Quinta-feira, 23 de julho de 2020 - 12h54
É
um castigo previsível para qualquer produtor perder clientes por entregar
produtos de baixa qualidade ou não cumprir prazos contratados. É lamentável
quando o produto é bom e os contratos são cumpridos pelos produtores, mas as
políticas governamentais são contraditórias, ineficazes ou controversas.
É
desastroso, porém, quando às políticas precárias se somam práticas criminosas facilitadas
pela prevaricação e insuficiência de recursos humanos e estruturais do Estado. Hoje,
os agropecuaristas brasileiros enfrentam todos esses dissabores e mais o avanço
do consenso mundial de que a preservação do meio ambiente é essencial para
conter o apocalipse climático.
Nesse
pesado conjunto de circunstâncias, sobem ao topo das preocupações a ameaça de
investimentos urgentes negados ao Brasil e o risco de inviabilizar o acordo
entre a União Europeia e o Mercosul que selou positivamente duas décadas de
intensas negociações entre os blocos.
Instigados
por seus produtores, vários países sinalizam para rejeitar o acordo, mas o
deputado espanhol Jordi Cañas, seu relator no Parlamento Europeu, acena com um
possível desfecho positivo apesar dos obstáculos. Favorável ao acordo, Cañas
adverte que ele só passará com ações efetivas do Brasil contra o desmatamento
em geral. A sorte está lançada: ainda há chances, mas não se pode
desperdiçá-las negando o inegável.
............................................................
A abstenção
Com
a pandemia do coronavírus em andamento já existe o temor para uma grande
abstenção nas urnas nas eleições municipais deste ano. Com isto todos os cálculos
atinentes ao quociente eleitoral poderão ser alterados num pleito cheio de
incertezas principalmente para os candidatos a vereança que estão ralando na
caça aos eleitores. Não bastasse, ainda tem a rejeição da classe política cada
ano mais forte perante o eleitorado.
Foro privilegiado
O
projeto que acaba com o foro privilegiado dos deputados federais e senadores já
está há quase quatro anos na Câmara Federal e pelo que se vê vai permanecer
eternamente repousando nas comissões técnicas. Se o projeto não anda é porque a
maioria não deseja. Embora de boca para fora muitos parlamentares sejam
favoráveis a mudança, na prática o que se vê é muitos se fazendo de gato morto
com relação a questão e barrando a
iniciativa.
Fusão de partidos
Começam
as tratativas nas esferas de Brasília para
a fusão do PSB com o PC do B. Em Rondônia, o cacique socialista Mauro Nazif
(PSB) pularia cirandinha com Francisco Pantera (PC do B), ficando todo mundo no
mesmo barco depois das eleições municipais. Faz lembrar a fusão do PPS com o
Partido Comunista-PC, o partidão, há uma década. Será que o avanço da direita
está inibindo a atuação dos vermelhinhos? Que estratégia estará rolando?
Regularizados
Apesar
da tentativa de criação do Aliança do Brasil, legenda em gestação do presidente Bolsonaro e
de mais 70 siglas, apenas 33 agremiações partidárias estão regularizadas na
justiça eleitoral para disputar as eleições municipais deste ano, recebendo recursos
do bilionário fundo partidário. PT, PSL, PP, MDB terão as fatias mais gordas
dos recursos devido a representatividade
na Câmara dos Deputados. Os pequenos partidos terão menos recursos e vão ter que se virar como podem.
Olho nos vizinhos
No
vizinho estado do Acre, que vivencia bons resultados no combate ao covid 19 na região
Norte, as aulas só voltam em setembro, como ficou definido pelas autoridades da
educação. Nosso outro vizinho, o Mato Groso vive um momento de incertezas com a
pandemia: tinha um dos menores índices de incidência da doença, mas rapidamente
ultrapassou Rondônia em número de infectados e de mortos. O Amazonas acompanha
aliviado o recuo do covid-19. Lá as aulas nos colégios particulares já
recomeçaram.
Via Direta
***Em temporada de eleições volta à tona
a proposta da construção da Ferrovia Transcontinental
com apoio financeiro dos chineses *** É mais fácil
galinha criar dentes do que resolver uma questão desta magnitude enquanto se
enfrenta uma pandemia do coronavírus ***
Os acadêmicos de Rondônia que cursam Medicina em Santa Cruz de La Sierra e
Cochabamba na Bolívia e em cidades paraguaias aguardam o reinicio das aulas nas
universidades dos países vizinhos ***
Também temos acadêmicos em medicina na Argentina aonde os valores dos cursos
são mais módicos *** Segue a
esculhambação no sistema de transportes coletivos de Porto Velho que vem desde a intervenção no
sistema na gestão do então prefeito Mauro Nazif *** Será mais uma herança para a próxima administração.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri