Segunda-feira, 3 de outubro de 2016 - 21h20
Eleições 2016
Com mais uma grande surpresa em Porto Velho – que foi o tucano Hildon Chaves – nos principais colégios eleitorais do interior se confirmou o favoritismo do prefeito Jesualdo Pires (PSB) em Ji-Paraná e da deputada estadual Glaucioni Nery (PMDB), que desta vez afastou a zebra em Cacoal. O Ficha Limpa tirou do páreo Rosani Donadon (PMDB) em Vilhena, sacramentando Eduardo Japonês (PV) e em Ariquemes, o prefeito Lourivaldo Amorim (PDT) sucumbiu a forte aliança formada pelo governador Confúcio Moura com o deputado estadual mais votado da região, Adelino Follador garantindo a eleição de Thiago Fortes (PMDB). Luizão do Trento (PSDB) se virou nos 30 e conseguiu se reeleger em Rolim de Moura.
Nas eleições a vereador em Porto Velho tivemos uma renovação significativa, quase dois terços, punindo uma gestão que envergonhou a capital. Mesmo assim algumas raposas felpudas se reelegeram (inclusive dois vereadores que foram presos) e tivemos a volta do dançarino da impunidade Zequinha Araujo que vão continuar empestando o legislativo local.
As eleições 2016 varreram o PT de Porto Velho, que na onda da estrela vermelha de Lula chegou a eleger prefeitos, senadores, deputados federais. O partido de Lula virou pó na capital. E sobrou até para ex-petistas...
No fundo do poço
O ministro chefe da Casa Civil Eliseu Padilha admitiu na semana passada o agravamento do desemprego no país. O Planalto fala de uma situação no momento em que o Brasil á chegou ao fundo do poço, com a perda de 12 milhões de empregos formais e vivenciando a pior recessão da sua história.
Trazendo a questão do emprego para Rondônia, para regionalizar o assunto, somada a crise, mais a greve bancaria, Porto Velho vive dias sofridos na economia. Consultei durante a semana, comerciantes, taxistas, profissionais liberais, pedreiros, corretores de imóveis e empregadas domésticas e o que se constatou foi um clima de pessimismo para este final de ano. Também se vê o aumento da inadimplência de prestações nas lojas (roupas, calçados eletrodomésticos), nas imobiliárias (aluguel), etc. É de fato um momento difícil.
O ano de 2017 é de esperança de dias menores para os rondonienses. De expectativa que o governo estadual e a prefeitura de Porto Velho atuem juntos para fomentar a geração de empregos. É imperativo também que o Distrito Industrial de Porto Velho ganhe melhorias para atrair indústrias, que o cinturão verde do entorno da região metropolitana seja impulsionado gerando hortifrutigranjeiros (importamos do tomate a banana até a batatinha) mais baratos para o consumo da população.
É a vez de Renan
Desde os episódios das cassações da presidente Dilma Roussef (PT) e do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) já se esperava que o próximo a ser alvo da justiça seria o senador Renan Calheiros (PMDB) presidente do Senado da Republica, completando o triunvirato da corrupção. Mais a frente às punições para o ex-presidente Lula (PT) e ao atual presidente Michel Temer (PMDB) também virá à baila, depois de pularem cirandinha e rapinarem juntos por mais de uma década.
Já se fala muito tempo em passar o Brasil a limpo. No entanto o brasileiro tem remetido às câmaras municipais, as prefeituras, as Assembleias Legislativas e ao Congresso Nacional representantes envolvidos com toda a espécie de falcatruas. Na verdade, a classe política reflete o que é a sociedade brasileira tolerante com a corrupção, com a moralidade elástica e com o jeitinho brasileiro de se dar bem.
Ainda vai longe, décadas até, para o Brasil combater a corrupção com eficiência. Tudo é emperrado, seja no campo político, ou na própria justiça permissiva e demorada, para que uma nova ordem seja criada no País. Mas sempre que o brasileiro vai as ruas protestar, novos avanços são obtidos junto ao Congresso e as instâncias superiores da justiça. Foi assim com o projeto ficha limpa, assim será com outras propostas de iniciativa popular.
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