Segunda-feira, 11 de maio de 2020 - 09h54
O ano da peste
Ao
longo dos séculos grandes enfermidades tem surgido do nada para matar milhões
de seres humanos. Antes de Cristo já eram relatadas tragédias naturais e
doenças infecciosas atingindo continentes inteiros. Da peste negra, na idade média, provocada pelas pulgas de ratos
que infestavam os grandes centros urbanos e que dizimou multidões, a gripe
espanhola que nasceu nos Estados Unidos no século passado, mas que atingiu fortemente a Espanha,
chegamos ao coronavírus 2, conhecido doravante como a grande peste de 2020.
Um
vírus importado para cá e que ganhou
corpo no carnaval com a chegada dos turistas europeus e americanos em grandes
centros dotados de voos internacionais, como são Paulo, Rio de Janeiro, Manaus,
Fortaleza, coincidentemente as cidades mais atingidas. Não se esperava que municípios
de porte médio como Porto Velho a coisa ganhasse proporções dramáticas como está
ocorrendo. Mas fechar aeroporto, rodoviária e principalmente o porto Caiu N’Água
com enorme intercâmbio com Manaus foram providências que demoraram a acontecer
e neste meio tempo a pandemia ganhava força com a desobediência do afastamento
social, as aglomerações e festas que se sucedem.
Impressiona
como o isolamento social continua sendo grande. Porto Velho tem um dos menores índices
de obediência as regras adotadas pela OMS e o Ministério da Saúde. Por tudo
isto, a capital rondoniense já está pagando um preço caro e a coisa tende a
piorar sem um bloqueio mais firme nas ruas que seguem com grande fluxo de
pessoas,
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Operação militar
Como
é natural, o anúncio de uma grande operação militar na Amazônia, prevista para a
primeira quinzena de maio, atrai a atenção do mundo. Será uma ocasião ímpar
para reverter a péssima imagem que o Brasil tem hoje no exterior. Isso acontecerá
se o governo deixar de ser “esquizofrênico”, expressão usada pelo secretário
executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, para definir o bate-cabeça
de instituições governamentais que ora protegem, ora incentivam a devastação.
Crime na região
Além
de combater com efetividade o crime na região, será preciso vencer a guerra
interna contra omissos e prevaricadores infiltrados nos governos federal, estaduais
e municipais. Vencer a má imagem é fundamental para atrair investimentos à
região. Mesmo com a pandemia, não investidores não dormem: planejam
cuidadosamente suas aplicações. Aliás, há uma tendência das famílias dos endinheirados
de pressioná-los a investir onde há proteção florestal, exploração sustentável
e a defesa dos povos contra o genocídio. É o Efeito Greta.
Fundo Amazônia
Por
outro lado, é também decisiva, nesse caso, a iniciativa do vice-presidente da
República e presidente do Conselho da Amazônia, general Hamilton Mourão, de reabrir as
negociações com a Noruega para ativar o Fundo Amazônia, que financia projetos e
ações importantes de proteção à floresta. País pobre não tem o direito de
deixar dois bilhões de reais mofando e sem uso trancados num cofre.
O desmatamento
Lembrando
que o desmatamento aumentou na região amazônica 55 por cento em relação a 2019.
O fato projeta, por conseguinte, substancial aumento das queimadas na região
Norte neste verão amazônico. As consequências serão as piores possíveis com
doenças respiratórias atingindo principalmente crianças e idosos mais suscetíveis
a inalação das grossas camadas de fumaça que se formam em Rondônia, Acre,
Amazonas e Mato Grosso.
Ninho de infectados
Ao
contrário de outros estados até a semana passada Rondônia não contava com
celebridades políticas infectadas pelo coronavirus. Daí surgiu o deputado estadual
Eyder Brasil, líder do governo e postulante a prefeitura de Porto Velho na
possível eleição deste ano. A Assembleia Legislativa acabou virando mais um ninho de infectados mas as providências
já foram tomadas para salvaguardar os demais deputados e servidores da casa de
leis. Haja quarentenas!
Via Direta
*** Aos poucos o condomínio residencial
Tonhão II foi tomado pelas vítimas do coronavirus. Pelo surpreendente aumento
de casos em Porto Velho da doença em breve terão que abrir uma nova área para atender a
grande demanda de óbitos *** Vem aí, Alex Palitot (PTB) na peleja pela prefeitura de
Porto Velho. Culto, pitoco, preparado e
com grande identidade com a população da
capital rondoniense *** Que os macacos
velhos da política da capital se cuidem *** O Dia das Mães movimentou o comércio
de Porto Velho no final de semana., Mas nem todos os comerciantes ficaram
satisfeitos com as vendas *** Os camelôs,
por exemplo, ficaram sem trincheiras de
vendas na praça da Avenida 7 de setembro *** É lastimável o fechamento de
tantos pontos comerciais nas principais avenidas da capital rondoniense *** O desemprego aumenta assustadoramente
nestas bandas.
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