Segunda-feira, 10 de setembro de 2018 - 22h02
Da guerra à lucidez
Há um século, entre 1914 e 1918, travou-se
a I Guerra Mundial, período em que a borracha foi considerada
“contrabando de guerra” e teve sua exportação proibida, causando
estagnação econômica na Amazônia.
Autoridades e população do
Brasil clamavam pela paz, confiando em que o fim da guerra permitiria à
humanidade novos tempos de ânimo e prosperidade. Cem anos depois, entre
2014 e 2018, o Brasil sofreu mais uma crise. Deveria neste momento estar
saindo confiante da crise, mas a campanha eleitoral calcada em ódio e
falta de respeito levou à paralisia que desemprega, gera desconfiança e
piora a imagem do país no exterior.
Esse estado de desalento e
apatia é a origem da louca facada recebida pelo presidenciável Jair
Bolsonaro, interrompendo sua pregação beligerante. Felizmente ele teve
sabedoria e lucidez para pedir a todos, desde seu leito no hospital, que
moderassem a campanha.
Alguns povos aprendem com a experiência
acumulada pela humanidade e outros precisam sofrer traumas dolorosos
para descobrir que só na paz e no entendimento é possível vencer os
problemas. A guerra ensinou – e a Amazônia aprendeu – que a miséria e a
desgraça campeiam quando a situação é de desalento e conflito, mesmo
para quem possui uma grande riqueza.
Eleições 2018
Há menos de trinta dias do pleito de 7 de outubro ainda reinam indefinições no cenário político rondoniense e uma forte ameaça de efeito manada nos últimos dias das eleições. Ocorre que quase a metade da população esta indecisa, outra parte fala em não comparecer as urnas e tantos em votos brancos e nulos. Não se sabe para que direção vai caminhar esta grande multidão.
Com surpresas
O efeito manada sobre as eleições em Rondônia tem sido tão surpreendente que já elegeu petistas como Fátima Cleide ao Senado (derrotando Expedito) e Roberto Sobrinho a prefeitura de Porto Velho e alcaides como Nazif e Hildon Chaves chegaram ao Paço Tancredo Neves em reviravoltas. Confúcio virou as duas eleições (em cima de Expedito) que disputou e na reeleição ninguém apostava um níquel na sua vitória.
A comparação
As pesquisas vigentes não conseguem aferir o deslocamento das multidões que mudam o voto. E geralmente candidatos liderando as pelejas têm desabado. O tucano Expedito Jr, por exemplo, tem sido uma das vitimas, perdendo eleições tanto ao Senado como ao governo. Por isto tem sido comparado com cavalos paraguaios, que largam atabalhoadamente na frente e depois despencam.
Os presidenciáveis
Ainda com o forte impacto da facada na pança de Jair Bolsonaro (PSL) o que ele conseguiu apenas foi reduzir um pouco sua rejeição, que é ainda é maior de todos presidenciáveis. Não foi contatada comoção nacional. Ele permanece com um teto que poderia ter aumentado muito se tivesse adotado um tom mais moderado na temporada. Pelo menos, ao contrário de muitos, ele não finge o que não é. É autentico.
Fundo partidário
Constata-se que os partidos se esforçam e se mobilizam para eleger mais deputados federais nesta temporada, tendo em vista que dependerá deles a distribuição do bolo do fundo partidário a partir do ano que vem. E partidos sem representação no Congresso ficarão na seca. Como consequência a competição dos novos contra os parlamentares com mandatos ficará mais desigual ainda nos próximos anos.
Via Direta
*** O inverno amazônico se aproxima e ainda foi feito muito pouco para combater as alagações em Porto Velho *** Será mais um ano de forte desgaste para o prefeito Hildon Chaves (PSDB) que já acumula problemas com a saúde e o transporte escolar *** E mais uma vez foi paralisada a dragagem no Rio Madeira *** Farejei e depois constatei em consultas a formadores de opinião neste final de semana um efeito manada anti-Raupp na capital *** Se a coisa se espalhar pelo interior...
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