Quinta-feira, 25 de maio de 2017 - 23h15
Marqueteiros diabólicos
Com os últimos acontecimentos, e tantos golpes aplicados no erário e desvendados pelas Operações Lava Jato, JBS e tantas outras em andamento, fico imaginando como os marqueteiros têm feito o povo de gato e sapato nas últimas décadas. Pelas embalagens, votamos em “anjinhos”, mas logo sem seguida vem à dura e cruel realidade sobre os políticos que elegemos.
Desde a eleição de Fernando Collor que os endiabrados profissionais do marketing têm garantido vitórias de presidenciáveis, com suas bruxarias no horário eleitoral. Quem consegue a melhor imagem na TV leva, com propostas meticulosamente estudadas antes de ir para o ar. Seguiram-se as eleições de Fernando Henrique, Lula e Dilma, todos tendo como motor de propulsão o marketing político, mostrando – e emocionando – a população brasileira
Em Rondônia o político que mais usou o marketing político foi o milionário Múcio Athayde, em 1982, saindo do zero de intenções de votos para ser o deputado federal mais votado proporcionalmente no País naquela época, com 12,3 por cento do eleitorado, quase 200 mil votos, em dias de hoje.
As boas vindas
Quando se imaginava a mídia impressa perdendo espaço, com o encerramento de atividades de grandes jornais pelo país afora, eis que Rondônia reage neste segmento com a criação do jornal “Tribuna da Amazônia”, trazendo no seu bojo velhos conhecidos da imprensa regional, como seu editor Antonio Queiroz e a colunista social Jussara Gotlieb. A diagramação lembra certa influência do extinto Estadão do Norte e o veículo conforme seus diretores passará a ser semanário a partir da metade do ano. Já na sua primeira edição lançada no final de semana, causou boa impressão, com o perdão do trocadilho.
Com o jornal Alto Madeira que acabou de celebrar seus 100 anos com um moderno projeto gráfico, reagindo bem à modernidade e voltando a ganhar corpo no estado, mais Gazeta de Rondônia ocupando o lugar da antiga Folha de Rondônia, agora temos a Tribuna da Amazônia conquistando seu espaço e a mídia impressa vai garantindo avanços apostando na credibilidade para voltar a crescer.
Por tudo isto, nossas Boa Vindas ao Tribuna da Amazônia e que tenha vida longa.
Buraco mais em baixo
Caro leitor, o que adianta o Ministério da Justiça e o DEPEM (o Departamento Nacional que administra as penitenciárias) gastar milhões na construção e nos equipamentos de primeira geração nos presídios federais, se as celebridades criminais brasileiras, como Fernandinho Beira Mar, se ajustam ao que deveria ser de segurança máxima, seja por propinas a agentes penitenciários, ou através de bilhetes nas visitas intimas, levadas possivelmente em pequenos orifícios do corpo.
Criadas para afastar dos grandes centros os piores facínoras do Brasil, as unidades federais de Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho em Rondônia estão fazendo água. Transferido para Porto Velho, Fernandinho Beira Mar deitou e rolou no comando do tráfico de drogas em vários estados, a partir de sua cela na capital rondoniense.
Impressiona como sempre tem brechas para os políticos continuar saqueando os cofres púbicos e para os grandes criminosos continuarem traficando, mesmo trancafiados em sofisticadas penitenciárias de segurança máxima
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