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Carlos Sperança

Palavra dada + Onda eleitoral + Haja militares! + Faca na garganta


Palavra dada + Onda eleitoral + Haja militares! + Faca na garganta - Gente de Opinião

Palavra dada

Desde a reciclagem da “velha política” e a volta do Centrão como protagonista das ações republicanas, o governo aumentou suas chances de aprovar reformas menos desidratadas. Com a posse do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria, parou de haver uma briga por dia no Palácio do Planalto e uma crise por semana no país. Tais mudanças foram causadas pelo alarde mundial em torno da devastação da Amazônia.

Os principais próceres do governo já tentam mudar os discursos. Antes negavam desmatamento e queimadas e agora só negam que sejam tão grandes quanto se diz. Como a dor ensina a gemer, se mantivessem os velhos discursos veriam os investidores fugindo de vez, clientes cancelando compras de nossos produtos e acordos internacionais vantajosos anulados.

As novas disposições, de conciliação e reconhecimento dos erros cometidos pelos governos anteriores e atual, já começam a funcionar. Investimentos antes travados começam a fluir e melhora a disposição de interesses externos em apostar no Brasil. Dará certo, desde que não se retome o cínico hábito da velha política de mudar o discurso mas não a prática.

Clientes e investidores podem até não saber a verdade sobre a Amazônia – aliás, há muitas verdades amargas e doloridas –, mas são bem-informados sobre o que acontecerá com ela se o discurso for de bombeiro mas a prática seguir incendiária.

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Onda eleitoral

No rastro do presidente Bolsonaro, general Mourão e dos militares que assumiram o poder em Brasília, vitoriosos no pleito de 2018, temos uma verdadeira onda de milicos disputando as eleições municipais em Rondônia, seja aos cargos de prefeitos ou de vereadores. Inspirados também nos sucessos locais do sargento Eyder Brasil, que se elegeu deputado estadual e Crisóstomo eleito deputado federal, “os milicos” se lançam nas disputas na temporada 2020.

Haja militares!

O ex-comandante da Policia Militar de Rondônia, coronel Ronaldo Flores foi confirmado pelo ex-governador Daniel Pereira, o Pereirinha, como provável candidato a Prefeitura de Porto Velho pelo Solidariedade. Trata-se de um nome novo na política que pode surfar na onda militarista que se iniciou com a eleição do capitão Bolsonaro a presidência da república. Se o deputado federal Crisóstomo também confirmar sua intenção de entrar na briga, teremos dois coronéis na peleja e mais um sargento, o deputado Eyder Brasil.

Boa largada

O ex-deputado federal Lindomar Garçom (Republicanos), que já protagonizou duas disputas a prefeitura de Porto Velho, sucumbindo no segundo turno, intensifica os contatos visando uma nova peleja ao palácio Tancredo Neves, agora instalado no prédio do relógio tendo em vista uma possível desistência do projeto de reeleição do prefeito Hildon Chaves (PSDB). Mas o jogo de estratégia é se cacifar para uma possível vice caso Hildon seja candidato.

Faca na garganta

Se confirmando o projeto de reeleição, o atual prefeito da capital abre a jornada com a faca na garganta. Os dirigentes do Republicanos, partido gestado pela Igreja Universal querem indicar Garçom. Cristiane Lopes (PP) que simulou ser oposicionista por um dia, numa briga teatral com o alcaide, é outra opção. E o ex-senador Expedito Junior, que tem grande influência sobre o prefeito, quer Tesari. Sendo Hildon candidato, por enquanto, a aposta é na coluna 3: Tesari na cabeça!

A regularização

Quando a prefeitura de Porto Velho poderia colher os resultados dos estudos técnicos da regularização fundiária, veio a pandemia e as ações neste sentido foram prejudicadas. Desde a gestão do prefeito petista Roberto Sobrinho, que aos poucos vai revertendo suas pendências na justiça –  ainda tem o caso da Emdur pela frente – que a coisa não anda. A gestão Mauro Nazif (PSB) com a cheia histórica foi falha neste sentido e a administração atual foi atrapalhada pela peste. Pelo menos 100 mil proprietários urbanos urram pela regularização.

Via Direta

*** O prefeito Hildon Chaves (PSDB) teve uma peregrinação pela imprensa na semana passada para destacar ações da sua administração. Muitas frentes de obras em andamento *** Mas sobre a construção da nova rodoviária de Porto Velho nada falou e nada lhe foi perguntado pelos seus entrevistadores *** O abacaxi do novo terminal rodoviário ficará para a próxima administração, seja quem for, talvez com o próprio Hildon *** Haja catimba nas decisões para a disputa da prefeitura de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena *** Os candidatos aguardam definições para então entrar em campo *** Quem possui poços caseiros, denominados em Rondônia de poço amazônico já se vê obrigado a gastar mais com perfuração, aumentando a profundidade em dois e até três metros *** Ocorre que o lençol freático da capital rondoniense está baixando rapidamente.*** E quem não pode gastar,  se socorre pedindo água no vizinho.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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