Terça-feira, 4 de agosto de 2020 - 10h55
Na
canção “Ciranda da Bailarina”, Chico Buarque e Edu Lobo idealizam a perfeição
feminina. Em uma eventual “Ciranda da Amazônia”, perfeito seria quem a
conhecesse de fato, sem ilusões, preconceitos, ideias fixas ou desinformação. No
entanto, muitos que acusam outros de desinformados ou preconceituosos destilam
as próprias desinformações e preconceitos.
Se
o poeta observasse bem a bailarina, veria que ela não é tão perfeita. E que para
observar a realidade amazônica é preciso se munir da lente adequada: o mapeamento
minucioso, via progresso tecnológico. Sem a geoinformação, haverá uma ciranda de
enganosos recortes limitados de uma realidade que não pode ser apanhada por um
rápido olhar.
Quantos
brasileiros, a rigor, podem se orgulhar de conhecer a Amazônia? Dos que falam a
respeito da floresta, quem realmente sabe do que está falando? O geógrafo Luiz Ugeda, implacável, afirma que
o Brasil “sequer está mapeado completamente na escala de 1:100.000, mínima para
planejamento, sendo suas principais lacunas exatamente na região amazônica”.
Quem
possui informações está no Vale do Silício, Moscou, Pequim ou na Europa,
sustenta Ugeda: “A floresta está no Brasil, mas os satélites não são nossos. O
país está invertebrado, pois suas vértebras, ou melhor, seus mapas, estão
expostos para estudo de cientistas fora do país”. A bailarina passa mal.
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Pontos críticos
O
Dnitt segue os trabalhos de dragagem no Rio Madeira com a retirada de
sedimentos entre os pontos considerados críticos da hidrovia considerada atualmente
um modal importante para o transporte de cargas para exportação dos estados de
Rondônia e Mato Grosso. As balsas trabalham na altura da localidade ribeirinha
de Curicacas, entre Porto Velho (Rondônia) e Humaitá (Amazonas) e Miriti, entre
Humaitá e Manicoré, ambas cidades localizadas no vizinho estado do Amazonas.
Bancos do areia
É
oportuna a dragagem no Madeirão em vista da severa estiagem deste ano que já provoca o recuo das águas, e o surgimento
de pedrais e bancos de areias ao longo do curso do rio já bastante assoreado.
Comparado ao nível do rio em 2019, em 2020 a descida das águas tem sido mais
rápida e ainda temos pelo menos dois meses de verão já que as chuvas mais
regulares vão ocorrer só em outubro na região de Rondônia. Lembrando que sempre
em agosto temos ventanias por aqui causando horrores.
As convenções
A
poucas semanas das convenções partidárias, que começam dia 31 – e se estendem
até 16 de setembro, conforme o adiamento no calendário eleitoral – e a grande
maioria dos partidos ainda não tem sequer seus candidatos definidos para a disputa
da prefeitura de Porto Velho. A rigor, apenas o PC do B de Samuel Costa e o PT
de Ramon Cajui sacramentaram seus candidatos e já podem entrar em campo para a
peleja. A maioria dos partidos esta inerte.
Uma pandemia
Com favoritos destronados e com surpresas nos
últimos pleitos, temos uma verdadeira pandemia de postulantes a prefeitura de
Porto Velho, mais do que gotículas do coronavisor se espalhando, mais do que
noiados no centro histórico da capital, mais do que traficantes no Orgulho do Madeira
e no Viver Melhor. Fala-se em até 20 nomes cogitados. Pessoalmente acredito que
ao final restem cinco a seis candidatos, já que muitos colocaram seus nomes em
evidência para virar vice.
Olho no mercado
Consultei
durante a semana corretores experientes do mercado imobiliário e eles recomendam
aos cara-pálidas de Porto Velho que a hora de comprar imóveis é agora pois
ainda existe estoque de “galinhas mortas” para ser desovado na praça. O mercado
para o aluguel residencial reagiu bem e as imobiliárias tem obtido bons resultados
até o valor de R$ 1.500,00. Já o aluguel de salas e pontos comerciais segue em
queda livre, com grande oferta de imóveis neste segmento nas principais
avenidas da capital rondoniense.
Via Direta
***
O município de Vilhena, polo do cone sul rondoniense comemora o bom momento do
setor imobiliário e da construção civil ***
Trata-se dos reflexos do exponencial crescimento
urbano nos últimos anos e das exportações do agronegócio, principalmente da
carne e da soja *** O mesmo fenômeno tem se verificado em Ariquemes, no
Vale do Jamari, em plena pandemia que arrasou tantos segmentos econômicos *** Em alguns municípios rondonienses
seguem as rivalidades tribais para a eleição de 15 de novembro *** No entanto, segundo turno mesmo
somente em Porto Velho, com seus quase 320 mil eleitores *** Calor forte, sucursal do inferno na capital rondoniense ***
Por isto, até os balneários mais afastados tem atraído o povo encalorado
principalmente na vizinha Candeias, infestada de coronavírus. É coisa de louco!
As últimas chuvaradas transformaram ruas em rios em Porto Velho
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