Terça-feira, 7 de abril de 2020 - 09h53
Depois
de virar o ano em situação de empate técnico, a Covid-19 tirou a Amazônia do topo
das preocupações mundiais. Isso é bom ou mau? Não há mal que sempre dure, diz o
dito popular, embora os problemas da Amazônia ainda estejam longe de ser
resolvidos, da biopirataria à desconsideração com que são tratados empresários,
povos da floresta e cientistas.
Não
ser o item mais preocupante do planeta é bom porque as novas informações sobre
a região já não se referem só a desastres naturais, governamentais ou crimes. Destacam-se
a abertura de mercados para os produtos da sustentabilidade, a discreta mas
ampla mobilização da sociedade civil e a arrumação das peças governamentais, já
que o governo Bolsonaro e vários governos estaduais começaram só há pouco seu
segundo ano.
Exemplo
da emergência de fatos também positivos relacionados à região foi a repercussão
externa do I Congresso da Juventude da Floresta. Projetou-se no evento a “Greta
da Amazônia”, Maria Cunha, da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uacari,
onde famílias de comunidades ribeirinhas vivem do extrativismo e da pesca.
“Nós
somos os guardiões da floresta”, proclamou Maria, ganhando o respeito dos
assustados europeus. Pena que com Covid, Big Brother e mexericos sobre celebridades
da TV, esporte e moda ela ainda seja desconhecida pelos brasileiros.
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Tonhão II
Com
o Cemitério Santo Antônio, o popular Tonhão já lotado de defuntos e o Cemitério
dos Inocentes mais antigo –localizado na região central, no Mocambo - já há
muito tempo esgotado com tantos sepultamentos, a prefeitura de Porto Velho
prepara o Condomínio Tonhão II, com 100 novas covas disponíveis caso a pandemia
do coronavírus se espiche, como aconteceu em Manaus. Tudo sem burocracia,
consultas ambientais, etc, etc.
Economia recua
Já
prevendo queda nos repasses constitucionais, os prefeitos estão de cabelos em
pé buscando soluções para atender as demandas sociais de seus municípios. A grande
verdade é que haverá recuo na distribuição do Fundo de Participação dos
Municípios-FPM e até nas verbas de emendas parlamentares de deputados estaduais,
federais e senadores mais preocupados com a pandemia. Os prefeitos Hildon Chaves (Porto Velho),
Thiago Flores (Ariquemes), Marcito Pinto (Ji-Paraná), Glaucioni Nery (Cacoal) e
Eduardo Japonês (Vilhena) já estão contando trocados para pagar o
funcionalismo.
Queda no IPTU
Um
dos impostos mais importantes para obras nos municípios, que no fim do inverno amazônico
(nossa estação de chuvas) estão com as ruas esburacadas e com as estradas vicinais
em petição de miséria, é o Imposto Predial e Territorial Urbano-IPTU que vem
junto com a taxa da coleta de lixo. Neste início de ano, mesmo com promoções,
descontos e tudo o pagamento deste tributo caiu pelas tabelas. É mais um golpe
nas finanças das prefeituras. O coronavírus vai afetar muito os serviços
públicos.
Pelo adiamento
Cresce
o movimento nos meios políticos pelo adiamento das eleições municipais de
outubro. A proposito o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) discursou no Congresso
defendendo a proposta do adiamento para que se revertam os recursos na ordem de
R$ 2 bilhões para enfrentar a pandemia do coronavírus no País. O supremo ainda
não se manifestou, mas admite a hipótese e por enquanto descarta o desejo dos prefeitos
e vereadores que é da prorrogação dos mandatos até 2022.
Muitos golpes
A
violência e todo tipo de golpes são alguns efeitos da paralisação da economia
em Porto Velho. Não bastasse os assaltos e arrombamentos, temos como um dos
mais comuns praticados pela cidade a venda motos, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos,
portões de ferro roubados pela OLX. Então todo cuidado é pouco e o cara-pálida
leitor (e internauta) deve ficar atento para não se transformar num receptador
– o que resulta em aborrecimentos – e até
em cana!
Via Direta
*** Com os estados vizinhos,
principalmente o Amazonas, atolados de coronavírus é uma temeridade os prefeitos
rondonienses afrouxarem as regras de isolamento *** Preocupa mesmo é
Manaus com embarcações chegando a Porto Velho diariamente no Cai N’Água *** Mesmo com a pandemia as casas de
materiais de construção estão vendendo bem neste início de março *** Ocorre
que além do pagamento do funcionalismo em dia muita gente que ficou em casa em
quarentena aproveitou o tempo para fazer alguma reforma em sua casa ou no seu
comércio *** O então prefeito Mauro
Nazif enfrentou em 2016 uma enchente histórica que colocou Porto Velho em
calamidade. Agora foi a vez do prefeito Hildon Chaves pegar pela frente uma pandemia jamais vista pela
atual geração no planeta *** Nazif acabou pagando o pato com derrota a
reeleição pela cheia histórica e Hildon Chaves pode sofrer a mesma dificuldade
na eleição de outubro *** Vai ter que
trabalhar dobrado.
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