistas, envolveu toda a população: a mudança de mentalidade. O país compreendeu
que a modernização deveria ser feita de acordo com suas condições ambientais,
deixando de apenas copiar modelos dos EUA. No fim, a tragédia trouxe união
nacional e soluções duradouras.
Os casos sucessivos de barragens
rompidas no Brasil precisam servir de lições com a mesma dimensão avançada
obtida no caso japonês. Para começar, afinando a precisão técnica para obras mais
seguras, não afrouxar os controles preventivos e corrigir ao máximo o que for necessário.
Depois, a mentalidade: isolar a polarização, que ao se radicalizar já prejudica
seriamente os negócios do país e desune sem nenhum proveito a população quando
ela mais deveria estar unida.
Aprimorar a tecnologia, encaminhar
as questões infraestruturais e unir a nação em consensos possíveis em todas as
áreas, descartando os radicais “mágicos” e ideológicos que só causam
antagonismos e prejuízos, são tarefas necessárias caso haja real interesse em vencer
tragédias.
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A polarização
A peleja 2020 pela Prefeitura de
Porto Velho abre com uma clara polarização entre o atual prefeito Hildon Chaves
(PSDB) e o deputado federal Léo Moraes (Podemos). Sem quebrar esta polarização
os demais pretendentes, mesmo sendo nomes de peso, como Vinicius Miguel, Daniel
Pereira, Kazan Roriz, Jesuino e outros tantos postulantes vão ficar para trás.
Vamos aos jogos de estratégia.
Tapas e beijos
Nos bastidores existe um clima de
guerra, a partir do pedido de impeachment do governador Marcos Rocha, entre os poderes Executivo e o Legislativo,
mas também existe um jogo de cena de que tudo esta bem. Na verdade, o clima é
hostil e tem gente querendo o couro do governador para fazer tamborim. E nesta
gangorra, entre tapas e beijos as coisas vão rolando.
Pão e água
Tudo indica que o ex-governador
Confucio Moura (MDB), eleito senador e que já foi patrão do atual governador Marcos
Rocha, não terá espaço político no CPA como alguns parlamentares mais chegados
do bolsonarismo. É que a turma de Rocha desconfia que Confucio quer seu lugar
de volta daqui a quatro anos e por isto poderá ser tratado a pão e água desde
agora.
Até Crivela!
Esta mania de impeachment se
espalhou para todo lado. Agora até o prefeito do Rio de Janeiro, bispo Marcelo
Crivela é alvo da sanha predadora dos vereadores enfurecidos por interesses
contrariados, leia-se negócios bloqueados. Lá também – como em todo o país - os
políticos estão acostumados a vampirizar os recursos públicos e por isto cinco
ex- governadores já foram em cana.
Um interlocutor
A classe política reclama da falta
de um interlocutor entre o governo de Marcos Rocha e os demais poderes. Alguns
parlamentares acreditam que até agora não foi encontrado o articulador certo
para fazer esta ponte entre os poderes como ocorria nas administrações
anteriores de Ivo Cassol e Confucio Moura. O certo é que o distanciamento é
grande e foi agravado com o recente pedido de impeachment.
Via Direta
*** Aumentam os rumores dando em conta que a deputada federal Mariana Carvalho e seu mano, o vereador Mauricio deixarão o PSDB juntamente como o chefe do clã Aparicio Carvalho *** Tem muitos caroços nos angus dos impeachments solicitados para o prefeito Hildon Chaves e ao governador Marcos Rocha *** Em Rondônia o raio cai no mesmo lugar várias vezes. É coisa de louco!
Edição: Luka Ribeiro
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