Segunda-feira, 16 de dezembro de 2019 - 12h08
Os
resultados deprimentes do Pisa mostram o Brasil como nação “inculta e bela”,
como Olavo Bilac chamava nossa língua. Se, na toada oficial, as queimadas na
Amazônia forem entendidas como “culturais”, a educação vai mal, mas a cultura
brasileira vai crescendo muito. Houve aumento de queimadas também no Pantanal.
No Sul, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina anotou mais de dois mil
incêndios florestais causados em geral por ação humana entre janeiro e agosto.
Sendo
tudo isso é testemunho inequívoco do aumento da cultura nacional, o
derretimento das geleiras dos Andes seria também cultural ou é só natural? As cinzas
das queimadas são apontadas como causa para a aceleração das fusões nos últimos
anos, projetando piora para os próximos. Isso causará problemas para os
reservatórios de águas, agravando o aquecimento global, aquele que “não existe”
até alguma tragédia acontecer na forma de incêndio, nevasca, tempestades e
chuvas irregulares.
Além
de “culturais”, são fenômenos “naturais”, já que é natural uma ação causar
efeitos. Os cultos sul-americanos podem ficar tranquilos sabendo que é natural
uma geleira encolher por conta de mudanças climáticas e que naturalmente ela
derrete ainda mais depressa com o carbono negro das queimadas? Tudo cultural e
natural, mas produz consequências. Negar queimadas e o derretimento não produzirá
efeito congelante.
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Obras inacabadas
Conforme
informa o jornal Diário do Poder, O Tribunal de Contas da União –TCU, começa a
discussão da proposta que tem o aval do Supremo Tribunal Federal-STF e do governo federal, autorizando as construtoras brasileiras enroladas com a
justiça, mas com acordos de leniência a concluir cerca de 14 mil obras inacabadas
espalhadas por todo o País. Em Rondônia tem uma carrada delas, de creches a
escolas, de postos de saúde a conjuntos habitacionais.
O ovo da serpente
Quase
toda semana no Brasil eclode novo partido, como ovos de serpente, criados para
abiscoitar os polpudos recursos do fundo partidário. A Unidade Popular é o 33
partido político gestado, numa verdadeira farra partidária, onde operam mais 77
siglas, incluindo a Aliança Pelo Brasil, da família Bolsonaro que busca 497 mil
assinaturas para cumprir as exigências da atual legislação eleitoral.
Orçamento a União
Com
a votação do orçamento da União nesta semana os congressistas encerram os
trabalhos e entram em recesso. A maioria das assembléias Legislativas e câmaras
municipais já paralisaram os trabalhos, no entanto algumas ainda poderão
receber convocações extraordinárias para limpar a pauta. Em Rondônia, onde
normalmente os deputados estaduais acuam os governadores em busca de vantagens,
em 2019 eles foram dóceis nas matérias oriundas do Executivo.
Muito luxo
Os condomínios residenciais
em Porto Velho estão carregados de residências luxuosas e muitas delas são de construções
recentes indicando que a crise passou longe das classes mais abastadas, como a
dos políticos, conselheiros e grandes empresários. Enquanto isto o povinho não
consegue sequer erguer uma barraquinha nas invasões de periferia. A coisa me faz
lembrar a idade média, com os fidalgos no controle e os camponeses urrando.
Vice em disputa
O
ex-deputado federal e ex-prefeito de Candeias do Jamari Lindomar Garçon esta em
campanha para ser vice do prefeito Hildon Chaves na eleição do ano que vem. O
problema é que o alcaide tucano faz ouvidos moucos aos anseios de Garçon ou se
faz de gato morto com relação ao assédio de outros pretendentes. Mesmo porque tem mais gente cotada
para o cargo de vice: Marcelo Tomé, Cristiane e, agora, Fabrício Jurado.
Via Direta
*** Esta mais fácil galinha
ganhar dentes do que a Frente de Esquerda de Rondônia criar pernas na capital
rondoniense *** Os partidos estão muito
divididos para as eleições municipais do ano que vem e por conta disto abundam
as candidaturas *** Fala-se nos bastidores que o ex-deputado estadual Hermínio Coelho (PV) poderia unir algumas legendas da esquerda para a peleja na capital *** E de que partido vai sair o vice do
deputado federal Mauro Nazif para a disputa da prefeitura de Porto Velho? ***
Nos bastidores as conversações dando conta que o vice de Nazif emergirá do
Podemos de Léo Moraes, do PDT de Ruy Mota ou do Solidariedade de Pereirinha *** No interior de Rondônia, pinta como o
maior favorito nas eleições municipais, o prefeito Juninho Gonçalves, em Jaru.
Se perder, será a maior zebra da temporada.
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