Sexta-feira, 29 de julho de 2016 - 05h03
Fazendo as contas
Aberta a temporada de caça aos votos, e sem um grande favorito na jornada sucessória de Porto Velho – por enquanto todo mundo é japonês – é natural que o prefeito Mauro Nazif (PSB) seja alvo das baterias dos adversários da oposição. Mas mesmo sob bombardeio a torcida e o sonho de consumo dos candidatos oposicionistas é ter o tataraneto dos fenícios como antagonista num eventual segundo turno.
A política, como se sabe, a rigor, não é uma ciência exata. Mas a conta dos candidatos da oposição ao governo que aí esta no Paço Tancredo Neves, é que havendo segundo turno, Nazif levará uma sova e o prognóstico é feito com base na elevada taxa de rejeição da atual administração.
Já do lado da base aliada do prefeito, onde as esperanças aumentaram com a desistência de Mariana Carvalho (PSDB), a estimativa é que ele desembarque no segundo turno com uma boa vantagem e, então, se aliando a algum candidato oposicionista, reforçará ainda mais as suas paliçadas para se manter no poleiro.
Municipalismo berrando
É surpreendente que haja tantos candidatos a prefeitos nos municípios brasileiros nas eleições deste ano diante das dificuldades das administrações, de Norte a Sul do País. Em Rondônia mais da metade das cidades padece com a falta de recursos e os alcaides tem dificuldades de se ajustar aos rigores das exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal -LRF.
No Brasil, conforme levantamento recente da Confederação Nacional dos Municípios cerca de 32 por cento das prefeituras gastam mais com pessoal do que é permitido. Os gestores tentam equilibrar as finanças com recursos de emendas parlamentares de deputados estaduais, federais e senadores, que nem sempre são liberadas causando neste caso constrangimentos aos políticos que prometeram obras e não cumpriram.
Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, como se sabe, as despesas com funcionários não podem superar o nível de 54 por cento da chamada receita corrente liquida. A saída encontrada pelos administradores tem sido demitir os funcionários lotados em cargos comissionados, como ocorreu em Rondônia em municípios como Vilhena e Rolim.
Com justa razão
Como é de conhecimento geral, em Rondônia (ao lado dos estados do Pará e do Mato Grosso) têm sido constatado nos últimos anos inúmeros casos de trabalho escravo em grandes empreendimentos da agropecuária. Aliás, nosso estado chegou a ser considerado o campeão neste quesito degradante para a classe trabalhadora e volta e meia pipocam novos casos nas frentes de colonização do estado.
Tudo isto para dizer que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e a Procuradoria dos Direitos do Cidadão em Rondônia têm carradas de razão ao recomendar aos bancos públicos que recusem financiamentos para os empregadores que utilizem o trabalho escravo em nosso estado. De fato, os grandes infratores contam com financiamentos do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BNDS e do Banco da Amazônia e mesmo com os recursos subsidiados causam graves transgressões na consecução de seus projetos.
As autoridades querem que a lista suja dos malfeitores flagrados com o regime de escravidão seja punida com a suspensão dos contratos de financiamento. Nada mais justo.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri