Terça-feira, 28 de julho de 2020 - 13h18
Na
canção “Ciranda da Bailarina”, Chico Buarque e Edu Lobo idealizam a perfeição
feminina. Em uma eventual “Ciranda da Amazônia”, perfeito seria quem a
conhecesse de fato, sem ilusões, preconceitos, ideias fixas ou desinformação. No
entanto, muitos que acusam outros de desinformados ou preconceituosos destilam
as próprias desinformações e preconceitos.
Se
o poeta observasse bem a bailarina, veria que ela não é tão perfeita. E que para
observar a realidade amazônica é preciso se munir da lente adequada: o mapeamento
minucioso, via progresso tecnológico. Sem a geoinformação, haverá uma ciranda de
enganosos recortes limitados de uma realidade que não pode ser apanhada por um
rápido olhar.
Quantos
brasileiros, a rigor, podem se orgulhar de conhecer a Amazônia? Dos que falam a
respeito da floresta, quem realmente sabe do que está falando? O geógrafo Luiz Ugeda, implacável, afirma que
o Brasil “sequer está mapeado completamente na escala de 1:100.000, mínima para
planejamento, sendo suas principais lacunas exatamente na região amazônica”.
Quem
possui informações está no Vale do Silício, Moscou, Pequim ou na Europa,
sustenta Ugeda: “A floresta está no Brasil, mas os satélites não são nossos. O
país está invertebrado, pois suas vértebras, ou melhor, seus mapas, estão
expostos para estudo de cientistas fora do país”. A bailarina passa mal.
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Os predadores
Os
predadores dos atuais deputados federais vão se formando, tomando cara, corpo e
garras afiadas para 2022. Na região de Ji-Paraná, o ex-prefeito Jesualdo Pires
(PSB), em Ariquemes Thiago Flores (PSL), em Vilhena Melki Donadon (PDT), em
Porto Velho quem não levar a prefeitura na eleição de novembro, estará na cola
das vagas dos federais eleitos pela capital. O interior vivenciará grandes
batalhas na região central, Cone Sul e Vale do Jamari. Disputas empolgantes.
Filho lançado
O
ex-deputado estadual Hermínio Coelho, que foi presidente da Assembleia Legislativa
desistiu da candidatura a vereança e lançará seu filho, debutando na política, ao cargo. Possivelmente Hermínio também não entrará
na peleja a prefeitura de Porto Velho se resguardando para tentar a volta ao
Poder Legislativo estadual em 2022, apostando na sua base formada perante o
funcionalismo público e nos bairros operários.
Setor cultural
O
segmento o cultural de Porto Velho está se unindo para eleger o ativista
Carlinhos Maracanã, com larga folha de
serviços prestada na capital rondoniense. O setor tem necessidade de emplacar
um representante comprometido que lute pelas causas dos artistas locais, de
cantores a artesões, de pintores ao pessoal do artesanato, artistas plásticos e
o movimento negro. As primeiras reuniões focam uma coesão de esforços em torno
de Maracanã.
A renovação
Os
atuais vereadores, tanto os cabaços, como os macacos velhos estão com medo das
urnas. A maioria queria se safar do pleito da pandemia em novembro com a
prorrogação de mandatos. Pela inoperância, rejeição da classe política e o
coronavirus, estima-se uma renovação superior a 60 por cento das cadeiras dos
vereadores na capital rondoniense. Por isto tantos nomes novos, principalmente lançados
pelos partidos de esquerda.
A cirandinha
O
que teria ocorrido para um mandatário de um certo estado da Amazonia pular
cirandinha com um deputado estadual que ele queria ver preso há poucos meses e que
tramava seu impeachment? O ex-inimigo já percorre o interior como um carrapato
nas andanças do referido governante. Algum “rabo” daqueles grandes deve ter
descoberto para mudança de comportamento tão repentina, pois os dois até então
antagonistas, se tornaram inseparáveis. Coisa de louco!
Via Direta
*** Os partidos de esquerda já estão nas
ruas, o PT com Ramon Cajuí, o PC do B com Samuel Costa *** Já, o PSOL ainda
não se manifestou. Pimenta de Rondônia está com a faísca atrasada na temporada *** Eventos juninos e as festas agropecuárias
foram todas adiadas por causa do coronavirus. Grandes prejuízos para bares,
hotéis e restaurantes *** O governador Marcos Rocha já costura acordos com
prefeitos para seu projeto de reeleição. Está bem próximo de Eduardo Japonês
(Vilhena) e Thiago Flores (Ariquemes) ***
Aliás, ambos são cotados para vice no pleito de 2022, já que o atual vice foi
desconjurado, logo depois que Rocha assumiu o cargo *** Os vices de
governadores e prefeitos tem se tornando sinônimos de encrencas já que ficam de
olho gordo no posto dos titulares.
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