Quinta-feira, 15 de dezembro de 2016 - 21h47
O governador Confúcio Moura (PMDB) tem cumprido seu papel à risca como bom gestor, uma qualidade que ele já tinha demonstrado como prefeito de Ariquemes, em dois mandatos. Graças a seu modus operandi, Rondônia é um dos poucos Estados que têm cumprido os compromissos, quitando as folhas de pagamento dos servidores ainda no mês trabalhado.
Mas neste final de ano, nosso governador tem pela frente um confronto com a classe dos policiais civis e ainda padece com o rompimento com a classe dos delegados. Juntos e misturados, policiais e delegados pleiteiam um novo plano de cargos e salários, o que atingiria o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que ocasionaria sanções ao mandatário rondoniense. Além do mais, agora existe o agravante do teto de gastos aprovado pelo Congresso.
Com a intermediação da Assembleia Legislativa, se procura uma saída para o impasse que se arrasta há meses. A expectativa ainda é de um acordo.
Pacote de bondades
Ante situações constrangedoras em apenas seis meses de governo, e já enfrentando manifestações de rua pelo seu impeachment – que tendem aumentar nos próximos dias – o presidente Michel Temer busca saídas para melhorar sua popularidade e salvar o pescoço. A situação não é nada boa, e conspira contra o mandatário, já que a economia não melhorou e mais três ministros do seu governo se enrascaram com a Justiça, casos de Moreira Franco, Eliseu Padilha e Gilberto Kassab.
Não bastará apenas pedir penico para os tucanos, e com isto garantir maioria no Congresso Nacional, ou um novo pacote de bondades em curso para Michel Temer se safar. Na medida em que os escândalos pipocam no Palácio do Planalto, repleto de ministros corruptos, a revolta da opinião pública aumenta, e com isto o apoio da sua base parlamentar no Congresso Nacional vai ruindo.
Temer já lembra o governo petista agonizando, que também recorreu a tantas medidas benévolas para livrar Dilma do impeachment.
O corujão da saúde
O prefeito eleito de São Paulo, João Dória, anuncia a plenos pulmões que resolverá todos os problemas da saúde em 90 dias, e para tanto vai se utilizar do programa “Corujão da Saúde”, fazendo com que os postos funcionem, inclusive, nas noites e madrugadas. Lembra nosso governador Confúcio Moura, aqui na nossa amada Rondônia, que no seu primeiro mandato anunciava mais ou menos a mesma coisa, e que seis anos depois ainda não conseguiu cumprir aquela promessa.
Como Confúcio, Dória vai pagar pela língua comprida e pelas dificuldades com os entraves burocráticos de uma administração daquele porte. É dos mais bem intencionados, e tudo que diz está caindo no gosto dos paulistas, mas se em 90 dias ele não conseguir cumprir o que prometeu, com certeza será castigado como ocorreu com nosso governador na sua primeira gestão, quando foi esculhambado por meio mundo.
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