Quarta-feira, 1 de julho de 2020 - 11h12
Os
satélites mostram uma escura e grossa nuvem de poeira se deslocando da África
em direção à América do Sul. Ao contrário do novo coronavírus, que surpreendeu
a humanidade com seu ataque fulminante e rapidamente disperso, não é uma
novidade: o fenômeno se repete anualmente.
A
diferença é que, como o calor, que acaba de fazer a Sibéria parecer uma estação
de veraneio, o poeirão proveniente do deserto africano vem mais forte e seus
efeitos completos só poderão ser avaliados depois que a temporada se completar.
Por
onde transitou, ela já deu sinais de que não vai passar em brancas nuvens. Como
está mais intensa, o ar nas regiões em que a massa compareceu – foi sentida na
Venezuela e regiões do Caribe, com a Amazônia na rota – quem já usa a máscara
para se proteger da pandemia terá um uso adicional para ela.
O
uso de máscaras não será mais uma alternativa provisória mas uma necessidade
permanente se a pandemia se estender em novas ondas e o poeirão continuar
aumentando de volume. Em geral ele fica acima das nuvens até se precipitar com
a chuva e trazer nutrientes para o solo, mas em maior volume turva a
visibilidade. Se a máscara tiver que ser parte obrigatória da indumentária
humana, será preciso que os cientistas a tornem mais cômoda e transparente,
como os óculos que outrora inundavam o rosto e hoje são quase invisíveis.
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Só no lucro
Não
vejo vencedores e nem derrotados num possível confronto pela prefeitura de
Porto Velho entre o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal
Leo Moraes (Podemos). Se Hildon Chaves perder a parada, com certeza dois anos
depois conseguirá uma cadeira na Câmara Federal, que era seu grande sonho. Se
Leo Moraes ganhar o pleito vai realizar
o sonho do seu pai, Paulo Moraes e se perder a peleja terá uma das reeleições
mais tranquilas a Câmara Federal, pois só tem ampliado suas bases eleitorais
nos últimos anos
Tem espaço
A
campanha 2020 na capital deve começar realmente polarizada entre Hildon Chaves
(PSDB) e Leo Moraes (Podemos) numa grande revanche de 2016. Mas pode ser considerado
um espaço para o nascimento de uma
terceira via que tenha a capacidade de se beneficiar da rejeição o prefeito
tucano. Também teremos aumento da rejeição de Leo Morais nesta campanha, pois ganhando o pleito cederá sua cadeira ao
clã Raupp, aquele do ex-senador Valdir enrascado com a Lava Jato.
Pau no favorito!
Levando
em consideração que Leo Moraes é favorito de novo – no primeiro favoritismo
levou pau do tucano – ele já começa a levar carga dos adversários. Alega-se que
se Leo Moraes for eleito, Rondônia perderá seu melhor parlamentar no Congresso
cedendo vaga ao Raupps, mais sujos do que poleiro. E mais: os adversários
aproveitam para espalhar que são os Raupps é que vão financiar a candidatura de
Moraes com recursos de propinas.
As avessas
Mas
sem dúvidas quem vai levar mais cacete na disputa a prefeitura de Porto Velho,
como de costume, será o prefeito de plantão. A oposição vai explorar os problemas
enfrentados na saúde, na educação, na falta de eficiência no combate ao
coronavirus e deve ligar o prefeito ao ex-senador Expedito Junior que tem
elevada rejeição na capital e é considerado uma pata de coelho as avessas para
a campanha de Hildon Chaves.
O beneficiário
Na
guerra dos tops das galáxias Hildon e Leo provocando desgastes entre ambos – e
eles sabem e tem grande competência para acertar as fuças dos adversários –
haverá com certeza um beneficiário para despontar como uma terceira via. Mas
quem seria? Mauro Nazif (PSB), Cristiane Lopes (PP), Vinicius Miguel (Cidadania),
Alex Palitot (PTB), o bolsonarista Chrisóstomo, algum vermelhinho até agora
desconhecido?
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Via Direta
*** Uma onda de arrombamentos de casas
atormentou os moradores de Porto Velho
na semana passada, mesmo em plena pandemia onde a maioria das famílias deveria
permanecer em casa ***
No entanto, se constatou vizinhos pegando as canoas para pescaria, outras famílias
se dirigindo aos balneários, as pessoas
buscando os botecos, como se tudo já estivesse normalizado *** Porto Velho depois de Manaus e Belém, pode se transformar no novo
epicentro do coronavirus na região caso não melhorar os índices de
distanciamento social *** Os Prefeitos rondonienses estão urrando com a
queda de arrecadação. A ajuda do governo Bolsonaro veio em boa hora, inclusive para Porto Velho *** Os recursos emanados da
União ajudam no pagamento da folha dos servidores municipais.
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