Sexta-feira, 13 de janeiro de 2017 - 23h07
Rusgas palacianas
Rusgas entre cristãos e tucanos, disputa de poder e uma baita fogueira de vaidades ardendo no Paço Tancredo Neves redundaram na queda do primeiro secretário da gestão Hildon Chaves (PSDB), o cristão Hélio Mauricio. Disputas intestinas, como esta, enfraquecem a administração, já que a ala perdedora sai atirando.
O vice-prefeito Edgar do Boi (PSDC) enfrenta no osso do peito a forte influência dos tucanos na gestão municipal. Como os tucanos são do mesmo partido do alcaide, já levam vantagem na contenda, desabrigando os cristãos que não quiserem se adaptar ao regime do tucanato.
Sempre que há muitos tigres no mesmo capão, as patadas são certas. Geralmente cisões desta natureza ocorrem em grandes alianças políticas, que não é o caso da gestão atual. Lembro que o prefeito Mauro Nazif, tinha 13 legendas na sua coalizão e a aliança não teve grandes confrontos. Igualmente o governador Confúcio, tem administrador o seu serpentário de secretários numa boa. O prefeito HIldon terá que harmonizar seus quadros, sempre buscando a conciliação entre as partes beligerantes.
Sentindo firmeza
Gostei da largada da gestão do prefeito Hildon Chaves no tocante ao setor de obras em Porto Velho com a realização do mutirão de limpeza pelas ruas da cidade – é preciso pensar urgente também numa operação tapa-buracos – na retomada de obras das creches paradas, mas constatei firmeza mesmo foi com o movimento do presidente da Fundação Cultural Ocampo Fernandes em promover melhorias no
Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Minha expectativa com Ocampo Fernandes era das melhores e ele já está botanco seu bloco na rua com competência e já tratando também do carnaval 2017.
Alguns secretários da nova adminisração já estão mostrando qualidades. Talvez o titular da agricultura não esteja à altura do ex-secretário daquela pasta Leonel Bertolin na gestão Nazif, já cotado até para cargos em altos escalões pelo grande trabalho no setor agrícola de Porto Velho nos últimos anos.
Minha maior expectativa, no entanto, está com Luiz Guilherme Erse na pasta de Planejamento. Caberá a ele, entre outras tarefas, a revisão do Plano Diretor de Porto Velho e descascar abacaxis como a expansão urbana do outro lado da ponte, na BR 319, uma região já repleta de invasões.
As terras caídas
Com o ápice do inverno amazônico e as chuvas torrenciais na Bolívia e no Peru, agrava-se o fenômeno das terras caídas nos estados de Rondônia, Amazonas e no Pará. O fenômeno ocorre quando a água atua sobe as margens dos rios, causando erosão e abrindo extensas cavernas subterrâneas até que uma ruptura provoque a queda do terreno que é tragado pelas águas.
No ano passado o fenômeno foi observado em Porto Velho com o desmoronamento de uma grande área que tragou casas e caminhões num pátio de uma empresa que operava as margens do Rio Madeira. No meio desta semana, o fenômeno voltou a derrutar casas no bairro do Triângulo colocando em risco outras residências e própria ligação daquele bairro tradicional com o centro da cidade.
As regiões das calhas dos rios Madeira (em Rondônia) Purus e Solimões (AM) são as mais afetadas pelas “Terras Caídas”. Em Rondônia os desmoronamentos de terras têm sido rotineiros também nos distritos de Calama e São Carlos. No Amazonas nas cidades de Anamã, Tabatinga, Amaturá e Tonanins.
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