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Carlos Sperança

Pereirinha e Rocha podem ficar em lados opostos - Republica dos Cheiradores de pó - Asas crescidas


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O peso do narcotráfico

“A fronteira é nossa”. Essa apropriação de dísticos nacionalistas como “O petróleo é nosso” e “A Amazônia é nossa”, assinada em pichação de tapume em Tabatinga (AM) pela FDN (Família do Norte), serve como aviso para a gravidade da expansão do narcotráfico, o alcance de seus tentáculos no controle da fronteira terrestre.

Ironicamente, enquanto nas eleições os candidatos escondem suas siglas e compromissos partidários e se identificam por um número, o “Estado” do tráfico é disputado por facções que escondem seus líderes, mas apregoam farta e abertamente suas siglas: além da FDN, disputam as rotas principais do comércio das drogas, identificações mais ou menos conhecidas, como PCC (Primeiro Comando da Capital), CV (Comando Vermelho), ADA, TCP, GDE ou PGC. Inclusive com coligações.

Além das questões legais, administrativas, econômicas, sanitárias ou morais que se desdobram da situação criada na Amazônia e que interessa a todo o país, já que a droga colombiana entra pela fronteira e chega ao “consumidor” por uma ampla rede de comércio, cresce o impacto da questão política: quem deveria proclamar que “a fronteira é nossa” é o Estado soberano, com ações à altura de suas obrigações.

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Um pente fino

Os governadores que assumiram em janeiro, inclusive o nosso, Marcos Rocha em Rondônia, começaram um pente fino nos pagamentos a fornecedores ocorridos na virada do ano, seguindo o que esta fazendo o governo Bolsonaro com a gestão Michel Temer. E já foram identificadas várias jabuticabas lá – e cá. O que o futuro nos reserva? Pereirinha e Rocha podem ficar em lados opostos.

Pacto Federativo

Os prefeitos brasileiros já não escondem a ansiedade com relação a um novo Pacto Federativo, promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, para melhorar a distribuição do rateio do bolo tributário aos estados e municípios. As lideranças municipalistas acreditam que ainda em 2019 o Planalto vai remeter um projeto alterando as regras do rateio.

A sucessão

Nos círculos políticos o que vai tomando conta do cenário a partir de agora é na eleição das mesas diretoras da Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado, em fevereiro. Em Rondônia, o favorito é o deputado Lebrão (MDB), na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Senado, o major Olimpio (PSL). Mas política é como as nuvens, mudam a cada instante.

Os cheiradores

A oposição já joga duro para as eleições municipais do ano que vem. Numa certa cidade da Amazônia, fala-se que se instalou uma “Republica dos Cheiradores de pó”. Em Rondônia a oposição sempre joga pesado: sabota-se as gestões de prefeitos e governadores e pratica-se toda sorte de infâmias. Não acredito que as coisas mudem tão cedo já que são típicas do modus operandi local.

Asas crescidas

O ex-governador Daniel Pereira (PSB) já esta transformando sua posse no Sebrae no próximo dia 15, num grande ato político  em Rondônia, numa parceria com as entidades empresariais. Passando as férias na Argentina e com as asas crescidas depois do seu mandato tampão, ele vem quente e fervendo com projeto político pronto para a sucessão de  HIldon Chaves ou até mesmo de Marcos Rocha.

 

Via Direta

***Alvo de constantes escândalos locais e nacionais, a justiça do trabalho esta sob alça de mira do presidente Jair Bolsonaro *** Foram descobertos juízes ganhando salários de mais de R$ 160 mil, verdadeiros marajás *** E nada mais se falou do projeto de esgotamento sanitário na capital, seguidamente adiado pelos governadores e prefeitos *** A tarifa de transporte coletivo pode aumentar de uma hora para outra ao meio de entendimentos entre a concessionária e a prefeitura de Porto Velho.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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