Sábado, 23 de junho de 2018 - 19h41
O Brasil dividido
A República foi proclamada por um golpe militar. Era tão impopular e desunida que o professor Claude Gorceix, fundador da Escola de Ouro Preto, temia que se desmontasse em pedaços, “o Norte devendo necessariamente separar-se do Sul, cujos interesses são tão diferentes”.
O Brasil vive novamente uma situação precária, impopularidade do governo e desunião entre brasileiros. Os ataques do Sudeste aos incentivos fiscais e há pouco o caso do IPI não contribuem para pacificar e unir a nação. Amplas faixas da juventude, sem perspectivas ou confiança no futuro, pretendem tentar a vida no exterior.
Na trilha aberta pelo professor francês, o economista João Paulo de Almeida Magalhães lançou um brado de alerta em 1996, no livro Causas da Inviabilização da América Portuguesa (Editora Paz e Terra), em que previu o Brasil dividido em seis pedaços e ainda subdesenvolvido em 2030 se os problemas elementares do país não forem resolvidos de imediato.
No Sul, esse desastre é cobiçado por um movimento oportunista que prega a “República dos Pampas”. O Sudeste parece ávido para entrar na OCDE como nação à parte. Se essa loucura não for contida pelas forças democráticas, formulando um projeto de nação, o Brasil terá um triste destino: várias republiquetas afundando.
Pé na estrada
Os chamados inconfidentes
se convenceram que o senador Acir Gurgacz é um candidato viável e com
tudo para reverter a sua pendência na justiça e voltaram a se alinhar no
“Frentão”. Com isto, animado com os reforços recebidos o pedetista está
cumprindo jornadas de visitas das sete da matina as 10 da noite, como
ocorreu no final da semana na capital. È coisa de louco!
Eleições 2018
Repleta
de indefinições e até de incógnitas, como é o caso de Lula da Silva, a
eleição geral de 2018 está cada vez mais imprevisível tanto no âmbito
estadual como na esfera federal. Um pleito onde muitos favoritos estão
ameaçados pelas caras novas, sobretudo ao Senado e a Câmara dos
Deputados e aonde os políticos profissionais estão gemendo na tentativa
da reeleição.
Decisão petista
O
PT de Rondônia decide até o final de semana, num encontro estadual, sua
opção de aliança para a eleição de outubro. Está certo que a legenda
terá candidatos a Assembléia legislativa, Câmara dos Deputados e ao
Senado, neste caso com o nome da ex-senadora Fátima Cleide. Com a
bandeira de Lula o partido pretende retomar o caminho da vitória no
estado perdido nos últimos pleitos.
Lobos ferozes
Tudo
se encaminha para que ao menos um dos governadoraveis em Rondônia seja
apunhalado cruelmente nas convenções de junho. O sujeito já está bem
desconfiado da rasteira, de que realmente está sendo utilizado para
negociações nos bastidores, de que será sacrificado como um cordeiro e
devorado pelas garras de lobos ferozes da política rondoniense com
faforafá.
Nem sempre
Mas nem
sempre os cordeiros traídos para o sacrifício aceitam as traições.
Lembro que Ivo Cassol deixou a prefeitura de Rolim para disputar o
governo do estado em 2002 e já estava tudo pronto na convenção do PSDB
para que Natanael Silva (este que esta preso, na época no PP) ser o
candidato dos tucanos. Ivo fez um reboliço geral, ameaçou quebrar os
dentes dos traidores e acabou virando o jogo.
Via Direta
***
Mesmo com a Copa do Mundo rolando os candidatos a cargos eletivos em
Rondônia seguem as visitações nos bairros da capital *** O MDB está tão
azarado que nem candidato a presidência competitivo encontrou *** A
repercussão da visita do ex-ministro e presidenciável Henrique Meirelles
foi quase nula *** O Frentão que elegeu duas vezes o governador
Confúcio Moura está se reunificando *** A base aliada deve ter entendido
que rachada não vai a lugar nenhum.
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