Sábado, 27 de fevereiro de 2016 - 07h11
A consulta
petista
Como diz aquele velho adágio popular, a necessidade faz o sapo pular. Por isto, mesmo sabendo que o candidato a prefeito do partido entra na peleja na base do sacrifício, o diretório estadual do PT se reúne em Porto Velho na próxima semana para consultar seus convencionais sobre o lançamento de um nome.
Naturalmente, se o ex-prefeito Roberto Sobrinho decidir enfrentar a parada terá a preferência dos filiados por sua trajetória vitoriosa, já que foi eleito prefeito e reeleito e cumpriu dois mandatos. E o partido precisa de um postulante majoritário para ajudar na eleição de uma expressiva bancada de vereadores. Como se sabe, apesar do desgaste do PT, a legenda tem uma das nominatas mais fortes para na capital.
A escolha petista ainda é uma incógnita. Foi definida uma lista tríplice para o diretório avaliar, e nela também esta inserido o nome do vereador Sidney Orleans, detentor de um bom trabalho como legislador e com uma trajetória política pitoca, o que tem sido meio raro nos meios petistas nos últimos anos.
Pé de coelho às avessas
Dois nomes disputam o apoio do cacique e senador Ivo Cassol, ex-governador do estado, para a eleição a prefeito em Porto Velho. De um lado, o ex-senador Odacir Soares (PP), que é suplente de senador e de outro o deputado estadual Ribamar Araujo que esta ingressando no PR, uma legenda controlada pelos aliados do ex-governador.
Odacir Soares (PP), que é advogado e jornalista, já foi prefeito de Porto Velho na década de 70, deputado federal e senador com dois mandatos produtivos. Destacou-se em Brasília como líder do governo Collor e em Rondônia pelos largos serviços prestados ao estado.
Já, o deputado estadual Ribamar Araujo foi vereador, secretário da Agricultura e cumpre seu segundo mandato na Assembléia Legislativa. Com mais de 25 anos de vida pública, se destaca como um dos poucos políticos locais distantes dos escândalos que tanto tem desgastado a classe política no estado.
Mas Ivo não é nenhum talismã, muito pelo contrário. Considerando seu apoio a candidatos aliados a prefeito em Porto Velho, tem sido é um pé de coelho às avessas.
O desafio de Pimentel
O portovelhense Williames Pimentel, com uma trajetória política alavancada pelos cargos que ocupou na esfera da saúde, vai enfrentar o desafio das urnas como candidato a prefeito do PMDB na eleição deste ano na capital. Rechaçou durante a semana qualquer possibilidade de composição para ser vice do prefeito Mauro Nazif (PSB) ou da deputada Mariana Carvalho (PSDB), ambos considerados postulantes de ponta.
As candidaturas próprias do PMDB a prefeito na capital são uma temeridade. Atolado de traíras, o partido até hoje só elegeu prefeito pelo voto direto, no distante 1985, para um mandato tampão, Jerônimo Santana. De lá para cá a sigla só chegou ao poder municipal através de alianças, indicando vice. De Sérgio Carvalho a José Augusto, por coincidência ambos médicos, já são décadas de derrotas para o Executivo.
Unir um PMDB tradicionalmente dividido é uma batata quente e Pimentel não é unanimidade na legenda. Uma banda rejeita seu nome, outro grupo prefere se aliar ao prefeito Mauro Nazif, etc,etc.
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