Quinta-feira, 24 de novembro de 2011 - 06h12
Eleições 2012
Dedico à coluna de hoje as projeções iniciais das eleições municipais, com um cenário mais aproximado do que acontece nos principais pólos do estado depois da recente crise política que afastou vários nomes da corrida sucessória. Lembrando que as zebras tem sido uma constante na política regional e que os líderes de hoje podem virar os lanterninhas do amanhã.
Na capital
Em Porto Velho, com a crise instalada por conta da Operação da Polícia Federal, atingindo os deputados Epifânia Barbosa, Zequinha Araújo, Valter Araújo e Jean de Oliveira, acabaram beneficiados indiretamente os concorrentes Lindomar Garçon,, Mauro Nazif, e Fátima Cleide. E surge com força agora, José Hermínio (PSD), com atestado de ficha limpa, já que foi o único que se salvou da Mesa Diretora. Maurão, como se sabe, também afundou na vala comum.
Crise petista
Na capital, o PT é forte e mesmo com a crise instalada tem força para empurrar um nome a um previsível segundo turno, mas o partido está rachado e não consegue consenso. A legenda vai buscar se entender num encontro estadual neste domingo em Ji-Paraná, longe das pressões da capital.
Outros nomes
Outros nomes cogitados na capital para a disputa 2012 são David Chiquilito e Aberlardo Castro Neto (PMDB), João Cahula (PPS), Genaro, Amado Rahhal e Ivan da Saga (PP), Mariana Carvalho (PSDB), além dos pequenos partidos como PC do B, PSOL e nanicos que projetam nomes para se entender com as grandes alianças.
Em Ji-Paraná
Em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado, berço político do senador Acir Gurgacz (PDT) e do prefeito José Bianco (DEM) que já foi governador, abre a jornada na ponteira o deputado estadual Jesualdo Pires (PSB). Já correndo trecho busca aproximação com outras correntes para convalidar sua eleição.
As definições
Na capital da BR temos um quadro indefinido em termos de alianças, mas outros nomes também são cogitados, como Marcito Pinto (PDT), Esaú Fonseca e Zé Otônio (PSDB), Solange Pereira (PMDB) Juarez Jardim (PP). Maior partido no estado, o PMDB nunca elegeu prefeito em Ji-Paraná e o PT sempre levou pau por lá.
Ariquemes
Terceiro maior colégio eleitoral do estado e domicílio do governador Confúcio Moura (PMDB), Ariquemes tem o prefeito Márcio Raposo, recém filiado ao PSD na batalha da reeleição. Mas na Capital da Produção, quem larga na frente é a ex-prefeita Daniela Amorim (PSDB) e o deputado estadual Adelino Follador (Democratas).
Em Cacoal
Cacoal é quarto colégio eleitoral do estado. Na chamada capital do café, a cidade mais urbanizada em Rondônia em abastecimento de água e esgoto, o prefeito Padre Franco (PT) vai para a reeleição numa coalizão com o PMDB. Lá deve acontecer uma eleição polarizada com a deputada Glaucioni Néri (PSDC).
Do Cotidiano
Fonte de escândalos
A classe política rondoniense é uma fonte inesgotável de escândalos, que ganharam destaques nacionais a partir do surgimento da chamada bancada do pó, ainda na década de 80, quando deputados federais foram cassados e por crimes políticos até hoje não desvendados, como o assassinato do senador Olavo Pires.
De uns tempos para cá é a Assembléia Legislativa de Rondônia foi transformada no grande palco das maracutaias. Não têm santo que dê jeito na situação e a coisa tinha chegado ao ápice na administração do ex-presidente Carlão de Oliveira, que acabou preso. Solto, ajudou a montar o atual esquema que levou ao xilindró também o atual presidente da Casa de Leis, Valter de Araújo.
A bem da verdade, na gestão passada alguns parlamentares até tentaram mudar a imagem do Poder Legislativo estadual, mas logo em seguida começaram a pipocar as denuncias de negociatas.
É impressionante como os políticos não se emendam e isto tem tudo a ver com o parlamento estadual, já que lá nas bandas do bairro Arigolândia, onde esta encravada a sede do Poder Legislativo temos uma verdadeira sucessão de golpes no erário desde a gestão do então presidente Marcos Donadon. De lá para cá, também sempre pintou denúncias a respeito de folhas de pagamento paralelas, o que já não é novidade nenhuma para a justiça.
Aquele adágio popular de que o raio não cai no mesmo lugar, não vale para a Assembléia Legislativa. Desabou na gestão Marcos Donadon – ele já foi condenado e se salva com a imunidade parlamentar há mais de uma década - caiu pesado na gestão Carlão de Oliveira, com tremendo estrondo, e agora uma tempestade na administração Valter Araújo.
O caro leitor mais atento vai lembrar que há 90 dias foi publicado nesta coluna que estava em curso uma operação dossiê levantando a vida de importantes figurões rondonienses. Também poderá recordar, que alguns dias, antes das prisões pela PF, tinha denunciado aqui neste espaço as mamatas em andamento. Cheguei a ser ameaçado de represálias e de processo por causa disto. Uma semana depois a Polícia Federal entraria em ação fazendo esta limpa toda. Coisa de louco!
Via Direta
*** Os grupos vão se formando para a eleição dos cargos vagos na mesa diretora da ALE-RO *** Ao meio das disputas foi descoberto um novo esquema de folha paralela, atingindo outros deputados na Casa de Leis *** Na medida em que as investigações vão avançando outros golpes no erário têm sido descobertos...