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Carlos Sperança

Ouro e Orov + Modus operandi + Boa aceitação no mercado imobiliário + Construções na capital ficaram só nas estacas


Ouro e Orov + Modus operandi + Boa aceitação no mercado imobiliário + Construções na capital ficaram só nas estacas - Gente de Opinião

Ouro e Orov

Após o acordo com os EUA, estratégico para o presidente Donald Trump, em campanha pela reeleição, a China engatilhou um salto enorme para o futuro: Rota da Seda, tecnologia de ponta e empréstimos a países da América Latina em volume superior ao do BID. Aí veio a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, abalando a economia local e mundial.

Não há mais como tapar os olhos: na globalização, com rigores climáticos e pestes, o nacionalismo não faz mais sentido. Uma nação não acaba onde terminam suas fronteiras. O que de bom ou mau acontecer em seu território se estenderá às nações vizinhas. Veja-se o lixo peruano acumulado no Rio Amazonas.

O ouro amazônico, o metal mais cobiçado, agora faz companhia a insumos estratégicos e fundamentais para o desenvolvimento tecnológico, atraindo a cobiça de grandes interesses nacionais e de investidores ao redor do mundo. Muitos vão ganhar com sua extração e comércio, mas seus resíduos negativos vão sobrar para os governos e povos locais.

A nova corrida do ouro amazônico já começou, com o governo afrouxando regras e leis que a mantinham contida em limites. Com ela, também começa a corrida para controlar doenças como a Orov, que vem do vírus Oropouche, identificada agora pela primeira vez na saliva de um paciente em Manaus. Sem controle, riquezas e doenças mesclam glórias e desgraças.

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Centro de convenções

O sonhado centro de convenções de Porto Velho, uma aspiração antiga da classe empresarial, começou esta com as obras em andamento no Parque dos Tanques. Em Rondônia se sabe quando as obras começam, mas nunca se sabe quando terminam. Assim ocorreram com  tantas outras  que estão por aí judicializadas por problemas  de projetos técnicos ou superfaturamento. Por isto, no caso do anunciado também não se sabe quando tudo estará pronto pois apenas o primeiro bloco foi iniciado.

Modus operandi

O modus operandi do relacionamento entre as esferas governamentais com as empreiteiras em gestões anteriores dá conta que as obras começam, seguem até um certo ponto e as construtoras dão no pé depois de receber somas adiantadas, possivelmente rachadas com políticos. Existem desde estradas, a condomínios de casas habitacionais e apartamentos, pontes, quadras esportivas, escolas, creches e tantos esqueletos que estão a mostra em Porto Velho e no estado. Tem muita gente com culpa em cartório por aí.

Só estacas

Algumas construções na capital ficaram só nas estacas. Cito o caso da nova rodoviária, ainda na gestão do prefeito Roberto Sobrinho, que seria mantida no terreno da atual, depois de consultas feitas em audiências públicas. O seu sucessor não aproveitou os investimentos iniciais e se perderam milhões em recursos. O que dizer do Hospital Euro, também iniciado e com colunas e sua infraestrutura avançada? Prejuízos de  grande monta para a população. A falta de planejamento aliada a ganância, e ao divisionismo político colocam tudo a perder.

Só o esquenta

Finalmente  o carnaval ficou para trás e os políticos começam a se movimentar em torno eleições municipais de outubro. Tem um calendário eleitoral pela frente e a abertura de uma janela partidária até abril para os políticos pularem do barco sem serem punidos. Mas a falta de definições não deixa a peleja esquentar, no entanto é previsível muitos vereadores trocando de partido buscando uma legenda mais aprazível para a reeleição. Até o prefeito Hildon Chaves é cotado para mudar de sigla deixando o PSDB pelo PSD.

Boa aceitação

As casas e apartamentos  financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida já estão bombando no mercado imobiliário em Porto Velho com boa aceitação. O Conjunto Vida Bela, com cinco grandes blocos em andamento pela consagrada SBS, na região do Planalto (Mamoré com Calama) e a primeira etapa do Conjunto Cancum recentemente lançada, demonstram claramente uma reação do mercado imobiliário para 2020.

Via Direta

*** Passam os governos estaduais e municipais com seus jogos de empurra e a situação das estradas da Penal e do Belmont não tem solução em Porto Velho *** A cada estação das chuvas as coisas vão se agravando. As promessas dos políticos em campanha não se cumprem *** As fakes News chegam com força apavorando a população de alguns municípios rondonienses com relação ao coronavirus *** Com frota ultrapassada, seguem os naufrágios na Amazônia, o que virou uma rotina nos últimos anos. A região mais atingida é do Amapá *** As embarcações defasadas, como as do Pará e Amazonas, com excesso de passageiros e de cargas também fazem os trajetos Porto Velho-Manaus causando incidentes constantes *** O apelo pela renovação política esta trazendo noites insones aos prefeitos rondonienses que pleiteiam a reeleição *** Por isto,  todos, de Porto Velho a Vilhena, passando por Ji-Paraná, e Cacoal já estão reforçando as paliçadas de seus Paços Municipais para enfrentar as investidas dos predadores nas eleições 2020.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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