Quinta-feira, 19 de março de 2020 - 09h17
Em
uma das peças mais famosas da dramaturgia mundial, “Seis personagens à procura
de um autor”, Luigi Pirandello mostra a invasão de um teatro por meia dúzia de personagens
excluídos do elenco que procuram a todo custo justificar a necessidade de sua
presença no palco.
Por
aqui, os personagens são nove: os governadores dos estados da Amazônia Legal. Excluídos
do Conselhão da Amazônia, eles se esforçam para ser também chamados a esse
importante palco de decisões. Afinal, além de interessar ao mundo em geral, elas
interessam de forma bem particular e localizada a cada Estado e, à sua frente,
a cada governador.
Os
personagens de Pirandello queriam apenas se apresentar como indivíduos dignos
de ter suas histórias valorizadas. Ao contrário, os governadores querem valorizar
as populações de seus estados, sempre vítimas de planos que desde a década de
1970 são empurrados de cima para baixo, primeiro por meio dos governadores
“biônicos”, escolhidos por Brasília até 1982, e em seguida pelo agravamento da
crise-mãe de 1980.
Com
o Brasil e o mundo novamente às voltas com uma grave crise, ao se reunir em
Belém no XX Fórum de Governadores os nove importantes personagens dos estados
amazônicos não quiseram só ocupar o centro do palco, mas escrever a peça. Ser
não só personagens, mas também autores.
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O adiamento
O
IBGE anunciou o adiamento do censo demográfico para 2021 o que vai trazer
prejuízos aos municípios com maior índice
de crescimento no estado quanto ao rateio do bolo tributário (caso do ICMS) que
ocorre de acordo com o número de habitantes. Os mais prejudicados serão
Vilhena, Porto Velho, Buritis, Nova Mamoré e Candeias do Jamari que tem mantido
taxas de desenvolvimento populacional superiores aos demais municípios
rondonienses.
Perdendo terreno
Pequenos
municípios do Cone Sul rondoniense, Zona da Mata, Região Central e Vale do
Jamari que sofrem evasão de habitantes e que já estão fragilizados
economicamente ainda vão perder mais terreno na distribuição do ICMS depois do
Censo 2021. Algumas das cidades em queda livre com a diáspora estão ameaçadas
de se transformar em cidades fantasmas ao final desta década. È lamentável. Precisam
de projetos de revitalização.
Sem hospedeiro
Como já é de amplo
conhecimento público, o bolsonarismo ficará sem partido hospedeiro nas eleições
municipais de outubro em todo o País. Ocorre que a legenda denominada Aliança
pelo Brasil está fora das eleições pois não conseguiu se regularizar a tempo no
TSE como pretendia. Exceto em algumas capitais onde tem interesse – o Rio de
Janeiro, por exemplo – Bolsonaro não vai apoiar candidatos.
Em Rondônia
Em Rondônia, nas eleições municipais de
outubro, o legado do bolsonarismo será disputado entre aliados do governador
Marcos Rocha instalados no PSL e por lideranças alinhadas ao Aliança do Brasil,
(que é um partido ainda em gestação) espalhadas por outras agremiações. A
paternidade do bolsonarismo será disputada nos principais polos regionais do
estado onde as pelejas são mais acirradas.
Nossa economia
A
economia já sente um baque com o coronavirus em Porto Velho. Onde não se compra
e não se vende, emerge a ameaça do desemprego. O movimento das ruas, nos estabelecimentos comerciais
na capital está[U1] [U2]
reduzido terça-feira, embora as farmácias lotadas com o pânico criado pela doença
globalizante. As previsões são
pessimistas, até de mais um ano de recessão no País por conta da disseminação.
Via Direta
*** Os panelaços pelo País já mostram a
classe média arrependida e perdendo paciência com o presidente Jair Bolsonaro *** E a taxa de
desemprego no Brasil que poderia diminuir, acabou sofrendo um duro golpe com o
coronavirus *** Até os políticos já
estão mais retraídos com a disseminação. Muitos candidatos adiaram ainda mais
suas definições para o pleito de outubro *** Mas o calendário eleitoral não
teve alterações até agora. Segue tudo como antes, inclusive o período da janela
partidária até abril *** Por falar na
janela que permite a troca de legenda sem punição para a classe política, além
de vereadores, também alguns deputados estaduais já estão se movimentando para
alterar o quadro partidário vigente.
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