Sábado, 1 de outubro de 2016 - 05h55
Mesmo com a Justiça Eleitoral alterando as regras para as doações nas campanhas na jornada 2016, eis que recente levantamento a partir do cruzamento de dados do Tribunal de Contas da União (TCU), feito a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), identificou situações das mais alarmantes no cenário nacional. Não que a coisa possa ser considerada surpresa, já que em Rondônia muitos traficantes investem em candidatos, mas foi constatado que temos desde mortos, desempregados e beneficiários do Bolsa Família na lista de doadores para as campanhas de prefeitos e vereadores em todo o País.
A classe política joga mais sujo do que nunca. Recursos do crime organizado estão turbinando campanhas, e como o dinheiro não pode ser identificado é utilizado o recurso de diversificar os doadores, mas o que se viu é que exageraram na medida, pois desde quando os beneficiários do Bolsa Família (são 22.367 doadores) têm dinheiro disponível para doar R$ 22 milhões para os candidatos? Pode se imaginar a espécie de bolsistas que o PT criou nos últimos 12 anos no País.
Já se sabe que o Ministério Público deverá enviar todos os levantamentos efetuados pelo Tribunal Superior Eleitoral para os ministérios públicos e juízes eleitorais. Os políticos não se emendam, e a cada campanha se superam em termos de desonestidade. Não é à toa que a opinião pública está criando aversão a esta raça de pilantras.
Eleições 2016
O debate Global de quinta-feira a noite – foi repetitivo, com pouco tempero e com a audiência prejudicada pelo encerramento já pela madrugada – marcou o encerramento da campanha na capital. Na temporada todos os debates acabaram depois da meia-noite, e as emissoras de TV precisam ligar o “desconfiômetro” que a classe trabalhadora dorme mais cedo e não pode ficar até de madrugada esperando as mentiradas – porque a maioria só faz jogo de cena mesmo – de nossos políticos. Porto Velho é a única cidade do Estado a realizar o pleito em dois turnos, e isto deverá ocorrer, conforme as últimas pesquisas tendo em vista a fragmentação dos votos em sete postulantes. Na reta de chegada, pelo menos três candidatos brigam por duas vagas no segundo turno.
Em Ji-Paraná, o 2º colégio eleitoral do Estado, temos um dos maiores favoritos da temporada, o prefeito Jesualdo Pires (PSB), que disputa a reeleição. Já no terceiro eleitorado, em Ariquemes, se vê o maior equilíbrio de forças: o prefeito Lorival Amorim (PDT) enfrenta Thiago Flores (PMDB).
Em Cacoal, 4º colégio eleitoral de Rondônia, a favorita Glaucione Neri (PMDB) é ameaçada pela oposição na reta. Em Vilhena, o 5º eleitorado do Estado, a candidata Rosani Donadon padece com o problema de inelegibilidade e o grande beneficiado poderá ser o candidato Eduardo Japonês (PV).
Sangramento de Sobrinho
Já apurado pelos institutos de pesquisas que teremos uma eleição em dois turnos, em Porto Velho, o que se vê nos últimos dias é o sangramento do candidato a prefeito Roberto Sobrinho (PT) que pode tirá-lo da segunda etapa da eleição na capital. Ainda na sexta-feira, depois da anunciada decisão da sua inelegibilidade pelo TRE-RO, o candidato surfava bem nas intenções de votos nas regiões mais populosas da cidade, as zonas Leste (Tancredo/JK/Ulysses) e Sul (Eldorado/Caladinho/Cohabs). Mas a desconfiança do eleitor de que seu voto pode não lhe valer nada com a decisão da Justiça Eleitoral, pode minar sua postulação no pleito de domingo.
Mesmo com todos os tormentos vivenciados decorrentes das decisões da Justiça, o inelegível Roberto Sobrinho, que já foi prefeito duas vezes – uma delas em turno único – luta como um leão para se manter nas paradas desmentindo as informações de que se ganhar o pleito não tomaria posse e não perde nenhum debate nas emissoras de rádio e televisão onde se vira muito bem com sua lábia.
Com um novo cenário desenhado em Porto Velho, indaga-se que candidato poderá ser o maior beneficiário da situação incômoda do petista? Como trata-se de intenções de votos contrários à atual gestão, acredita-se que os demais candidatos da oposição dividirão o balaio. A conferir neste domingo, no 102º aniversário de Porto Velho.
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