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Carlos Sperança

O ano da peste + Operação militar + Crime na região + Fundo Amazônia


O ano da peste + Operação militar + Crime na região + Fundo Amazônia - Gente de Opinião

O ano da peste

Ao longo dos séculos grandes enfermidades tem surgido do nada para matar milhões de seres humanos. Antes de Cristo já eram relatadas tragédias naturais e doenças infecciosas atingindo continentes inteiros. Da peste negra, na  idade média, provocada pelas pulgas de ratos que infestavam os grandes centros urbanos e que dizimou multidões, a gripe espanhola que nasceu nos Estados Unidos no século passado,  mas que atingiu fortemente a Espanha, chegamos ao coronavírus 2, conhecido doravante como a grande peste de 2020.

Um vírus importado  para cá e que ganhou corpo no carnaval com a chegada dos turistas europeus e americanos em grandes centros dotados de voos internacionais, como são Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Fortaleza, coincidentemente as cidades mais atingidas. Não se esperava que municípios de porte médio como Porto Velho a coisa ganhasse proporções dramáticas como está ocorrendo. Mas fechar aeroporto, rodoviária e principalmente o porto Caiu N’Água com enorme intercâmbio com Manaus foram providências que demoraram a acontecer e neste meio tempo a pandemia ganhava força com a desobediência do afastamento social, as aglomerações e festas que se sucedem.

Impressiona como o isolamento social continua sendo grande. Porto Velho tem um dos menores índices de obediência as regras adotadas pela OMS e o Ministério da Saúde. Por tudo isto, a capital rondoniense já está pagando um preço caro e a coisa tende a piorar sem um bloqueio mais firme nas ruas que seguem com grande fluxo de pessoas,

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Operação militar

Como é natural, o anúncio de uma grande operação militar na Amazônia, prevista para a primeira quinzena de maio, atrai a atenção do mundo. Será uma ocasião ímpar para reverter a péssima imagem que o Brasil tem hoje no exterior. Isso acontecerá se o governo deixar de ser “esquizofrênico”, expressão usada pelo secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, para definir o bate-cabeça de instituições governamentais que ora protegem, ora incentivam a devastação.

Crime na região

Além de combater com efetividade o crime na região, será preciso vencer a guerra interna contra omissos e prevaricadores infiltrados nos governos federal, estaduais e municipais. Vencer a má imagem é fundamental para atrair investimentos à região. Mesmo com a pandemia, não investidores não dormem: planejam cuidadosamente suas aplicações. Aliás, há uma tendência das famílias dos endinheirados de pressioná-los a investir onde há proteção florestal, exploração sustentável e a defesa dos povos contra o genocídio. É o Efeito Greta.

Fundo Amazônia

Por outro lado, é também decisiva, nesse caso, a iniciativa do vice-presidente da República e presidente do Conselho da Amazônia,  general Hamilton Mourão, de reabrir as negociações com a Noruega para ativar o Fundo Amazônia, que financia projetos e ações importantes de proteção à floresta. País pobre não tem o direito de deixar dois bilhões de reais mofando e sem uso trancados num cofre.

O desmatamento

Lembrando que o desmatamento aumentou na região amazônica 55 por cento em relação a 2019. O fato projeta, por conseguinte, substancial aumento das queimadas na região Norte neste verão amazônico. As consequências serão as piores possíveis com doenças respiratórias atingindo principalmente crianças e idosos mais suscetíveis a inalação das grossas camadas de fumaça que se formam em Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso.

Ninho de infectados

Ao contrário de outros estados até a semana passada Rondônia não contava com celebridades políticas infectadas pelo coronavirus. Daí surgiu o deputado estadual Eyder Brasil, líder do governo e postulante a prefeitura de Porto Velho na possível eleição deste ano. A Assembleia Legislativa acabou virando  mais um ninho de infectados mas as providências já foram tomadas para salvaguardar os demais deputados e servidores da casa de leis. Haja quarentenas!

Via Direta

*** Aos poucos o condomínio residencial Tonhão II foi tomado pelas vítimas do coronavirus. Pelo surpreendente aumento de casos em Porto Velho da doença em breve  terão que abrir uma nova área para atender a grande demanda de óbitos *** Vem aí, Alex Palitot (PTB) na peleja pela prefeitura de Porto Velho. Culto,  pitoco, preparado e com grande identidade com a  população da capital rondoniense *** Que os macacos velhos da política da capital se cuidem *** O Dia das Mães movimentou o comércio de Porto Velho no final de semana., Mas nem todos os comerciantes ficaram satisfeitos com as vendas *** Os camelôs, por exemplo, ficaram sem trincheiras  de vendas na praça da Avenida 7 de setembro *** É lastimável o fechamento de tantos pontos comerciais nas principais avenidas da capital rondoniense *** O desemprego aumenta assustadoramente nestas bandas. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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