Quarta-feira, 8 de abril de 2020 - 09h47
Os
líderes amazônicos, os empresários da região e os povos da floresta estão
sempre de coração na mão e respiração suspensa toda vez que emana da esfera
federal alguma decisão referente à floresta. A balbúrdia em torno do Fundo
Amazônia abalou uma cooperação positiva com países europeus e prejudicou
seriamente iniciativas em andamento ou em vias de prática.
Quilômetros
de rodovias parecem contados em metros, ferrovias dormem no papel e não sobre
dormentes, usinas que deveriam tirar energia do esplêndido sol regional avançam
como tartarugas e não com a velocidade da irara. Quando há investimentos, o
grosso dos aportes é para projetos que beneficiam interesses de outras regiões.
Considerando
o que tem vindo de Brasília nas últimas décadas, espera-se que o Conselho da Amazônia
seja o esperado divisor de águas entre o descaso do passado e uma nova era de
respeito à floresta, seus povos e perspectivas de desenvolvimento, punindo a
destruição predatória ou mascarada de falso progresso, que se apropria da
riqueza para poucos.
Quando
os governadores mais estavam angustiados com o desprestígio que sofrem de
Brasília, o general Hamilton Mourão, escalado para presidir o Conselhão, disse
aos líderes estaduais para passar a mão no telefone e lhe ligar. Felizmente a
Covid-19 não tem o poder de afetar as linhas telefônicas.
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Uma polarização
Nos
meios políticos já se começa a fazer as contas sobe a eleição na capital. Sem Leo
Moraes (Podemos) e Fernando Máximo que teriam desistido da peleja de outubro, a
campanha deve começar polarizada entre o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o candidato
da coalizão formada pelo PSB/PDT/Solidariedade, o deputado federal Mauro Nazif.
No entanto, mais adiante esta polarização
vai ser quebrada com Vinicius Miguel (Cidadania), o grande beneficiado pela ausência
de Leo Moraes, com forte apoio dos formadores de opinião na capital.
Aposta arriscada
Os
prefeitos de Rondônia que buscam a reeleição na eleição deste ano estão fazendo
uma aposta arriscada ao afrouxar a fiscalização em cima da pandemia da coronavírus.
É o caso do município de Ariquemes, onde o prefeito Thiago Flores queria liberar geral a economia, argumentando
que o desemprego já é grande naquele município e alguma coisa precisava ser
feita. Vamos ver quando o vírus chegar por lá como é que a coisa fica,
lembrando que até agora Ariquemes não tinha casos confirmados da doença.
Calendário eleitoral
Consta
no calendário eleitoral vigente que os servidores públicos que não ocupam
cargos em comissão interessados em disputar cargos eletivos em outubro serão
obrigados a se afastar de suas funções três meses antes das eleições. Toda
documentação comprobatória deve ser apresentada no cartório eleitoral no
momento do registro da candidatura, logo depois das convenções partidárias no
dia 15 de agosto.
Colonização
Passado
mais um século do início da imigração japonesa no Brasil, os asiáticos que
inicialmente se instalaram em São Paulo, Amazonas, Pará e Norte do Paraná, se
alastraram pelo País inteiro. Em Rondônia é forte a presença dos japoneses que
vieram inicialmente para se dedicar a
produção de hortifrutigranjeiros em Porto Velho. No Cone Sul já na primeira eleição
geral em 1982 foi eleito um deputado estadual nipônico, o falecido Jô Sato. Atualmente
o prefeito Eduardo Japonês (Vilhena) é um dos ícones da colônia no estado.
Troca-troca
O
troca-troca de partidos encerrado no final de semana registrou o ingresso da
vereadora Elis Regina no Podemos, de Leo Moraes. A parlamentar foi eleita e
reeleita pelo PC do B de Pantera e agora busca novos caminhos. Também o
vereador Marcelo Reis, um dos mais
destacados do Legislativo de Porto Velho mudou-se, ingressando de mala e
cuia no PSB, buscando o desafio da terceira reeleição. PL e PSB estão
agora com as maiores bancadas no Legislativo da capital.
Via Direta
*** A soltura de presos por conta do
coronavírus está aumentando a criminalidade em algumas regiões de Porto Velho *** Foram quase 200
detentos soltos nos últimos meses, mais da metade oriundos da Colônia Penal.
Salve-se quem puder *** O Patriotas está
atraindo quadros da base do governador Marcos Rocha ainda no PSL. Alguns
deputados da sua coalizão já estão aderindo ***Ainda não se sabe o destino
das lideranças rondonienses que trabalhavam na implantação do Aliança Para o
Brasil , o partido criado pelo clã Bolsonaro e que acabou espichando o bico e não poderá participar
das eleições municipais *** Outra legenda com possibilidade de crescimento
é o Republicanos, comandado pela igreja universal. Os irmãos Bolsonaro já estão
filiados e trazendo quadros do PSL *** Com o verão já batendo forte em Porto
Velho o sol já colabora com a recuperação das estradas vicinais e coletoras no
estado.
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