Sábado, 23 de julho de 2016 - 06h22
O novo ranking
Os recentes números divulgados pelo Supremo Tribunal Eleitoral – STE evidenciam a ultrapassagem de Porto Velho, com seus quase 320 mil eleitores, sobre Ananindeua (PA) com 291.000, se tornando a terceira maior cidade da Amazônia, só ficando atrás de Manaus (AM) e Belém (PA). No ranking nacional a capital rondoniense supera capitais mais tradicionais como Florianópolis (SC) e Vitória (ES), ou cidades do porte de Santos (SP) e Caxias do Sul (RS), e Maringá (PR)
No ranking rondoniense, mesmo perdendo eleitores, Ji-Paraná segue como o segundo maior colégio eleitoral do estado com 78.376 eleitores. É seguido por Ariquemes no terceiro lugar com 63.466 e a novidade é a quarta colocação com Cacoal recobrando a posição com seus 61.958 eleitores contra 58.578 de Vilhena no quinto posto, Jaru (com 40.853 votantes) na sexta posição e Rolim de Moura com 38.951 eleitores no sétimo lugar.
Em percentuais, os maiores crescimentos na década, entre os principais pólos regionais do estado, tem sido de Porto Velho e Vilhena. Aliás, a cidade do cone sul, tomando como base os seus elevados índices de crescimento deve passar Cacoal e Ariquemes na próxima década.
Replay em Altamira
Assistindo o especial da Rede Globo sobe os efeitos da conclusão das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Altamira, foi como se estivesse vendo o mesmo enredo desenvolvido em Rondônia com as usinas de Jirau e Santo Antonio no Rio Madeira. Primeiro os políticos, os comerciantes e empresários fazem a campanha em defesa das usinas, pelo emprego e desenvolvimento, depois com as obras iniciadas se atiram a chantagens e ao desvio dos recursos destinados pelos consórcios para as contrapartidas.
Tudo tão igual. Por conta de tanta corrupção, propinas, chantagens e desvios de recursos, Altamira ficou sem a prometida rede de água e esgoto, a mobilidade urbana piorou, a violência disparou, os postos de saúde concluídos não funcionam, o desemprego se tornou alarmante. Tudo isto tornou um inferno na vida da população de Altamira que já sofre com um grande êxodo populacional, as lojas as moscas, o preço dos imóveis desabando, num replay completo do que ocorreu na capital rondoniense.
Urge que na construção da Usina Tabajara em Machadinho, a população vigie o comportamento dos políticos e empresários locais e regionais, sob pena de ficar depois a míngua também.
Trabalho sofrido
São tantas as indefinições em Rondônia quanto às eleições municipais, que os analistas do segmento estão ficando malucos ao tentar desvendar o novelo - e o cipoal de rabos amarrados, além de tantas encenações. A política, de fato, não é uma ciência exata e muda de acordo com o movimento das nuvens, já diziam raposões nacionais na década de 50, mas em Porto Velho e Ji-Paraná as coisas se enrolaram de tal forma que parte das legendas acabou chutando suas convenções para o último dia, ou seja, 5 de agosto.
No entanto, na capital é possível que a novela de indefinições termine com a convenção tucana, neste sábado, já com a confirmação oficial da desistência da deputada federal Mariana Carvalho, a abelha rainha da política na capital e considerada a grande favorita. A partir destas definições outras vão acontecer rapidamente devido aos reflexos da sua decisão já que se ela entrar na parada alguns postulantes caem fora da peleja.
Em Ji-Paraná, entre idas e vindas nas negociações para formalização de alianças tudo acabou emperrado. Lá a coisa – as definições - ameaça também só ser resolvida na convenção final.
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