Domingo, 12 de junho de 2016 - 05h04
O Brasil sangrando
Impressiona como estão caindo na vala comum, na medida em que as investigações da Operação Lava a Jato avançam, as grandes lideranças políticas brasileiras. O PT desandou com o ex-presidente Lula e a presidente afastada Dilma Roussef, o PMDB com toda a cúpula, do presidente interino Michel Temer ao presidente nacional do partido Romero Jucá; do ex-presidente José Sarney a raposa felpuda Eduardo Cunha e uma pá de senadores.
O que dizer do senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB) já envolvido até as vísceras em casos escabrosos de propinas desde a construção do Centro Administrativo de Minas Gerais quando governador? Os escândalos já atingem também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E partidos como o PP, tem gerado elevado numero de participantes nos propinodutos, conforme constata a justiça.
Estamos passando do fundo do poço. Nem a volta de Dilma, tampouco a permanência de Temer vai reabilitar a confiança do povo brasileiro. Quiçá a proposta de uma nova eleição presidencial ganhe força e seja uma alternativa de um futuro menos sombrio.
Mudanças previstas
Depois de acenar com mudanças para revitalizar o centro de compras da Avenida Carlos Gomes, cujo projeto define a mudança do corredor de ônibus para a Rua Duque de Caxias e a oferta de centenas de novas vagas de estacionamento, o prefeito Mauro Nazif (PSB) começa a projetar alterações junto à classe empresarial para outras artérias importantes, como as avenidas Nações Unidas, Jatuarana, Calama, 7 de Setembro e Amador dos Reis.
Os comerciantes vivem uma crise aguda e dezenas de portas foram fechadas nas principais ruas comerciais da capital rondoniense nos últimos meses. Por isto, tanto a Fecomércio, como a Associação dos Lojistas tem cobrado ações da esfera municipal para equipar as principais vertentes de compras e as discussões em torno de novos projetos já foram iniciadas.
No entanto, não haverá a retirada dos camelôs das calçadas – a maioria não dá espaço para os transeuntes. Mesmo contrariando o Código de Posturas, a prefeitura manterá os ambulantes nas calçadas em vista da impossibilidade do funcionamento do Camelódromo destruído na enchente histórica.
Era dos linchamentos
A população de Porto Velho perdeu a paciência de vez com ladrões, assaltantes e arrombadores. Depois de muito esperar eficiência da esfera de segurança pública – desaparelhada e sem efetivo – resolveu fazer justiça com as próprias mãos sinalizando claramente sua insatisfação com a inoperância governamental.
A prática de linchamento dos marginais capturados tem aumentado no ano de 2016. Quando flagrados, os marginais têm apanhado muito e em alguns casos já chegaram a óbito – pelo menos cinco em 2016 - no Pronto Socorro João Paulo II ou simplesmente desovados.
Na Zona Leste, a região mais populosa de Porto Velho é onde têm ocorrido as maiores atrocidades. Os comerciantes fartos de assaltos, os moradores em estado de pânico com tantos arrombamentos. Não há segurança nas ruas – e isto vale para toda a cidade, inclusive na região central – e assim a banda toca porque se trata de uma cidade sem lei.
O tráfico de drogas tem sido o grande fator do aumento da criminalidade local. Mais de 70 por cento dos registros apontam este caminho. São centenas de pontos de vendas disputados a balas pelos traficantes e nesta guerra eles estão se matando pela periferia.
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