Segunda-feira, 4 de maio de 2020 - 09h28
Apesar
dos perigos, dos crimes, da polarização e dos delírios insanos, a Terra é
redonda e se move. A Amazônia, porção ligada ao destino do planeta, registra também
movimento incessante, e em todas as áreas, como se nota nas três esferas da
República, mesmo com quarentena e distanciamento social.
No Judiciário,
por iniciativa do Ministério Público, foi removida a apressada proposta de
liberar a plantação de cana de açúcar na região, recuando ao zoneamento para o
plantio e operações de financiamento ao setor sucroalcooleiro vigentes desde
2009. Nada impede que haja a liberação, mas a partir de estudos conclusivos sobre
impactos mínimos ao meio ambiente.
O
Congresso, representação da elite brasileira, sente o choque entre o Brasil do
delírio, que quer entrar no clube dos países ricos (OCDE), e o país real, das
periferias, onde até o conselho de lavar bem as mãos esbarra na falta de sabão
e água. Os congressistas estão diante do desafio de fincar os pés no chão,
frear a mania de grandeza e resolver a situação dos pobres.
No
Executivo, está marcada para o início de maio uma operação de Garantia da Lei e
da Ordem para reduzir o impacto de queimadas e desmatamento no período de seca
na floresta, que vai até setembro. Exército, Marinha e Aeronáutica em ação, o
mundo terá a oportunidade de assistir o Brasil real em movimento, para além das
brigas, gritarias e trocas de acusações.
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Efeito manada
Poderá
ser um verdadeiro efeito manada. O atual prefeito de Ariquemes Thiago Flores
abriu a temporada de desistências da reeleição e de candidaturas a prefeito
neste ano. É fácil entender: por conta da pandemia os alcaides vão acabar o ano
com as folhas do funcionalismo atrasadas, com fornecedores atrasados e furiosos, o
desemprego a todo pano e com a popularidade lá em baixo. E pior do que isto é
assumir gestões afundadas até o talo. Muitas desistências podem estar a caminho.
Mãe Joana
O
Brasil se transformou numa monumental casa da mãe Joana com a pandemia do
coronavírus. O presidente não se entende com governadores, estes não se
entendem com os prefeitos. Em Porto Velho, o governador Marcos Rocha (PSL) e o
prefeito Hildon Chaves (PSDB) chegaram a trocar farpas pela mídia e não
bastando problemas para serem tratados em conjunto, acabam num jogo de
empurra-empurra. Até quando, torcida brasileira?
Velho hábito
O
antigo hábito dos governadores de Rondônia, que desde os idos do território era de tratar o prefeito de Porto Velho como
um subalterno de suas secretarias, persiste até os dias de hoje e isto tem gerado entreveros ao longo do
tempo. Chaves não pode aceitar este tratamento pois representa uma cidade com
um terço da população do estado. Lembro que em suas gestões Camurça e Sobrinho
também se insurgiram contra os governadores de plantão.
Em pé de guerra
Nos
bastidores se vê um novo pé de guerra entre deputados estaduais e o governador
Marcos Rocha. Os principais alvos dos parlamentares são a pasta da Saúde, o DER
e Obras. Estas pendengas a gente sabe como começa, mas nunca como termina e
pode resultar até no que já está acontecendo no vizinho estado do Amazonas com
pedido de impeachment do atual governador cujo mandato não completou nem dois anos.
Recursos injetados
Com
os pagamentos do governo do estado, prefeitura de Porto Velho, Assembleia Legislativa
e demais poderes, do funcionalismo federal, aposentados e mais os R$ 600,00 da
pandemia, a capital rondoniense vê o comércio reagir em alguns setores, já que em outros tudo está ainda paralisado. Mas a grande
preocupação é o desemprego. São milhares de postos de trabalho ceifados nos
últimos trinta dias, um dos maiores índices de desemprego na história.
Via Direta
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Em Brasília, os movimentos de presidente Bolsonaro testam os brasileiros para
um novo AI5 *** Já são 6 territórios
indígenas invadidos em Rondônia por grileiros, garimpeiros, fazendeiros com o escudo
da pistolagem *** Infelizmente a sinalização da esfera federal é de
impunidade para as invasões e com isto a situação tende se agravar com novas
chacinas em toda a Amazônia ***Segue o calendário
eleitoral sem mudanças. O cara-pálida eleitor pode se regularizar até 6 de maio
nos cartórios eleitorais se quiser votar nas eleições municipais *** Com atraso
em relação aos demais países vizinhos no
combate a pandemia do coronavírus e com decisões equivocadas na saúde, o presidente
Jair Bolsonaro vê a situação piorar em todo o País *** Em Rondônia o desrespeito ao isolamento social tem provocados
aumentos geométricos dos casos do coronavírus. Uma situação que já está ficando
insustentável.
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